19/09/2023 às 23h15min - Atualizada em 19/09/2023 às 23h30min
Policiais civis do Maranhão realizam paralisação de advertência nesta quarta-feira
A classe aprovou, caso não haja resposta do Governo, três paralisações de advertência que antecedem uma paralisação geral
Dema de Oliveira
Policiais civis de Imperatriz, durante paralisação em frente à sede da OAB - Foto: Dema de Oliveira/O PROGRESSO
Os policiais civis do Maranhão aprovaram no último dia 15 de setembro, em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no antigo prédio da REFFSA, na capital maranhense, um cronograma de paralisação de atividades da Polícia Civil do Maranhão, em razão da ausência da resposta do Governo do Estado, às suas reivindicações. A Assembleia Geral também mobilizou centenas de policiais no interior do estado.
A classe aprovou, caso não haja resposta do Governo, três paralisações de advertência que antecedem uma paralisação geral.
As datas previstas incluem a paralisação de uma Operação em curso no Maranhão e entrega de armas, coletes e algemas.
A primeira paralisação é de 24 horas e acontece nesta quarta-feira, 20 de setembro. A segunda paralisação, caso persista a ausência de resposta, será de 48h, nos dias 27 e 28 de setembro. Neste ato também haverá paralisação da “OPERAÇÃO PAZ”, do Ministério da Justiça, já em curso no Estado, mas que conta com a participação de inúmeros policiais civis.
A terceira paralisação ocorre nos dias 4 e 5 de outubro, com a entrega de armas, coletes e algemas, seguida de uma paralisação geral de atividades.
Os policias civis estão sem recomposição salarial há quase nove anos e reivindicam direitos. Segundo o Sindicato da Polícia Civil do Maranhão (SINPOL), o último reajuste digno que os policiais civis do Maranhão receberam, ocorreu ainda no governo de Roseana Sarney.
As decisões do SINPOL-MA são tomadas de forma unitária, em conjunto, pela Diretoria e com o aval da categoria. O Grupo APC constitui a espinha dorsal da Polícia Civil e sem este não há a entrega da real justiça, tampouco o funcionamento pleno e eficaz dessa Instituição.
O diálogo com o governo iniciou em março, com uma proposta apresentada pela entidade. Em julho deste ano, o Sinpol-MA realizou o primeiro protesto, em razão das condições de trabalho e falta de reajuste salarial.
Policiais civis de Imperatriz, durante paralisação em frente à sede da OAB - Foto: Dema de Oliveira/O PROGRESSO
