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25/08/2023 às 23h02min - Atualizada em 25/08/2023 às 23h15min

O que você sabe sobre o Transtorno do Espectro Autista?

Maria Helena Ventura
  
Há pouco mais de 8 anos nos deparamos com o primeiro caso de autismo na família. Pessoalmente, não cheguei a me aprofundar sobre o assunto. Semana passada, ao procurar vaga no estacionamento de um supermercado local, deparei-me com o aviso: “Vaga reservada para autista”. Isso me motivou a pesquisar sobre o assunto e compartilhá-lo com todos aqueles que estão descobrindo casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA), na família.

O que é o TEA: é um transtorno global do desenvolvimento infantil, neurobiológico e genético que se manifesta antes dos três anos de idade e se prolonga por toda a vida. No Brasil, geralmente leva-se a criança para exames específicos depois dos três anos – perto dos cinco anos. Não é fácil fazer o diagnóstico. Qualquer desconfiança se é ou não, levá-la imediatamente à equipe interdisciplinar formada por neurologista, psiquiatra e psicólogo, para minimizar os sintomas do autismo. Vale salientar que ninguém “vira” autista na idade adulta, apenas se descobre.

 Quanto mais cedo a pessoa for tratada adequadamente mais chances terá de manter uma boa qualidade de vida e adquirir, isso é importante, autonomia e independência no futuro. O autismo está cada vez mais presente em nossa sociedade.

Estima-se que 70 milhões de pessoas em todo o mundo apresentam autismo, ou seja, 1 em cada 36 pessoas na população mundial. Há mais meninos que meninas com o autismo, numa proporção de 4:1. Em casos de depressão dá-se o contrário: há mais meninas que meninos.

Esse transtorno se caracteriza por três sintomas principais: disfunções na área social, comprometimentos na comunicação (verbal ou não verbal) e disfunções comportamentais.

São diversas as manifestações do TEA: 1- Traços leves do autismo (Síndrome de Asperger) em que não há atraso na aquisição da fala até os três anos de idade. São inteligentes, não há retardo mental, realizam tarefas sozinhos, mas tem dificuldades na interação social e de entender o que o outro está “sentindo”. 2- Autismo de alto funcionamento (performance) parecido com Asperger, mas há atraso na aquisição da fala. 3 - Autismo clássico (grave) com retardo mental, dificuldade extrema de comunicação e contato visual, movimentos estereotipados.

Direitos aquiridos: A Lei 12.764/12 considera autista a pessoa com deficiência (PcD), para todos os efeitos legais. Outra Lei, a de número 8.742/93, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), garante o Beneficio da Prestação Continuada (BPC) para ter direito a um salário-mínimo por mês, caso pertença a uma família de baixa renda. Tem ainda direito ao passe livre em transporte interestadual. O seu acompanhante tem direito a 80% de descontos em passagens aéreas. Seus pais, se forem servidores públicos, podem usar a prerrogativa de 50% de redução na sua carga horária de trabalho. Devem também, seus responsáveis, procurar conhecer outros direitos.   

Nunca penso no ser humano, somente biológico. Mas, formado de corpo, mente e espírito. Por isso, interessei-me em saber o que pensa o Dr. Ricardo Di Bernardi, autor do livro “Médico Espírita Responde”, sobre o assunto em pauta:

- O autismo é um problema cerebral ou espiritual? R – É uma expressão física cerebral decorrente de uma importante desarmonia espiritual.   
- Qual a causa espiritual do autismo?  R – É uma desarmonia ocasionada pela postura do Espírito em se recursar, insistentemente, a reencarnar.

- Como entender ou correlacionar a recusa persistente do Espírito em reencarnar com os sintomas atuais de autismo? R – Como o Espírita rejeita, não admitindo em hipótese alguma, o renascimento, traz em seu comportamento um aspecto de estar ausente e não adaptado à realidade da vida física.

- Faz algum sentido conversar-se com um autista quando ele está dormindo? Por quê? R – É muito útil a conversação, desde que bem orientada, que se faz com um autista durante o sono. As orientações são captadas pelo inconsciente (Espírito), pois é este quem está enfermo.

- Poderia nos dar um exemplo concreto e didático para que possamos executar com eficácia este diálogo terapêutico? R – Coloque uma música suave no local e fale bem devagar e pausadamente: “Estamos contentes porque você está aqui conosco”. “Você tem muito o que fazer aqui na Terra”. “Você vai ser feliz nesta vida”. “Nós te amamos”. “Você inteligente”. “Você é amoroso”. “Você vai pensar quando acordar: eu sou capaz de amar. Eu sou capaz de gostar das pessoas” e frases similares.

-   Algumas pessoas consideram que a paciência seria o maior requisito para se auxiliar um autista. Em sua opinião, o que é o mais importante? R – O Amor.
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Maria Helena Ventura é membro da AIL – Academia Imperatrizense de Letras.
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