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26/08/2023 às 11h24min - Atualizada em 26/08/2023 às 11h24min

Livros & Leitura

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Da Redação
GB Edições

Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda

Em “Da Silva: A Grande Fake News da Esquerda”, o jurista e professor Tiago Pavinatto mergulha na história de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e traça o perfil da figura história definida na obra como “terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres”. Lançamento da editora Almedina Brasil, pelo selo Edições 70, o livro revela uma perspectiva sem romantismos do cangaceiro mais conhecido da história brasileira. A obra se propõe a desconstruir a aura de heroísmo que muitas vezes é atribuída ao cangaceiro. Com base em uma pesquisa profunda de estudos nacionais e internacionais sobre Lampião, o autor traça um perfil minucioso que revela a verdadeira face desse personagem popular e o expõe como um psicopata, cujas ações atingiram níveis de crueldade e violência que vão muito além de qualquer interpretação idealizada. Por meio de análises minuciosas e documentadas, Pavinatto, que não é alheio à polêmica, expõe as ações de Lampião e sua quadrilha demonstrando a amplitude das atrocidades cometidas. Os relatos de crimes vão desde roubos a estupros, assassinatos e extorsões, atividades que desmantelam as narrativas idealizadas de um líder justiceiro que supostamente roubava dos ricos para dar aos pobres. A obra contextualiza as relações de Virgulino com as forças políticas da época, mostrando como ele foi instrumentalizado e manipulado para atender a agendas diversas. É nesse sentido que o autor sustenta a tese de que o altruísmo de “da Silva” é uma Fake News criada e difundida, a partir da década de 1920, pelo comunismo brasileiro, então capitaneado por Luís Carlos Prestes, com a intenção de canalizar o cangaço para fomentar a revolução social. A transformação de Lampião em uma figura homenageada, laureada inclusive em eventos grandiosos como o Carnaval carioca, também é discutida por Pavinatto. Ao rebater essa reverência, ele lança luz sobre a distorção histórica que coloca um indivíduo associado a crimes brutais no centro de celebrações populares e chama atenção para o descaso com o sofrimento e a memória das vítimas desse algoz e seu bando. O livro tem 174 páginas.
 

O Mundo de Best e a Cidade da Fonte Tríade

Em “O Mundo de Best e a Cidade da Fonte Tríade”, a jovem Best, garota curiosa e já conhecida dos leitores, mergulha no universo utópico criado por Selma G. Santana, em que veículos tecnológicos são guiados por inteligência artificial, estudos com DNA humano avançam cada dia mais, a população é amparada por programas de sustentabilidade e o sistema econômico é baseado em moedas energéticas. Nessa jornada – que dá sequência ao primeiro volume da saga, “O Mundo de Best e o Desejo da Pedra” – a protagonista desvenda segredos, questiona as próprias crenças e enfrenta desafios que a impulsionam em um processo de evolução da consciência. A leitura é um convite para todos que pensam o mundo como um lugar a ser melhorado – temas como a paz, liberdade com ética, cooperação e unicidade guiam a trajetória de Best e outros personagens em uma nova e cativante aventura. A crítica e a ludicidade caracterizam o enredo e são usadas por Selma para transmitir mensagens profundas sobre ética, solidariedade e amor ao próximo. Um mestre que acolhe a protagonista para ensiná-la tudo o que sabe; um elfo artista que enxerga além do que os olhos podem ver e um humano que erra muito, mas se arrepende: os seres míticos servem como metáforas para conectar a vida real ao caminho trilhado por Best, com muito para ser visto e absorvido. Dentre as muitas descobertas pelo planeta de Haiag, a protagonista encontra a Fonte Tríade, presente no título da obra. O monumento de cristal em forma de cérebro e coração, por onde irradiam luzes coloridas e passa água da nascente da cidade, representa amor incondicional, inteligência, criatividade e consciência, essenciais para a jornada de evolução da jovem Best. Para a autora, tudo o que acontece na história “é um desses sonhos bons que podemos tornar real”, principalmente em um planeta que clama por mais empatia. O livro tem 521 páginas.
 

Sol e Solidão em Copacabana

Com uma abordagem analítica a momentos marcantes da história do Brasil, o escritor Aliel Paione lança “Sol e Solidão em Copacabana”, uma saga de amor, ambição e solidão, ambientada em um cenário político turbulento na primeira metade do Século XX. Com o terceiro volume, ele conclui a trilogia ficcional que conta a trajetória de Verônica, frequentadora da alta sociedade do Rio de Janeiro entre as décadas de 1910 a 1940. O autor entrelaça a busca da protagonista por amor e realizações a fatos relevantes da política do país. Depois de viver um triângulo amoroso envolvendo a própria filha, Henriette, Verônica precisa lidar com a escolha ambiciosa de João Antunes. Dividido entre o amor de ambas, ele se encanta pela luxuosa vida da sedutora Riete. Paione insere os protagonistas nos bastidores do poder em um período de intensas transformações que envolveram a tentativa de independência econômica, a industrialização e a modernização do trabalho no Brasil. Com uma narrativa fluida, o escritor apresenta os desdobramentos políticos que levaram ao agravamento da crise após o retorno de Getúlio Vargas ao poder e passeia pelos acontecimentos até o suicídio do presidente. Em “Sol e Solidão em Copacabana”, o autor traz um desfecho surpreendente para a trama e possibilita uma leitura independente da obra. As conturbadas relações amorosas evidenciam a complexidade do ser humano, em que sonhos, conquistas e fracassos associam metaforicamente a história brasileira à vida dos personagens. E a busca dos leitores por entendê-los representa, também, a vontade de compreender e melhorar a realidade do Brasil. Com 632 páginas, o livro é da Editora Pandorga.
 

Neuromarketing – Ciência, Comportamento e Mercado

Dados biométricos, colhidos a partir de reconhecimento facial, da íris, retina, das digitais ou da voz, são analisados por softwares capazes de capturar reações do consumidor, como o tempo gasto observando um produto, as expressões faciais nesta análise, e o nível de satisfação durante a experiência em uma loja online ou aplicativo. Com a avaliação dessas respostas emocionais, é possível entender que fatores influenciam diretamente as decisões de compra. Parece coisa do futuro? Na verdade, isso já acontece e você nem percebe. Em “Neuromarketing – Ciência, Comportamento e Mercado”, Luiz Moutinho, pesquisador e futurecast de Marketing, e Karla Menezes, pesquisadora em Neurociência do consumidor, detalham a revolução da biometria no modo das empresas entenderem e interagirem junto aos consumidores. No lançamento da DVS Editora, os especialistas exploram as nuances das áreas cerebrais que influenciam preferências, impulsos e comportamentos de consumo. Grandes corporações já perceberam o valor da biometria. A Samsung, por exemplo, registrou uma patente que detalha maneiras de rastrear o fluxo de sangue do usuário e abre oportunidade para monitorizar a saúde e a forma física. Startups trabalham para desenvolver tecnologia vestível (wereable) na forma de adesivos de pele que recolhem dados biométricos e monitoram desde a frequência cardíaca até hidratação da pele, além de encaminhar, via e-mail, informações inteligentes e, se desejar, recomendações de produtos. Moutinho e Karla apresentam técnicas neurocientíficas úteis para otimizar campanhas, aprimorar a experiência do cliente e impulsionar o sucesso dos negócios. O leitor terá acesso a insights sobre tendências de Brand Sense, que trabalha os sentidos, a exemplo da ciência por trás do inconfundível cheiro de carro novo, e Hipersonalização, configurada pelo uso de dados para a oferta de produtos, serviços e soluções conforme a necessidades de cada cliente. O livro tem 264 páginas.
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