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21/06/2023 às 21h02min - Atualizada em 21/06/2023 às 21h02min

Policial do Maranhão é agredida por Cabo PM do Tocantins

Agressor é citado como Rafael Ferreira Martins que não foi afastado das funções; Governador do Ceará diz que agressão é revoltante; PC do Maranhão cobra providências

Da Assessoria
Cabo é suspeito de agredir policiais femininas durante curso promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará - Foto: Montagem
 
Um policial militar do Tocantins, Cabo Rafael Ferreira Martins está sendo alvo de um inquérito aberto pela Secretaria da Segurança Pública do Estado do Ceará após ser denunciado por agredir policiais femininas durante um curso tático da PM. Ele era um dos instrutores.

Uma das vítimas relatou que o cabo da PM usou uma ripa de madeira para agredir as nádegas de mulheres que faziam o curso.

A vítima que é do Maranhão divulgou uma foto mostrando as marcas da agressão sofrida. O caso aconteceu no mês de maio deste ano. “Sim, essa sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso! Um cabo da polícia militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pela instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático feminino deveria, sim, ser direcionado apenas para mulheres”, relatou.

A policial afirmou que no 8º dia de aula de treinamento, um dos instrutores que não teve o nome divulgado, alegou que um pedaço de pizza havia sumido e puniu as alunas com um pedaço de ripa de madeira.

O curso de quatro semanas foi promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará para treinamento de militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. As aulas foram ministradas por PMs do Tocantins.

 

Curso para policiais femininas

O curso de quatro semanas foi promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará para treinamento de policiais femininas de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. A proposta do curso era treinamento em defesa pessoal, técnicas operacionais policiais, salvamento, entre outros procedimentos. As aulas foram ministradas por PMs do Tocantins.

A vítima conta que no oitavo dia de aula, um dos instrutores alegou que um pedaço de sua pizza havia sumido e, por isso, puniu as mulheres, agredindo-as com uma ripa de madeira.

 

“Ficava me chamando de velha”

“Eu estava em outra parte quando vi aquele cara louco falando ‘Roubaram minha pizza’, ‘São loucas’. Ele colocou todo mundo em posição de flexão e desceu a paulada em todas, na bunda. Tinha 22 comigo”, explicou.

Ainda conforme a denunciante, um segundo momento de agressão aconteceu quando o PM pediu que as policiais se retirassem do local. Como parte das agentes já estavam com marcas devido ao treinamento, o retorno à sala de instrução não foi feito com rapidez, o que teria estressado o instrutor.

“Ele mandou voltar porque achava que a gente estava retardando. Lá tudo é corrido. Ele botou a gente em posição de flexão de novo, eu e mais três, e desceu a paulada de novo. Mas, dessa vez, foi com mais ódio, tanto que gritei de dor. Não consegui (ficar calada)”, relatou.

O policial teria ficado ainda mais raivoso com gritos da vítima e passou a proferir xingamentos como “velha” e perguntava o que ela, que vinha do Maranhão, estava fazendo ali.

A agente desistiu do curso, mas já voltou a trabalhar - algo que, segundo ela, tem ajudado em sua recuperação. “Estou tendo total apoio dos meus chefes, por isso que estou aguentando e tendo essa coragem de levar até o fim. É a primeira vez que isso acontece”, pontuou a denunciante.

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