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31/05/2023 às 18h37min - Atualizada em 31/05/2023 às 18h37min

Tribunal do Júri absolve acusado de matar pastor

Saulo Pereira Nunes foi absolvido em julgamento realizado em Paço do Lumiar

Da Assessoria
Saulo Pereira Nunes foi absolvido por maioria de voto - Foto: Divulgação
 
Saulo Pereira Nunes, acusado de matar o pastor evangélico Mackson da Silva Costa, morto a facadas e que teve o corpo enterrado em Paço do Lumiar, situado na Região Metropolitana de São Luís, foi absolvido em julgamento realizado na noite dessa terça-feira (30). O caso aconteceu em 2019.

Para João Ricardo Batista, advogado de Saulo Pereira, o resultado do julgamento só mostrou que tudo foi baseado no processo e que em nenhum momento ele teve a intenção de matar o pastor. “Tudo que foi sustentado tá baseado no processo. Nada do que foi dito tem a ver com a impressão pessoal da defesa e nós também lamentamos o resultado morte que vitimou o senhor Mackson, mas o conselho de sentença pela sua maioria de votos entendeu por sua inocência, inclusive, como dito antes pela defesa foi aguardado por meio dos laudos periciais que ele não teve a intenção de matar e que o episódio por ele sofrido foi um acidente”.

A família da vítima que esperava a condenação não se conformou com a absolvição. A mãe do pastor morto, Antônia Costa, disse que vai continuar lutando e vai buscar um resultado contrário ao que foi decidido. “Eu não posso aceitar uma injustiça dessa. Eu vou lutar até o fim, mas eu não vou aceitar essa injustiça”.

A promotora Raquel Pires de Castro disse que vai apelar da decisão. “A sociedade julgou que está vigente o direito de defesa da honra que um homem pode matar outro porque ele se envolveu com a mulher dele, sendo um envolvimento consensual, um envolvimento voluntário. Então, essa é a sociedade que a gente vive, que reconhece a legitimidade da perda de uma vida em razão da defesa da honra”.

O crime ocorreu em outubro de 2019 no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar. Saulo Pereira Nunes era acusado de ter matado com golpe de faca o pastor evangélico Mackson Costa depois que descobriu um relacionamento extraconjugal da ex-esposa.

O júri começou por volta das 9h no Fórum de Paço do Lumiar. Pela manhã três testemunhas de acusação, uma de defesa e outra em comum foram ouvidas. Charlene Gomes Silva Nunes, mulher do acusado foi a primeira a ser ouvida. Ela falou por cerca de uma hora. Confirmou o caso com a vítima. Ao todo, oito testemunhas foram ouvidas.

O marido de Charlene, Saulo Pereira Nunes, além de ter matado o pastor evangélico também ocultou o corpo no quintal de casa, que só foi encontrado três dias depois do crime. Saulo confessou.

Para o assistente de acusação, Jonilton Lemos, a premeditação do crime foi muito clara. “A premeditação tá muito clara. Ele ia viajar com a família e de última hora resolveu não ir porque tinha marcado um encontro se passando pela vítima. Ligou para sogra perguntando onde estava a faca grande da casa. Deixou o filho na casa do sogro. Deixou o portão aberto e se escondeu atrás do carro com a faca em punho, e a cova da vítima já estava cavada no quintal. Então, a premeditação é muito clara”.

Saulo Pereira Nunes se separou de Charlene Gomes depois do crime. Ele chegou a ser preso por quase um mês e respondia em liberdade.

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