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04/09/2023 às 18h30min - Atualizada em 04/09/2023 às 18h45min

Em Sarau movimentado, AIL homenageia Gonçalves Dias

Raimundo Primeiro
Fotos: Raimundo Primeiro
 
Noite especial, na Academia Imperatrizense de Letras (AIL), na sexta-feira, 2 de setembro, com a realização do evento em homenagem a Antônio Gonçalves Dias, por ocasião das comemorações alusivas ao bicentenário de nascimento do intelectual maranhense, que ocorrem no Estado e em diversas regiões do país.

O “Sarau da Academia – Canta e Declama Gonçalves Dias” teve início às 19h e foi aberto por Luiz Carlos Porto, membro da AIL, que, além de dar as boas-vindas aos presentes, destacou a importância do evento e da obra do autor da “Canção do Exílio” para a literatura brasileira.

Na sequência, o jornalista e escritor Elson Araújo, também integrante da AIL, proferiu a palestra “Gonçalves Dias não morreu”, ressaltando tratar-se de um grande desafio falar sobre “essa figura icônica da literatura brasileira”, acrescentando: “tanto já fora dito, nos mais diversos formatos, sobre a vida desse maranhense, que morreu na flor da juventude, que fiquei a raciocinar sobre o que mais poderia se dizer dele”. 

Segundo Elson Araújo, haveria algo mais a se falar sobre o pai do romantismo brasileiro e não cair no lugar comum. “No exercício do raciocínio, logo no início, da viagem mental sobre o que teria sido a curta vida do poeta, uma certeza: ‘sempre haverá algo a se dizer desse maranhense nascido nas cercanias da hoje Caxias e que ganhou o mundo e os corações do mundo”.

Por outro lado, frisou Elson Araújo, ser Gonçalves Dias um reconhecido homem das letras, um apaixonado pela literatura e as artes, a exemplo de Machado de Assis, José Saramago, William Shakespeare, Fiódor Dostoiévski, Jorge Luís Borges, Franz Kafka, Gabriel García Márquez e Federico Garcia Lorca, considerados ‘gigantes da literatura universal’.
A obra de Gonçalves Dias, entre outras análises, é importante para a literatura brasileira por que ele foi um dos primeiros a retratar a figura do índio de forma idealizada e a enaltecer a cultura e a natureza brasileiras.

Concluindo, Elson Araújo lembrou sobre diversas ações de Gonçalves Dias. Lutou, por exemplo, pela abolição da escravatura e pela defesa dos direitos dos povos indígenas. “Infelizmente, não viveu o suficiente para assistir a assinatura, em maio de 1888, da Lei Aurea. Sua vida foi tragicamente interrompida em 1864, em um naufrágio durante uma viagem de vapor para o Maranhão. Foi dado como desaparecido e presumivelmente falecido aos 41 anos de idade”.

O sarau foi conduzido pelos professores Edna Ventura e Humberto Barcelos, mesclado por declamação de poemas e músicas, com a presença do cantor Washington Brasil. No final, o escritor e cantor José Ribeiro, membro da AIL, por meio de sua voz, animou os convidados com ‘pérolas’ da Música Popular Brasileira (MPB).  O repentista e acadêmico Itaerço Bezerra também subiu ao ‘palco’. Inicialmente, houve declamação de poema por Edmilson Franco, também integrante da academia.

“Gostei muito, uma noite animada, com poemas e músicas, canções que marcaram, estão nos corações e mentes de pessoas que aqui estiveram”, comentou a universitária Patrícia de Sousa. 
O empresário Ildon Marques de Souza participou do sarau. É considerado ‘amigo’ da Academia Imperatrizense de letras por incentivar a instituição e cultura local. Quando foi prefeito do município, criou o Prêmio AIL, há 25 anos.

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