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21/06/2023 às 21h08min - Atualizada em 21/06/2023 às 21h08min

Governador do Ceará diz agressão é “revoltante”

Inquérito policial para apurar o fato foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher

Com Informações: Governo do Ceará / PC do Maranhão / PM do Tocantins
Alunas do curso realizado no Ceará - Foto: Divulgação / Governo do Estado do Ceará
 
O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), trocou a direção-geral da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) após a denúncia de uma policial que foi agredida com ripa de madeira durante um treinamento tático. A vítima é uma agente da Polícia Civil do Maranhão. Ela tem 53 anos e está fazendo tratamento psicológico.

“Inadmissível e revoltante a denúncia de agressão cometida por um policial do Tocantins, responsável por ministrar um dos módulos do Curso Tático Policial Feminino na Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), contra uma policial civil do Maranhão”, afirmou o governador.

“Determinei ao nosso secretário da Segurança Pública apuração rigorosa e imediata deste ocorrido, bem como a solicitação formal da instauração de processo disciplinar para apurar o fato e todo apoio e acolhimento necessários à vítima”, explicou o governador do Ceará.

A Secretaria da Segurança Pública do Ceará afirmou que tomou conhecimento da denúncia de agressão e que um inquérito policial para apurar o fato foi instaurado na Delegacia de Defesa da Mulher, onde foram realizadas oitivas e a vítima recebeu todo acolhimento, além de ser encaminhada para a realização de exame de corpo de delito, diz a pasta.

A Controladoria Geral de Disciplina, que investiga denúncias contra agentes de segurança no Ceará, também abriu procedimento disciplinar para investigar o caso no âmbito administrativo.

O suspeito da agressão está sendo apontado como o cabo Rafael Ferreira Martins, da PM do Tocantins, que foi um dos instrutores do curso de defesa pessoal voltado exclusivamente para policiais femininas. Ele faz parte do Batalhão Rodoviário e Divisas (BPMRED) e continua exercendo suas funções normalmente.

A agressão aconteceu em maio, mas só veio a público neste mês de junho. A policial ublicou imagens das nádegas com hematomas e fez um desabafo nas redes sociais. Além dela, outras participantes do treinamento teriam sofrido agressões. A policial desistiu do curso após o episódio.

“Não compactuamos e não vamos tolerar qualquer tipo de violência contra as mulheres, assim como quaisquer abusos dentro dos nossos cursos de formação”, declarou o governador do Ceará.

 

Polícia do Maranhão cobra punição

A cúpula da Polícia Civil do Maranhão afirmou que está cobrando providências em relação ao caso. Para o delegado-geral do Maranhão, Jair Paiva, o caso é inadmissível e ele está cobrando a punição dos envolvidos.

“Assim que soube do caso, no último dia 10 de junho, entrei em contato com a investigadora e o Delegado Geral da Polícia Civil do Ceará para que ela tivesse apoio. Ela registrou o caso na Casa da Mulher Brasileira de Fortaleza e depois veio a São Luís, onde também ouvimos ela. Queremos a apuração do caso e a punição, no âmbito criminal”, afirmou o delegado geral da PC do Maranhão.

 

Nota da PM do Tocantins

Referente à informação de que uma aluna do Curso Tático Policial Feminino, realizado na Polícia Militar do Ceará, teria sido agredida por um instrutor Policial Militar do Tocantins, durante atividades do curso, a Polícia Militar esclarece que:

1 - A supervisão do referido curso coube exclusivamente à instituição Promotora do evento, a qual, inclusive já está apurando os fatos devidamente;

2 - Ao tomar conhecimento das informações por meio da imprensa, entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Governo do Estado do Ceará, solicitando toda a documentação existente sobre caso, para avaliação.

A Polícia Militar repudia veementemente qualquer desvio de conduta e/ou excesso direcionado a qualquer pessoa, praticado por policial em razão da função ou fora dela e reafirma seu compromisso com a ética, a transparência e o respeito aos direitos humanos.

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