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05/08/2021 às 19h38min - Atualizada em 05/08/2021 às 19h38min

Exame de corpo de delito acaba versão do militar de que o médico teria lhe dado um chute

O laudo também prova que o álibi apresentado por Adonias Sadda de que tiro foi acidental não existe

Dema de Oliveira
Adonias Sadda responde por homicídio duplamente qualificado - Foto: Arquivo/O PROGRESSO
 
O laudo do exame de corpo de delito feito no policial militar Adonias Sadda acaba com a versão dele em depoimento prestado à Polícia Civil. De acordo com a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por meio do delegado Titular dessa especializada, Praxisteles Martins. O policial alegou que o médico Bruno Calaça o teria ferido com um chute antes de ser atingido com o tiro, na tentativa de desarmá-lo, mas o exame concluiu que não há compatibilidade entre a lesão apresentada pelo PM, como sendo desse momento de confronto, e o relato prestado por ele mesmo no segundo depoimento, onde apresentou essa versão. O laudo também prova ao contrário, do álibi apresentado por Adonias Sadda de que o tiro foi acidental. O tiro foi intencional, mesmo porque as imagens da câmera de segurança do bar mostram com clareza. Adonias foi até o médico e desferiu-lhe o tiro fatal. 

O corpo de delito foi feito logo após o PM prestar novo depoimento. Adonias Sadda manteve a versão de tiro acidental, mas trouxe o novo elemento de que teria sido atingido por um chute de Bruno antes do disparo. Segundo a Delegacia de Homicídios, “a lesão foi confrontada com trechos do depoimento onde ele alega essa lesão e com trechos de vídeos e o resultado foi que a lesão é totalmente incompatível com a narrativa dele”, explicou o delegado Praxísteles Martins.

A Polícia Civil continua investigando sobre o paradeiro do advogado Ricardo Barbalho e do pecuarista Waldex Cardoso, acusados de envolvimento no crime. Os dois, principalmente o advogado Ricardo Barbalho, foram indiciados por ter incentivado o policial militar Adonias Sadda a atirar no médico Bruno Calaça. 

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