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24/10/2022 às 10h14min - Atualizada em 24/10/2022 às 10h14min

Livros & Leitura

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Da Redação
GB Edições

Sapatos Brancos

O ano é 2000 e os moradores da pacata Coralinândia, interior de Goiás, mal podiam acreditar na tragédia que havia acabado de acontecer. Quando Alexandre, menino gay e periférico de 15 anos é assassinado, seus colegas precisam lidar com o luto e os traumas da perda. É por meio desta trama envolvente e recheada de causas, que o escritor e filósofo goiano Wigvan apresenta “Sapatos Brancos”. A obra coloca em pauta a marginalização da sociedade, lutas LGBTQIA+ e PCD, mas também chega às estantes para quebrar tabus. Com responsabilidade e leveza, o autor abre discussão sobre violência infantil, a desromantização da maternidade e sexualidade. O nome do livro é uma analogia à diferença de classes. Filipe, bolsista de uma escola de alto padrão, é o único que usa sapatos marrons. Ele é um dos protagonistas da história, que gira em torno de uma sucessão de mortes atribuídas a uma seita religiosa fundada em 1940. Enquanto as investigações acontecem, o desejo de justiça é o que move Filipe, Ricardo e um grupo de adolescentes amigos de Alexandre. Em meio a descobertas, desejos e conflitos da puberdade, os jovens confrontarão uma rede de segredos sobre a qual a cidade foi construída e que afeta, principalmente, suas famílias. O que eles não sabem é que o assassino está muito mais perto do que eles imaginam. Lançado originalmente como um “web folhetim”, o livro é narrado por vários personagens de forma não linear, no estilo “true crime”. Conduzido principalmente por quatro mães, às próprias maneiras e lutas, elas interagem entre si com um único objetivo: proteger os filhos. Um professor gay e “drag queen”, jovens trans e bissexuais, pessoas com deficiência física, visual e auditiva. Recheada de personagens reais, a narrativa, a partir da perspectiva da morte, discute o abandono, o amor, o impulso destrutivo e tudo o que os torna humanos. É assim, por meio de metáforas, que Wigvan, nascido na periferia, pretende combater a violência e deixar o mundo um pouco mais bonito. O livro tem 385 páginas.
 

Pequeno Dicionário Rápido e Prático
Brasileiro Português e Português Brasileiro

Um dicionário brasileiro português? Faz sentido? Não é a mesma língua? Durante os oito anos em que morou em Portugal, o escritor e jornalista Stevan Lekitsch foi anotando todas as palavras que eram diferentes, tanto em grafia, quanto em pronúncia, utilização ou significado, do vocabulário Português de Portugal, em relação ao vocabulário Português usado no Brasil. E durante os últimos anos de pandemia, as anotações se intensificaram. Tanto que o resultado foi esse: um Dicionário com mais de 2.200 verbetes: o “Pequeno Dicionário Rápido e Prático Brasileiro Português e Português Brasileiro”. Stevan lançou o seu dicionário em formato digital, que pode ser adquirido e baixado através do site da Amazon.com.br, e pode ser lido no celular ou no tablet, ou no famoso Kindle, tablet de leitura de livros da própria Amazon. Se o leitor for assinante da Amazon, o dicionário sai de graça, com o programa Kindle Unlimited. Eram os produtos no supermercado, o que era falado nas lojas, os rodapés das notícias da televisão, e por aí vai. Toda a vez que uma palavra se diferenciava, não era reconhecida, ou tinha uma utilização diferente da que os brasileiros usavam, ia para o papel. Aliás, as compras na papelaria também eram um sufoco. Alguns exemplos são clássicos e corriqueiros. Por aqui falamos celular, e por lá, telemóvel. A nossa palavra deriva do inglês, cell phone, e a deles do espanhol e italiano, telemóvil. Para nós, o durex vende na papelaria, e serve para colar. Para eles, é o preservativo. O nosso “durex”, eles chamam de fita-cola. O inverso também se aplica, pois há várias palavras para eles que são utilizadas de forma completamente diferente do que por nós. E vale lembrar que a quantidade de brasileiros, tanto como turistas ou como moradores, em territórios portugueses, é enorme, o que causa muita confusão! O livro tem 88 páginas.
 

Boss Bitch

Sucesso absoluto nos Estados Unidos e exibida em mais de 190 país, a série “Sunset: Milha de Ouro”, da Netflixt, trouxe ainda mais para os holofotes a vida de Christine Quinn, uma bem-sucedida corretora de imóveis de Los Angeles, dona de uma personalidade forte e irretocável. Disposta a dividir com as mulheres os valores que a levaram ao estrelato, a empresária escreveu “Boss Bitch: Pare de Se Desculpar Por Quem Você É... E Seja Dona da P*rra Toda”, lançamento da Editora Seoman que é um guia para mulheres que desejam alcançar o sucesso em todas as áreas da vida. No livro, Christine Quinn mostra como assumir, sem remorso ou culpa, todo seu potencial. Seja na vida pessoal ou profissional, o importante, segundo ela, é ser o que ela denomina de “Boss Bitch”: uma mulher forte, poderosa e assertiva com estilo próprio e sem medo de ser autêntica.  Por meio de exemplos pessoais, a empresária elenca uma série de lições para que as mulheres possam se tornar empoderadas e assumam o controle de suas vidas. Christine conta que não completou o ensino básico e que logo cedo trabalhava como garçonete, modelo e atriz, até se tornar uma empresária milionária e de sucesso. Ela também apresenta técnicas para se alcançar o resultado desejado e define regras para a vida amorosa: “nunca sacrifique o que você mais valoriza”, “cuide bem da sua vagina”. E, como profissional, adverte: “pare de se desculpar no trabalho”, “vá além das expectativas e seja a Dona da P*rra Toda!”. O livro tem 288 páginas.
 

O Poder da Hipnose

Alguns psicólogos ignoram o uso clínico da hipnose, e os que já ouviram falar dela, raramente usam-na. Grande parte cita Sigmund Freud fora de um contexto de análise, quando teria desencorajado seu uso. No entanto, o que parece ter faltado a Freud foi a possibilidade de compreender que a hipnose pode ser feita de outras formas que não por um processo mecânico com comandos diretos e tão limitados, sem consideração às dinâmicas emocionais e psicológicas dos pacientes. Outras escolas de hipnose enfatizam os níveis de transe e insistem que o hipnotizador deve procurar conhecê-los bem e mover seu paciente propositalmente entre eles. Outros, como André Percia, autor da obra “O Poder da Hipnose”, da Literare Books International, com forte influência ericksoniana, preferem “deixar acontecer”. Nesse sentindo, o livro é fruto de um método de trabalho desenvolvido pelo autor, que estudou e aplicou de forma integrada as várias abordagens da Programação Neurolinguística (PNL). Junto à PNL, a Engenharia Mental Transformativa é uma tentativa de unificar verdadeiramente os papéis de terapeuta, programador neurolinguístico e hipnoterapeuta, em uma prática clínica integrada. Mas também em uma prática de trabalhos de treinamento, treino mental de atletas, comunicação, apresentação de conteúdo, vivências pessoais ou qualquer processo voltado para introspecção, reflexão, aprendizagem e transformação pessoal, uma vez que o livro deixa evidente a possibilidade de adaptação. Por meio de uma narrativa informativa e instigante do começo ao fim, o livro auxilia ainda terapeutas, hipnoterapeutas, programadores neurolinguísticos e profissionais do desenvolvimento humano a iniciar um debate sobre infinitas possibilidades, para que pessoas possam ter uma vida de melhor qualidade. O livro tem 264 páginas.

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