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21/03/2024 às 18h58min - Atualizada em 21/03/2024 às 19h00min

Policial penal é suspeito de cobrar propina e fazer ‘vista grossa’ a extorsões praticadas em presídio

Operação Iscariotis deflagrada pelo GAECO

Com Informações do GAECO - MP
Foto: MP-TO
 
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Tocantins deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21/3), a operação Iscariotis, no sul do Estado, para o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão na Casa de Prisão Provisória de Gurupi e em residências da cidade. A Polícia Civil contribuiu com a operação.

O objetivo é reunir informações para investigação que se encontra em andamento no Gaeco sobre a possível prática de crime de corrupção passiva (solicitar ou receber vantagem indevida) por parte de um policial penal e do possível crime de extorsão por alguns reeducandos.

Conforme as apurações, o servidor público, lotado na unidade prisional de Gurupi, teria realizado cobranças à família de reeducando com o objetivo de oferecer proteção e o acesso a alimentos, cigarros e a aparelho celular. Conforme foi levantado, diversos presos também pagavam para ter acesso temporário ao celular e realizar ligações.

Ainda foi apurado que o servidor público, além de solicitar diretamente vantagens indevidas, também fazia “vistas grossas” a extorsões praticadas por reeducandos contra outros detentos e os seus familiares, contribuindo para a ocorrência destes ilícitos.

Nas investigações, foram comprovadas transferências e depósitos bancários realizados a título de extorsão. As práticas irregulares teriam ocorrido ao menos entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021.

O nome da operação do Gaeco faz referência a um dos doze apóstolos que traiu Jesus por 30 moedas de prata.

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