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01/08/2023 às 00h34min - Atualizada em 01/08/2023 às 00h45min

Seis pessoas foram assassinadas em Imperatriz

Quatro das vítimas eram inocentes. São 14 homicídios em julho e 76 durante o ano

Dema de Oliveira
Geovane, Celso, Rogerio, Carlos Henrique, Suellen e João Vitor - Fotos: Divulgação

O fim de semana na segunda maior cidade do Maranhão foi o mais violento do ano, com o registro de seis assassinatos em diferentes pontos da cidade, com os atiradores membros de facções criminais, que estão tomando conta da cidade. Quatro das seis vítimas eram inocentes, e agora são 14 casos em julho e 76 de janeiro até agora.

O rastro de sangue começou sexta-feira (28), com um ataque de membros de facções criminosas em um depósito de bebidas, localizado na Avenida Itaipú, Parque Santa Lúcia, na periferia. O único alvo dos membros de facções era apenas o também facionado, Geovane Miranda de Almeida, 34 anos, conhecido por ‘De Menor’, que foi atingido pelos tiros e morreu na hora. ‘De Menor’ já tinha passagens pelo Sistema Prisional.

Entretanto, as balas também atingiram Celso Bezerra Parreira, 47 anos, conhecido por ‘Celso Pintor’, e  Rogério da Silva Luis, 60 anos, tio do proprietário do estabelecimento. Uma quarta vítima foi encaminhada para o Socorrão e foi submetida a uma cirurgia. Seu estado de saúde não foi informado.

E a saga de violência continuou. Na noite de sábado (29), o mototaxista Carlos Henrique foi baleado na Rua João Pessoa, Parque Anhanguera, e morreu neste domingo (30), no Socorrão.

Ainda no sábado (29), durante a madrugada, facionados assassinaram a tiros a adolescente Suellen Soares Rocha da Silva, 13 anos. A jovem foi alvejada quando dormia em sua casa, localizada no Parque São José. Os bandidos a mataram porque o irmão dela é facionado e está foragido da cidade, e condenado a morte pelos membros de facções rivais.

A sexta vítima dessa carnificina ocorrida no fim de semana foi João Victor, 22 anos, alvejado na Rua Washington Luis, Parque São José, já na divisa com o Jardim Planalto. João Victor não tinha nenhum envolvimento com facções ou quaisquer outros crimes e morreu por ser parente de um facionado que está marcado para morrer.

 

Investigados

Em entrevista coletiva realizada ontem na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Praxisteles Martins, titular daquela especializada, disse que a maioria desses crimes, que tem assustado com o aumento dos índices de homicídios em Imperatriz,  já está com autoria definida. “Já representamos pelas pelas prisões de vários desses indivíduos, maioria absoluta integrantes de organizações criminosas. Nós estamos aguardando a decretação dessas prisões, para que possamos retirar esses indivíduos de circulação. Os dias que passam com esses criminosos soltos, eles se encorajam, para o cometimento de novos delitos”, pontuou Praxisteles.

Policiais da 10ª Delegacia Regional e de outras cidades vizinhas, realizaram operações durante todo o fim de sema. A Polícia Militar, dos dois batalhões, também realizaram operações, mas ninguém envolvido nesses assassinatos foi preso.
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