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02/06/2023 às 22h17min - Atualizada em 02/06/2023 às 22h17min

Flagelos Destruidores

Maria Helena Ventura
 
“Adoraria voltar a crer, piamente, nessa linha do pensamento humano com base no Princípio da Reencarnação! Sinto, cada vez mais, muita necessidade de excluir a participação de Deus, como o responsável pelos infortúnios universais sobre os seres vivos, desde a fase embrionária até a deterioração final de suas estruturas físicas, das nossas florestas e sua biodiversidade.” Dr. Itamar

Querido amigo Dr. Itamar: sensibilizou-me, sobremaneira, a mensagem, acima, contendo o desabafo do seu coração, produto de seu convívio com o sofrimento alheio. Nele me inspirei para escrever esse texto.

Vivemos numa época de mudança denominada “Período de Transição”, que apresenta as seguintes características fundamentais: a) acelerado desenvolvimento tecnológico e científico; b) convulsões sociais e morais; c) transformações na estrutura geológica e atmosférica do Planeta.

Há duas formas de destruição do Planeta: uma é benéfica, a outra é abusiva. A primeira não passa de uma transformação que tem por fim a renovação e a melhoria dos seres vivos. A segunda, não prevista na Lei de Deus, resulta da imperfeição moral e intelectual do homem, em razão do predomínio da bestialidade sobre a Natureza Espiritual.

A destruição recíproca dos seres vivos é, dentre as leis da Natureza, uma das que, à primeira vista, menos parece conciliar-se com a bondade de Deus. Não lhes permitindo a curta visão de que dispõem, apreciar o conjunto, não compreendem que um bem real possa decorrer de um mal aparente. Só o conhecimento do Princípio Espiritual e da grande unidade que constitui a harmonia da criação, pode dar ao homem a chave desse mistério e mostrar-lhe a sabedoria providencial, exatamente onde apenas vê uma anomalia e uma contradição.

No homem há um período de transição em que ele mal se distingue do bruto. Nas primeiras idades domina o instinto animal e a luta, ainda tem por móvel, a satisfação das necessidades materiais, em que se contrabalançam o instinto animal e o sentimento moral.  Luta então o Homem, mais tarde, não mais para se alimentar, porém para satisfazer à sua ambição, ao seu orgulho, à necessidade que experimenta, de dominar. Mais adiante o Homem deverá lutar contra as dificuldades e não mais contra os seus semelhantes.

Infelizmente, existem significativas e graves destruições no nosso Planeta, em razão da desmedida ambição humana. A exemplo disso vimos que, a título de sustentação de preço de mercado, teóricos economistas há algumas décadas sustentavam a vantagem da destruição de produtos e colheitas, como aconteceu no Brasil, na década de 1930, quando milhares de toneladas de café foram queimadas no sul do país, enquanto populações inteiras do Nordeste e do Norte não tinham meios de adquirir café para a sua alimentação.

Novos processos tecnológicos, sem os necessários cuidados capazes de evitar a poluição, vão causando a destruição da vida animal nos rios, lagos e mares, provocando intempéries fatais.    Esse estado de coisas será banido da fase do Planeta quando os homens compreenderem e praticarem a Lei de Deus.

O homem recebeu uma inteligência em cujo auxílio lhe é possível atenuar os efeitos de todos os flagelos naturais. Com uma organização sábia e prudente chegará mesmo a lhes neutralizar as consequências, quando não possam ser inteiramente evitadas. O homem tem meios de lhes paralisar os efeitos, saneando as regiões insalubres, imunizando miasmas pestilentos, fertilizando terras áridas, etc.  

A teoria Espiritista, através de Cecília Rocha nos diz, no ‘Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita/ FEB, 2014’: “A guerra – de todos os matizes – que começa no egoísmo de cada um, que se corporifica na discórdia do lar e se prolonga na intolerância da fé, na vaidade da inteligência e no orgulho das raças, alimentando-se de sangue e lágrimas, violências e desespero, ódio e rapina, tão cruel entre as nações supercivilizadas do século XX ( e ainda do atual), somente desaparecerá quando o Evangelho de Jesus iluminar o coração humano fazendo com que os habitantes da Terra se amem como irmãos.”
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Maria Helena Ventura é membro da AIL – Academia Imperatrizense de Letras.
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