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13/01/2021 às 00h00min - Atualizada em 13/01/2021 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues

 

Arimatéia Júnior, de carroceiro a líder de audiência na região tocantina

 
 

A infância

O menino Jose de Arimatéia Alves Vieira nasceu em 1963 em Pedreiras (MA), fará 58 anos de idade em 12 de julho deste ano, e é filho de João Sebastião dos Santos e de Beatriz Alves Vieira. O pai era barbeiro e a mãe, diretora do Cresman, o Centro de Recuperação Santa Maria Madalena de Pedreiras, entidade criada em prol das mulheres pelo padre Lula e pela irmã Dorothy Stang. “Seu” João e dona Beatriz morreram em 1977. “Minha mãe morreu em dia 1º de maio, no mesmo dia em que morreu o grande ídolo do automobilismo brasileiro, Ayrton Senna”, lembra, com tristeza, o homenageado.
Arimatéia Júnior, como ele é conhecido no radiojornalismo da região tocantina,  apresenta desde 1986, com o apoio do inseparável amigo sonoplasta Valdinei Silva, o programa “Rádio Alternativo” das 8 às 11h na Rádio Nativa FM e até o passado, também desde 1986, ele apresentou programa “Imperatriz Acontece”, na TV Nativa (Rede Record), em Imperatriz (MA). O grupo Nativa de Comunicação é comandado pelo empresário Raimundo Cabeludo (Superintendente) e pelas filhas Michela Vieira, diretora-Geral, e Micheline Vieira, diretora de Jornalismo. A direção Artística é de Vagner Rego.

Grande Família

Arimatéia é de uma família grande. “Acredito ter uns quinze irmãos. Seu João Barbeiro era meio traquino. Convivia com três famílias ao mesmo tempo. Agora, com minha mãe, papai fez seis filhos”, brinca. 

Filhos e netos

O radialista quase seguiu as pegadas do pai. Ele é pai de nove filhos. “Três da primeira família, quatro com a segunda, e dois extras, com mães diferentes”, revelou. Todos vivem felizes e respeitam o pai que têm. 
Arimatéia Júnior é casado há 34 anos com a empresária Antônia Ednalva Ferreira de Sousa (ela dirige o site www.arimateia.com) e o casal tem quatro filhos: José de Arimatéia Alves Vieira filho, engenheiro eletrônico; Maria Angélica de Sousa Vieira, médica infectologista; Ismael Bismarck de Sousa Vieira, engenheiro civil e João Victor de Sousa Vieira, estudante do quarto período de medicina.
Do primeiro relacionamento, com a senhora Francisca de Lacerda, já devidamente divorciado, vieram mais três filhos: Maria Marta de Sousa Vieira, comerciante; Wiliam de Lacerda Vieira, técnico agrícola, e Valéria de Sousa Vieira, radialista. “Fora do casamento”, ele tem duas filhas: Yani Vieira da Silva, estudante de enfermagem, e Allana Mota Vieira, odontóloga. A família se completa com dez netos. O mais novo e o xodó da família hoje é o imperatrizense João Vicente Vieira Oliveira, de apenas quatro meses, filho da Dra. Maria Angélica com o jornalista Paulo Edson de Melo Oliveira.

Escola da vida

Arimatéia Júnior. estudou em escolas públicas até quarta série, em Pedreiras, mas a voz e o talento o levariam, pela a escola da vida, a aprender a falar e a escrever melhor do que muitos doutores formadas pelas universidades do mundo. O garoto pedreirense, a exemplo do conterrâneo João do Vale, compositor, cantor e músico, nasceu para brilhar. Não na música, mas no rádio maranhense e do Brasil. Pela bela voz e a inteligência que tem, está apto a desempenhar suas funções profissionais em qualquer emissora de rádio do Brasil e do mundo.

Publicidade volante
Ele começou a trabalhar na área de comunicação usando a potente voz ainda bem jovem, em carro de som. “A profissão, é oriunda de publicidade volante, feita ao Armazém Paraíba, em Pedreiras, por incentivo do professor Cícero Queiroz”, lembra o radialista mais famoso da região tocantina.

Armazém Paraíba
Ao ser perguntado por que resolveu morar em Imperatriz, Arimatéia Júnior, explica: “Em Imperatriz, a oportunidade decorreu de contato feito pelo então gerente do Armazém Paraíba, seu Gumercindo, que sabendo da necessidade de Moacir Sposito (Diretor da Rádio Imperatriz AM, já falecido), me indicou e me solicitou à filial de Pedreiras para transferir-me, e assim foi feito em outubro de 1985. Fiquei aqui, com rádio e publicidade volante, incentivado pelo também pedreirense Chico do Paraíba, hoje Chico Brasil, que gerenciava a loja”, disse ele. 

Rádio Imperatriz AM, fita K-7 e amigos

Amigo e querido pelos colegas de profissão, Arimatéia relembra os momentos vividos na antiga Rádio Imperatriz AM, fundada na década de 1970 pelo empresário e radialista paulista Moacir Sposito. “Quanto às amizades, foram conquistas muitas, entre elas, o signatário dessa reportagem, que eu só ouvia via telefone! Me orgulhava de espalhar as gravações que eu reproduzia em fitas k-7, mostrava para amigos e conterrâneos que `eu tinha um correspondente em Brasília`. Foram centenas as vezes que distribui essas fitas, em Pedreiras, Bacabal, Lago da Pedra, Itapecuru e Cantanhede. Só não distribui mais porque tinha que comprar fitas, e o bolso não suportava. Era um orgulho mostrar as gravações do Jornal 890 da Rádio Imperatriz, em que eu chamava a gravação feita por Janio Arley: `e agora, de Brasília, Lima Rodrigues`. Vixi: arrepiava falar aos amigos. Uma vez encostei na oficina do seu Carloto (pai do Carloto Júnior) só pra contar vantagens. Notei que o velho mecânico me deu atenção, ao falar da Rádio Imperatriz e de como ela funcionava, do seu noticiário etc etc.”, comentou o apresentador do programa Rádio Alternativo, da Nativa FM de Imperatriz, líder de audiência no horário.

Amor por Imperatriz

Sempre que fala sobre sua chegada a região tocantina, nos meados da década de1980, Arimatéia Júnior faz questão de lembrar dos importantes amigos do Armazém Paraíba que deram muita força em sua transferência de Pedreiras para Imperatriz: “Como disse, vim transferido da filial do Armazém Paraíba, de Pedreiras, a pedido do gerente regional do Grupo João Claudino pelo senhor Gumercindo, amigo do finado Moacir Sposito, diretor da Rádio Imperatriz. Aliás, foi o amigo Gumercindo quem me indicou para o Moacir, e deu um jeito de me transferir para Imperatriz. Gumercindo é fundador do armazém Paraíba em Pedreiras e Bacabal, onde surgiram as duas primeiras lojas do seu João Claudino, que faleceu no ano passado em Teresina. Gumercindo está na sua fazenda na região do Mearim, vivo, firme e forte”, destacou o radialista.
Arimatéia Júnior tem um amor muito grande por Imperatriz, cidade que lhe prestou homenagens via Prefeitura e Câmara Municipal.  “Imperatriz representa tudo. A terra da oportunidade, que a todos recebe de braços abertos. Estou aqui, e aqui continuarei até quando Deus quiser, me orgulhando dos amigos, agradecendo pela família que tenho, pelas oportunidades que tive, e acreditando em vitórias outras. Afinal, não é todo vendedor de bolo, de água (no latão direto do rio Mearim), carroceiro e desbarbador de tijolos que chega onde eu cheguei. Vitória”, disse ele, que se considera um homem realizado e feliz.

Sem vocação política

Quando o repórter pergunta por que nunca quis entrar na vida pública ou se pretende mudar de ideia, Arimatéia responde com convicção: “Não entro na vida pública para não ganhar a pecha de mais um. E não pretendo mudar a minha ideia. Não tenho vocação para exercer cargo eletivo”.

Testemunho

Perdi as contas de quantas vezes o então editor do Jornal 890, da Rádio Imperatriz, Arimatéia Júnior, editou minhas gravações enviadas diretamente de Brasília, sobre as notícias políticas da capital da República, ou abriu espaço para eu entrar ao vivo no referido jornal, tão bem apresentado pelo gigante Moacir Sposito, pelo potente paraense Roberto Chaves e, posteriormente, pelo próprio Arimatéia. Até hoje pessoas comentam comigo pelas ruas de Imperatriz e de Parauapebas (PA), onde moro há quase dez anos, sobre minhas participações na programação da Rádio Imperatriz AM, depois na Rádio Nativa FM, e também na Voz do Brasil, editada pela equipe da Rádio Nacional, da antiga Radiobrás, hoje EBC-Empresa Brasil de Comunicação. Assim como o amigo Arimatéia Júnior, o rádio também faz parte da minha história de vida. 
Viva o Rádio. Viva o Arimatéia Júnior, Viva o Rádio Alternativo, ou quem sabe, até mesmo a Sociedade Alternativa, como dizia Raul Seixas e Paulo Coelho no grande sucesso musical do álbum “Gita” de 1974. “A sociedade proposta por Raul Seixas e Paulo Coelho nunca existiu de fato, mas, de fato, nunca deixou de existir”. Frase de Melanie Retz que escreveu o belo texto Os “Maluco Beleza” – A sociedade de Raul Seixas e Paulo Coelho e foi publicado no site https://raulsseixas.wordpress.com/.
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