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13/10/2023 às 21h17min - Atualizada em 13/10/2023 às 21h17min

Festejo de Santa Teresa D’Ávila será encerrado neste domingo (15)

Haverá procissão – fluvial e terrestre –, celebração será com Dom Vilsom Basso, Festival de Prêmios e movimento de barracas

Raimundo Primeiro
Foto: Divulgação
    
Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, celebra, neste domingo, 15 de outubro, sua padroeira, Santa Teresa D’Ávila, com uma diversificada programação. 

São 171 anos de muita devoção a Teresa D’Ávila, também cofundadora da cidade. O pároco da Igreja Matriz de Santa Teresa D’Ávila é o padre Edimar Arnaldo. Ele convida os imperatrizenses para prestigiarem as atividades que serão desenvolvidas em honra a sua padroeira.

Fundada pelo frei Manoel Procópio do Coração de Maria, em 16 de julho de 1852, Imperatriz cresceu sob a devoção de sua gente a Santa Teresa D’Ávila, também considerada doutora da Igreja.

 

SOBRE A PARÓQUIA

Igreja Santa Teresa D’Ávila, Matriz de Imperatriz, uma homenagem a padroeira da cidade, localizada nas proximidades do local onde, hoje, fica a Praça da Meteorologia, tendo sido elevada à condição de Paróquia em 1856, por Dom Manoel Joaquim da Silveira.

De acordo com as informações levantadas pela reportagem de O PROGRESSO, o prédio-sede da Igreja Matriz teve sua construção iniciada em 30 de maio de 1935, sendo que sua inauguração aconteceu em 6 de outubro de 1937. Em sua totalidade, a Igreja situa-se em uma área de 2 mil, 346 e 75 metros quadrados, com mil e quatrocentos metros quadrados de área construída.Tem capacidade para comportar duzentas pessoas. Hoje, um dos principais cartões de Imperatriz, localizada na rua Frei Manoel Procópio, nº 411, Beira-Rio, despertando a atenção de turistas que a visitam diariamente.

 

SOBRE TERESA D’ÁVILA

Segunda filha de um judeu convertido, Santa Teresa D’Ávila (também conhecida por Santa Teresa de Jesus), Teresa Sánchez de Cepeda Dávila y Ahumada, nasceu em Ávila (Castela), em 28 de março de 1515. Sua infância feliz, vivida entre os irmãos, deixa-a fascinada por romances sobre cavalaria. Após a morte, em batalha, do irmão mais velho, Giovanni, em 1524, e a parda da mãe, Beatrice, a jovem fora enviada para estudar no Mosteiro Agostiniano de Nossa Senhora da Graça. Lá, teve sua primeira crise existencial.
 

CARMELO/FUGA

Segundo o jornalista e pesquisador Antônio Carlos, responsável pela montagem do Memorial na Igreja de Santa Teresa D’Ávila, em Imperatriz, após uma grave doença, Teresa retorna a casa do pai, onde assisti a partida de seu querido irmão Rodrigo para as colônias espanholas, no ultramar.

“Em 1536, Teresa D’Ávila foi atingida pela chamada “grande crise” e amadureceu a firme decisão de entrar no mosteiro com os Carmelitas da Encarnação de Ávila. Mas o pai se recusa e Teresa foge de casa. Acolhida pelas freiras, chegou à profissão em 3 de novembro de 1537”, frisa Antônio Carlos.

 

EMBATES/SAÚDE

A saúde de Teresa logo se deteriora outra vez. Apesar do consequente retorno a família, o caso é considerado desesperador.  Santa Teresa D’Ávila é levada de volta ao convento, onde as freiras começam a preparar seu funeral. Inexplicavelmente, porém, em poucos dias, a paciente volta à vida. Parcialmente, liberta dos compromissos da vida de clausura, em consequência da convalescença.  
 

MULHER DA MÍSTICA

De caráter alegre, amante da música, da poesia, da leitura e da escrita, Teresa D’Ávila vai tecer uma densa rede de amizades, polarizando, em torno de si, várias pessoas desejosas de a conhecer. Em breve, ela perceberá esses encontros como motivos de distração da tarefa principal da oração e experimentará sua “segunda conversão”: “Meus olhos caíram sobre uma imagem… Ela representava Nosso Senhor coberto de feridas. Assim que olhei para ela, me senti todo emocionado… Me joguei aos pés d’Ele, em prantos, e implorei que me desse forças para não mais ofendê-lo”. 

As visões e êxtases representam o capítulo mais misterioso e interessante da vida de Santa Teresa D’Ávila. Na autobiografia (escrita por ordem do bispo) e em outros textos e cartas, descreve as várias etapas das manifestações divinas, visuais e auditivas. Ela é vista levitando, desmaiando e permanecendo morta (é assim que Bernini a retratará, por volta de 1650, na estátua de S. Maria Della Vittoria, em Roma, Itália). Essas manifestações correspondem a um grande crescimento espiritual, que Teresa, naturalmente trazida à escrita e à poesia, vai derramar em seus textos místicos, entre os mais claros, poderosos, poéticos, já escritos.

 

CARMELO/REFORMA

Não compreendida, nesta sua intensa espiritualidade, e considerada por alguns dos seus confessores até vítima de ilusões demoníacas, é apoiada pelo jesuíta Francesco Borgia e pelo frade franciscano Pietro d’Alcântara, que dissiparão as dúvidas dos seus acusadores. Teresa sente que deve refundar o Carmelo para remediar uma certa desorganização interna. Em 1566, o Superior Geral da Ordem autorizou-a a fundar vários mosteiros em Castela, incluindo dois conventos de Carmelitas Descalços. Assim, surgem os conventos em Medina, Malagon e Valladolid, em 1568; Toledo e Pastrana, 1569; Salamanca, em 1570; Alba de Tormes, em 1571; Segóvia, Beas e Sevilha, em 1574; Sória, em 1581; Burgos, em 1582, entre outros.
 

AMIZADE/JOÃO DA CRUZ

Decisivo, em 1567, foi o encontro entre Santa Teresa D’Ávila e um jovem estudante de Salamanca, recém-ordenado sacerdote. Com o nome de João da Cruz, o jovem assumiu a roupagem do Scalzi e acompanhou o fundador em suas viagens. Juntos, eles superaram vários eventos dolorosos, incluindo divisões dentro da ordem e até acusações de heresia. Eventualmente, Santa Teresa D’Ávila prevalecerá com o nascimento da Ordem Reformada dos Carmelitas e Carmelitas Descalços.
 

PÁSCOA

A obra mais famosa de Teresa é, certamente, “O Castelo Interior”, um itinerário da alma em busca de Deus, por meio de sete passagens particulares de elevação, ladeadas pelo Caminho da Perfeição e pelos Fundamentos, bem como por muitas máximas, poemas e orações. Incansável, apesar de sua saúde precária, Santa Teresa D’Ávila morreu em Alba de Tormes, em 1582, durante uma de suas viagens.
 

MÃE E MESTRA

Virgem e doutora da Igreja, Teresa ingressou na Ordem Carmelita em Ávila, na Espanha, e tornou-se mãe e mestra de uma observância muito rigorosa. Preparou, em seu coração, um caminho de aperfeiçoamento espiritual, sob o aspecto de uma ascensão gradual da alma a Deus. Para a reforma de sua Ordem, suportou muitas tribulações, que sempre superou com um espírito invencível. Também escreveu livros imbuídos de elevada doutrina e carregados de sua profunda experiência. Foi canonizada em 12 de março de 1622, pelo Papa Gregório XV.
 

PROGRAMAÇÃO 

SÁBADO
18:30h Novena Resp.: Pastoral do Dizimo
19:15h Santa Missa – Pe. Wesley Marques
Resp. Liturgia do dia: Irmãs Teresianas
Resp. pelo Canto: Damião
Atração cultural: Wilson Zara

DOMINGO
06h30: Santa Missa – Pe. Ribamar Cavalcante 
Resp. Liturgia do dia: Equipe de Caxias - MA
Resp. pelo Canto: Jhon Piter

08h00: Missa com os profissionais da Educação – 
Pe. Raimundo Nonato
Resp. Liturgia do dia: Pastoral da Educação
Resp. pelo Canto: Patrícia e Davison

09h00: Bênção dos veículos e translado com a imagem 
de Santa Teresa até o Náutico Clube.

12h00: Reza do Santo Terço - Grupo Vicentino

15h00: Santa Missa Hora da Misericórdia – Pe. Moisés Bispo
Resp. Liturgia do dia: Paróquia Menino Jesus de Praga
Grupo de Canto: Francinildo

16h30: Saída do Náutico Clube em procissão fluvial até o Porto da Balsa, seguindo a programação com a procissão terrestre até a Igreja Matriz

19h00: Santa Missa – Dom Vilsom Basso e todo Clero
Resp. Liturgia do dia: Irmãs Capuchinhas
Resp. pelo Canto: Marizete e Ribeiro
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AGRADECIMENTOS - Na realização desta matéria especial sobre Santa Teresa D’Ávila, a reportagem de O PROGRESSO contou com a colaboração da professora Conceição Formiga e do jornalista e pesquisador Antônio Carlos.

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