19/04/2024 às 18h50min - Atualizada em 19/04/2024 às 18h54min
Nailton Lyra Escreve
Doença do Beijo
Infecção extremante comum devido causada pelo vírus Epstein-Barr, herpesvirus humano do tipo 4 HHP-4), uma doença viral muito frequente. Estima-se que 80 a 95% da população adulta mundial já foi infectada pelo vírus da Mononucleose Infecciosa e são capazes de produzir anticorpos (defesa) contra ele.
A principal forma de transmissão é através do contato com a saliva e pessoas infectadas que pode ser dar por espirros, beijos e compartilhamento de objetos e alimentos.
A maioria dos casos é transmitida quando a pessoa está assintomática. O período de incubação (tempo em que a pessoa pegou o vírus e a manifestação de sintomas) é de 30 a 50 dias.
Geralmente o contato com o agente se dá na juventude por essa razão é comum vermos surtos da doença após o carnaval, depois o vírus entra em estado de latência permanecendo adormecido por anos sem se multiplicar, em casos de imunocomprometimento volta a se manifestar.
A “doença do beijo” não é considerada doença sexualmente transmissível por não ser transmitido por sêmen ou por secreções vaginais e anais.
Os sintomas incluem dor de garganta, placas esbranquiçadas nas amígdalas dificuldade para engolir, aumento de gânglios no pescoço, febre, mialgia, cefaleia, fadiga e tosse.
O vírus pode migrar para fígado e baço causando inflamação e aumento desses órgãos, nos pacientes transplantados, com doenças auto-imunes e com HIV podem desenvolver formas severas da doença.
O diagnóstico é pela história clinica, sintomas e eventualmente testes rápidos para identificar anticorpos contra o vírus da mononucleose.
O tratamento é eminentemente sintomático, em caso de comprometimento hepático e do baço podem ser necessários maiores cuidados e eventualmente internação, existem casos raros de ruptura desses órgãos.
A prevenção maior é através de medidas comportamentais.
Não podemos confundir com essa outra doença abaixo:
A Doença do Beijo Salgado (O Beijo que Salva)
A fibrose cística é uma anomalia genética também conhecida como mucoviscidose. Ela gera um desequilíbrio na concentração de sódio e cloro nas células que produzem secreções em nosso organismo como o muco e o suor.
É uma disfunção do gene regulador da proteína da fibrose cística fazendo com que as secreções tornem-se mais espessa que o normal dificultando sua eliminação principalmente nos pulmões, trato digestivo e vias aéreas.
Os sintomas mais frequentes são chiado no peito, tosse crônica problemas digestivos com fezes gordurosas ou esteatorreia, diarreia crônica e deficit do crescimento.
No mundo cerca de 70 mil pessoas são portadores. No Brasil estima-se em três mil. O reconhecimento da enfermidade foi facilitado pela inclusão da fibrose cística no teste do pezinho da triagem neonatal.
O suor das pessoas portadoras da doença tem maior teor de sódio por isso se você beijou um familiar, amigo ou conhecido e sentiu um gosto salgado, procure ajuda médica.
O seu Beijo pode salvar a vida com o diagnóstico de Fibrose Cística.