15/09/2023 às 22h56min - Atualizada em 15/09/2023 às 23h00min
A RELIGIOSIDADE NAS OBRAS DOS POETAS BRASILEIROS
Maria Helena
O dinamismo da confreira Edna Ventura, membro da Academia Imperatrizense de Letras (AIL) que, junto com o presidente confrade Trajano Neto, estabeleceu um novo calendário de atividades para essa instituição literária.
Ficou estabelecido que mensalmente seria disponibilizado ao público um sarau, com apresentação artística, contendo músicas, recitação de poesias, leitura de textos, etc, – para os que dele quiserem participar. Haverá também em uma quinta-feira de cada mês, palestras onde serão abordados os mais diversos assuntos, também com a participação pública.
Coube a mim iniciar a programação de palestras nessa última quinta-feira com o tema “A religiosidade nas obras dos poetas brasileiros”. Munida de textos poéticos e apresentação em vídeos, assistimos o desfilar de poetas renomados que encantaram o nosso mundo de adolescentes sonhadores e inquietos de ontem e de hoje. Cora Coralina recitando o poema “Amigo”. Mário Quintana com a poesia “Esperança”. Drummond de Andrade com “Quando encontrar alguém”. Machado de Assis recitando “Um anjo”, e muitos outros.
Fizemos uma surpresa aos confrades e confreiras presentes, recitando suas poesias. Deixamos por último o vídeo onde Rolando Boldrin quase nos levou às lágrimas, ao recitar o poema “O sonho.
Muito gratificante estarmos ao lado de nosso Dr. Itamar Fernandes que fez questão de estar presente ao Encontro, bem como do Dr. Agostinho Noleto – recém domiciliado em Brasília –, Livaldo Fregona, professoras “históricas “como Liratelma e Tereza Bom-Fim, Elson Araújo, Ariston Di França, sem deixar de citar, naturalmente, Edna e Trajano Neto.
As Academias de Letras podem ser de âmbito nacional, estatual ou municipal. O termo Academia não é uma exclusividade da literatura. Foi buscado na filosofia e surgiu na Grécia antiga em torno de 287 a.C pelo filósofo Platão, e considerada como a primeira universidade onde ensinavam Teologia, Astronomia, Matemática, Ginástica e conhecimentos gerais.
Uma Academia de Letras é um centro de informações e debates onde são desenvolvidas atividades literárias, culturais e artísticas.
No séc. XVIII já havia academias em várias partes do mundo. No Brasil, elas foram criadas a partir do séc. XIX. A Academia Brasileira de Letras (ABL) foi fundada em 1897 tendo como um dos fundadores e primeiro presidente, Machado de Assis. Em 1908 foi a vez da criação da Academia Maranhense de Letras (AML) e escolhido o nome de Gonçalves Dias como seu patrono. Foi iniciada com 12 membros até chegar a 40 cadeiras, sendo que no total, a maior parte foi formada por homens e com apenas 4 mulheres.
A Academia Imperatrizense de Letras (AIL), fundada há 32 anos em 27/04/1991, inicialmente com apenas 14 membros, hoje com 33 confrades e 07 confreiras. Idealizada pelo jornalista Edmilson Sanches, a Academia está situada no espaço chamado “Paço da Cultura Sálvio Dino” e tem a missão de fomentar o envolvimento da sociedade com a literatura em suas mais diferentes manifestações.
A AIL está de portas abertas para receber os visitantes de outras entidades que chegam no intuito de conhecer suas atividades ou pedir parcerias para seus eventos literários. A sua biblioteca está disponível ao publico diariamente, em horário comercial.
A criação do Salão do Livro de Imperatriz (SALIMP) tem contribuído economicamente com a cidade, atraindo milhares de pessoas que movimentam o comércio local. Importante citar que o Salimp entrou no Circuito Nacional do Livro, sendo a primeira cidade interiorana a participar dessa conquista.
“A ‘Semana Imperatrizense do Livro’ é exemplo da boa vontade e de gratuidade dos seus membros. A ela compareçam... Valorizem-na. O objetivo é fertilizar o cérebro e o coração de cada cidadão que nela perceber o valor da criação” Arnaldo Monteiro dos Santos, livro: Vidas Tecendo Textos. _______________________________________________________________
Maria Helena Ventura é membro da AIL – Academia Imperatrizense de Letras.
