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12/03/2024 às 18h49min - Atualizada em 12/03/2024 às 19h00min

Advogada é presa suspeita de enganar os próprios clientes e desviar R$ 700 mil

Sócia dela também está sendo investigada nos mesmos procedimentos

Com Informações da SSPTO / 1ª Delegacia de Polícia Civil / Palmas
Foi presa mediante cumprimento de mandado de prisão preventiva - Foto: Divulgação / Agência Tocantins
 
Uma advogada de iniciais F.P.S.O.R., de 36 anos, investigada por aplicar golpes em seus próprios clientes, foi presa em Palmas na manhã desta terça-feira (12/03).

Apenas na 1ª Delegacia de Palmas são cerca de oito inquéritos policiais, cujos valores somam cerca de R$ 700 mil desviados de seus clientes. A sócia dela também está sendo investigada nos mesmos procedimentos.

O delegado Douglas Sie informou que a advogada vem sendo investigada desde 2017. “São dezenas de vítimas. Ela recebia procuração dessas vítimas para tramitar seus processos e um dos poderes que ela tinha seria o de receber os valores. Então, ela recebia esses valores que as vítimas ganhavam na Justiça e se apropriava desses valores, não repassando aos clientes, que procuraram a Polícia Civil para formalizar a denúncia”, explica.

A advogada atuava em ações trabalhistas, ações cíveis, cancelamento de contratos, dentre outros. O delegado não descarta que ela tenha feito vítimas em outros estados, uma vez que atuava em algumas causas fora do Tocantins.

Indiciada em 2023
Em abril do ano passado, a advogada foi indiciada pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica, cometidos em Palmas. Especificamente nesse caso, uma cliente contratou os serviços da advogada para ajuizar uma ação com o objetivo de conseguir tomar posse em cargo público.

Aproveitando-se da oportunidade, a advogada alegou a necessidade de taxas/custas judiciais para o processo e passou a emitir guias falsas de Documentos de Arrecadação Judiciária (DAJ), com valores fictícios, para a cliente efetuar o pagamento. Entretanto, para conseguir êxito na obtenção de benefício ilícito, a advogada argumentou que o pagamento das taxas só poderia ser efetuado por ela. Dessa forma, a cliente deveria depositar os valores na conta bancária da advogada. Induzindo a cliente ao erro, a advogada arrecadou R$ 180.761,70 de forma indevida, sendo que o contrato de honorários era de R$ 5 mil.

O que diz a OAB/TO?
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Tocantins informou a Procuradoria de Prerrogativas não foi notificada oficialmente sobre a operação policial que tem como alvo a advogada. Porém, ressaltou que, por decisão do Tribunal de Ética e Disciplina, a profissional está suspensa preventivamente do exercício profissional da advocacia, sendo proibida de advogar.

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