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28/10/2022 às 18h52min - Atualizada em 28/10/2022 às 18h52min

Empresário que agrediu e acusou jovem negro de furtar o próprio carro é pronunciado a júri popular

A dentista que acompanhava o empresário quando da ocorrência, não sentará no banco dos réus, mas responderá por lesão corporal com agravante de motivo torpe e injúria racial

Dema de Oliveira
Jhonnatan Silva vai ser julgado por tentativa de homicídio e Ana Paula por lesão corporal e injúria racial - Fotos: Arquivo/O PROGRESSO
 
A Justiça do Maranhão decidiu que o empresário Jhonnatan Silva Barbosa, que agrediu o jovem negro Gabriel da Silva Nascimento, em Açailândia, a 72 km de Imperatriz, seja submetido a júri popular pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado. 

Quanto a dentista Ana Paula Vidal, que também agrediu o jovem, não foi pronunciada a júri popular, mas vai responder por lesão corporal com agravante do motivo torpe, injúria racial e sem dar chance de defesa à vítima. Vale lembrar que ambos estão respondendo em liberdade, e mesmo que venham a ser condenados, o empresário
Jhonnatan Silva Barbosa, por meio do Tribunal do Júri e a dentista Ana Paula Vidal, pelo juízo singular, deverão ganhar o direito de recorrer da sentença em liberdade, como acontece nesses casos de os indiciados estarem respondendo em liberdade.

O caso aconteceu em dezembro de 2021. A vítima, que estava dentro do próprio carro, foi acusada por um casal de estar furtando o veículo e espancada, sem chances de defesa, em frente ao condomínio onde morava. A agressão foi registrada por câmeras de segurança e só parou quando um vizinho viu a situação e confirmou a história do jovem, que já havia dito ao casal que era proprietário do veículo. 

Na época, o Ministério Público do Maranhão denunciou casal por tentativa de homicídio triplamente qualificado. Depois da conclusão do inquérito da Polícia Civil que indiciou o casal por tentativa de homicídio, o MPMA se manifestou e determinou que o indiciamento do casal seja por tentativa de homicídio triplamente qualificado.

A Denúncia do MP foi proposta pela titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Açailândia, com base nas investigações da Polícia Civil. A pena para o crime cometido pelo casal é de 12 a 30 anos de prisão, de acordo com o Código Penal.

Depois de feito toda a triagem, a dentista Ana Paula Vidal, foi desmembrada do júri popular e será julgada separadamente por lesão corporal e injúria racial, com agravante de motivo torpe.

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