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18/01/2023 às 00h00min - Atualizada em 18/01/2023 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues

 

Agronegócio

“Melhorar a eficiência na avicultura é possível, mas requer atenção em todas as etapas – da granja ao abatedouro”, diz a dra. Liris Kindlein
O Brasil está colocando no mercado cerca de 14,5 milhões de toneladas de carne de frangos em 2022, mantendo excelente posição no ranking global de produção (3º do mundo) e de exportações (1º no mundo). “A avicultura brasileira é uma atividade fantástica, que apresenta desempenho excelente e alimenta milhões de pessoas em mais de 150 países. Os números são excelentes, porém podem ser ainda melhores”, assinala Alessandro Lima, gerente regional de negócios da Novus do Brasil.

 

Resultados produtivos

Com o objetivo de contribuir para a indústria avícola ter resultados produtivos ainda mais expressivos, a empresa realiza o projeto Conexão Novus, que apresenta formas de melhorar a eficiência, levando informação e conhecimento técnico para empresas de processamento de frangos. A Novus reuniu importantes indústrias de frangos do Estado de São Paulo para abordar o tema em detalhes. O evento foi realizado em parceria com a Abase, parceira de distribuição da Novus.
 

Reduzir ineficiências dos processos

“A proposta é compartilhar informações que ajudam a avicultura a ser mais eficiente e para reduzir as ineficiências dos processos”, ressalta a dra. Liris Kindlein, profa. e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidada pela Novus a falar sobre um tema que desafia a atividade: a influência do manejo (no campo e no pré-abate) nas condenações e na qualidade de carcaças de frangos de corte.
“É preciso atenção às ineficiências e perdas nos diferentes elos da cadeia produtiva – a partir dos pintinhos na granja, passando por medidas preventivas e até o ritmo de abate na indústria –, com especial cuidado às condenações parciais e totais de carcaças realizadas pelos programas de controle de alimentos de origem animal”, detalha a especialista.
“Seja 0,01% de perda ou de ganho, é um percentual significativo. Com a necessária atenção, é possível agregar valor e ter melhor remuneração para os mesmos cortes dos frangos”, informa a dra. Kindlein, lembrando que esse “algo a mais” pode estar em qualquer etapa da cadeia produtiva. “Fica aqui uma recomendação importante: granja e abatedouro precisam se conversar. Afinal, as perdas em um setor são contabilizadas juntamente com o outro, assim como os ganhos”.

 

Perdas

Um bom caminho, ela diz, é fazer monitoria a campo dos principais problemas que impactam as perdas, como artrite, dermatose, pododermatite e aerossaculite. Na indústria, atenção a lesões traumáticas, contaminações, salmonelas e perdas de qualidade de carne (rendimento). “Rastreabilidade total”, reforça.
Nesse processo, a dra. Liris Kindlein esclarece que eventuais perdas não são provocadas por um único problema. “As causas são normalmente multifatoriais, podendo envolver o manejo, mas também a nutrição, a saúde e até os equipamentos na indústria. O que não há dúvida é que a nutrição de qualidade foi e sempre será um fator decisivo em termos de produtividade na avicultura”. (Com informações de Fernanda Medeiros – Texto Comunicação – SP)

 

Exportações de pescados da Noruega chegam
ao valor de cerca de USÿ 15,29 bilhões em 2022

2022 foi o melhor ano de todos os tempos para as exportações norueguesas de frutos do mar. O país exportou 2,9 milhões de toneladas no valor de cerca de USÿ 15,29 bilhões. Esse valor representa um aumento de 25% em comparação com 2021, ano que também representava um recorde de negociações.“As exportações norueguesas de pescados tiveram um ano historicamente forte. Esse resultado acontece em um período marcado pela guerra na Europa, preços galopantes de energia, inflação nas alturas e um o enfraquecimento do poder de compra global. Como resultado de tempos difíceis e conturbados vemos que o aumento acentuado dos preços, que no ano passado resultou em preços recordes para espécies importantes como salmão, bacalhau, cavala, truta, escamudo e arenque", comenta Christian Chramer, CEO do Conselho Norueguês da Pesca / Norwegian Seafood Council.
 

Um novo marco

“Os pescados noruegueses atingiram outro marco. Por trás do valor de exportação de cerca de USÿ 15,2 bilhões está muito trabalho, e toda a cadeia deve compartilhar os créditos. Estamos em tempos difíceis com altos preços de alimentos devido à guerra na Ucrânia e aos efeitos da pandemia. Embora o valor das exportações tenha aumentado consideravelmente, o volume geral permaneceu o mesmo. O fato de as exportações ainda estarem indo tão bem mostra que a indústria de frutos do mar e pescados é adaptável, com bons profissionais em atuação em toda a cadeia e que entregam produtos sob demanda. É uma boa notícia para a Noruega e tenho esperança no desenvolvimento das exportações", diz Bjørnar Skjæran, Ministro da Pesca e Oceanos.
 

Menor volume de exportação

O recorde de exportação em valores ocorre apesar dos menores volumes de exportação de várias espécies como salmão, arenque, cavala, bacalhau, caranguejo real e caranguejo da neve.
“Para o salmão, as temperaturas mais baixas do mar afetaram negativamente o abate em 2022. Quanto às nossas espécies selvagens capturadas, quantidades significativas de arenque foram usadas, em 2022, para a produção de farinha e óleo de peixe na Noruega, enquanto tínhamos cotas mais baixas para o bacalhau. Essa é a principal explicação para a queda no volume", diz Chramer.

 

Exportação de salmão chega a USÿ 10,1 bilhões

Houve importantes marcos nas exportações de pescados da Noruega em 2022. Pela primeira vez, a o país exportou mais de USÿ 10,1 bilhões ao mês ao longo do ano. Além disso, pela primeira vez as exportações de salmão ultrapassaram esse valor.
“O salmão norueguês teve um crescimento anual em valor de exportação de 14% nos últimos dez anos. São números fantásticos e muito acima das outras exportações do continente norueguês “, diz Christian Chramer.Além disso, em 2022, o salmão representou a maior parte das exportações norueguesas de pescados, com 70% do valor total. Em seguida vem o bacalhau (8%), a cavala (4%), a truta (3%), o arenque (3%) e os mariscos (1%). “Os pescados noruegueses são uma commodity global robusta, vendida para 149 mercados em 2022. Nosso salmão é amado em todo o mundo. O comércio de bacalhau é sólido na Europa, enquanto a cavala domina na Ásia. Nossos pescados são quase sagrados em mercados como Portugal e Brasil – e mais pessoas estão dando atenção para o marisco norueguês", diz Christian Chramer.
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