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09/11/2022 às 17h47min - Atualizada em 09/11/2022 às 17h47min

Morre Gal Gosta, aos 77 anos, após mais de cinco décadas de carreira

A morte da cantora foi confirmada na manhã de hoje (9) pela assessoria de imprensa, que não divulgou informações sobre a causa do falecimento.

Vinícius Lisboa
Agência Brasil - Rio de Janeiro / EBC Brasília
Autoridades e amigos da cantora lamentam falecimento - © 31 12:17:08

  
Consagrada como uma das maiores vozes do Brasil, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos. A informação foi confirmada na manhã de hoje (9) pela assessoria de imprensa, que não divulgou detalhes sobre a causa do falecimento.

Gal Costa nasceu em Salvador em 1945, batizada de Maria das Graças Penna Burgos, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, que conta de forma detalhada sua trajetória premiada na música nacional. 

Fã de bossa nova desde a adolescência, Gal fez seu primeiro show em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana, já ao lado de nomes que lhe fariam companhia ao longo da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé. 

Seu primeiro LP, Domingo, foi gravado em 1967, ao lado de Caetano Veloso e com produção de Dori Caymmi. Quando seu primeiro álbum individual foi lançado, em 1969, Gal já havia gravado sucessos icônicos de sua carreira, como Divino Maravilhoso, apresentado no IV Festival de Música Popular Brasileira, e Baby, que fez parte do LP Tropicália. 

Com uma carreira de interpretações inesquecíveis, a cantora também marcou época quando, em 1975, gravou Modinha para Gabriela, para ser o tema da novela Gabriela, da TV Globo. No ano seguinte, Gal se uniu a Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar Os Doces Bárbaros, grupo que reuniu multidões em seus shows. 

Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, Gal Costa marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, Festa do Interior, de Abel Silva e Moraes Moreira, Sonho meu, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, Pérola Negra, de Luís Melodia, e Chuva de Prata, de Ed Wilson e Ronaldo Basto.

Luto

O governador da Bahia, Rui Costa, se manifestou lamentando profundamente a morte da cantora e decretou luto oficial de três dias no estado. "Com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo", disse. 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também postou nas redes sociais, pedindo que "Deus conforte seus familiares e fãs nesse momento de profunda dor". "Perdemos uma das vozes mais lindas e representativas da música brasileira. Gal Costa é trilha sonora de vários momentos da vida de milhares de brasileiros. Seu jeito único de interpretar as canções está para sempre eternizado em nossos corações".

Repercussão

Nas redes sociais, o cantor Gilberto Gil disse estar "muito triste e impactado" com a morte de Gal Costa. Zélia Duncan também lamentou a morte da cantora. "Que vazio. Sem Gal Costa, que tristeza sem fim."

Rádio Nacional

O acervo da Rádio Nacional do Rio disponibiliza uma entrevista de Gal Costa ao programa Música Brasileira Especial. Na ocasião, a artista falou sobre o show que foi um marco em sua carreira, o Gal Tropical. A entrevista foi ao ar no dia 15 de setembro de 1979.

Para homenagear a consagrada cantora Gal Costa, a Rádio Nacional apresenta uma série de atrações temáticas nesta quarta-feira (9). A programação resgata passagens marcantes da carreira da diva e executa músicas eternizadas pela baiana em sua interpretação ímpar. A artista faleceu hoje, aos 77 anos, em São Paulo.

Em rede, ao vivo, às 16h, a emissora pública veicula um especial da produção É Tudo Brasil sobre Gal Costa. Mais tarde, às 20h, a Rádio Nacional utiliza material preservado em seu rico acervo para recordar uma edição do programa Memória Musical transmitido originalmente em 13 de maio de 1991.

A programação destaca clássicos do cancioneiro nacional marcados na performance de uma das principais vozes da música brasileira. Com talento, carisma e presença de palco ímpar, Gal Costa empolgar plateias de Norte a Sul e reuniu admiradores em mais de cinco décadas de atuação profissional.

Sobre a homenageada

Natural de Salvador, a artista fez história como uma das maiores intérpretes da MPB. Sucessos como Chuva de Prata, Baby e Divino Maravilhoso são alguns hits popularizados em seus shows. Referência para as novas gerações, a baiana deixa uma premiada trajetória e apresentações no país e no exterior.

Gal Costa estava em plena atividade com a turnê As várias pontas de uma estrela até realizar um procedimento médico há poucos meses, em setembro. O espetáculo incluía clássicos da música nacional dos anos 1980. A estrela planejava uma sequência de exibições na Europa ainda neste ano.

O primeiro show da cantora foi em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, em sua terra natal, junto com personalidades que fariam parceria frequente no decorrer da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé.

A saudosa artista gravou seu LP de estreia Domingo, em 1967, com o conterrâneo Caetano Veloso. O primeiro disco solo foi lançado em 1969. Gal Costa também integrou o grupo Os Doces Bárbaros formado em 1976 com os amigos Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso.

A produção musical de Gal é repleta de inesquecíveis performances nas quais a diva entoou composições de astros do país. Algumas das canções icônicas que conquistaram o público na sua voz foram Modinha para Gabriela, Festa do Interior, Sonho Meu e Pérola Negra, entre muitas outras obras.

Serviço

Tributo a Gal Costa na programação da Rádio Nacional
É Tudo Brasil Especial Gal Costa – quarta-feira, dia 9/11, às 16h
Memória Musical Especial Gal Costa – quarta-feira, dia 9/11, às 20h

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