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26/05/2023 às 22h13min - Atualizada em 26/05/2023 às 22h13min

JOANA D’ARC, A DONZELA DE ORLEANS

Maria Helena Ventura
 
Foi no mês de maio do ano de 1429 que uma adolescente nascida em Domrémy, na França, – magrinha, analfabeta, família humilde, frequentadora assídua da igreja, caçula dos 4 filhos de um agricultor muito religioso – chamada Joana D’Arc, resolveu acatar o que lhe falavam “as vozes” do além, as quais lhe diziam desde que ela completara 13 anos de idade: “Salve a França”.

Apesar das vozes se tornarem cada vez mais frequentes Joana ainda permaneceu cinco anos ouvindo essas vozes. Cinco anos guardando esse fato só para si. Tinha receio de comentar esses fenômenos por causa da perseguição da Igreja. Mais tarde ela revelava que as vozes divinas eram do Arcanjo Miguel, de Santa Margarida e de Santa Catarina.

Os médicos achavam que ela apresentava quadro de Esquizofrenia; outros, que, o que ela tinha era o dom de ver e ouvir fenômenos sobrenaturais.

As vozes insistiam para que ela salvasse a França do domínio inglês. Além disso, também tinha visões. Depois de muita insistência, ela então deixou sua casa aos 17 anos e viajou até a Corte do Rei da França, Carlos VII, para solicitar a sua admissão no Exército, como soldado.  Para facilitar essa autorização, cortou seu cabelo bem curto e se vestiu como homem.   A Inglaterra havia intensificado a guerra para conquistar o território da França.

Sob o comando de Joana, a França saiu vitoriosa no embate que se deu em Orleans (cidade às margens do rio Loire). O êxito estendeu-se a outras batalhas da região, o que fez com que ela ganhasse a credulidade do povo. Na última batalha que comandou, o Duque de Borgonha (região histórica do centro-oeste da França) fez uma emboscada contra os franceses que apoiavam os ingleses e Joana D’Arc foi capturada em 23 de maio de 1430. Considerada bruxa, herege e possuída pelo demônio, após meses de julgamento pela Igreja Inglesa foi condenada a morte por um tribunal católico em Rouen sob o comando do Bispo Pierre Cauchon.  Em 30 de maio de 1431, aos 19 anos, a “Donzela de Orleans” foi queimada viva sofrendo a pior morte de sua época. Conta-se que Joana chamou o nome de Jesus até seu último suspiro.   

Em 16 de maio de 1920, quase 500 anos depois de sua morte, Joana foi canonizada pelo Papa Bento XV. Dois anos mais tarde, em 1922 foi declarada Padroeira da França. Desde então, o dia 30 de maio é feriado nacional em toda a França.

Nos tempos bíblicos ainda não havia a palavra mediunidade. As faculdades psíquicas eram mal conhecidas e chamadas de feitiçaria, adivinhação, sortilégio e profecias.

A bíblia é um precioso repositório de fenômenos mediúnicos da mais autêntica expressão.

 Vemos em LC 1:19 - “E respondendo o anjo lhe disse: eu sou Gabriel que assisto diante de Deus e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas” (o anjo falava a Zacarias e a Isabel sobre a vinda de João, o batista. Da mesma forma o anjo, mais tarde, falou a Maria sobre a vinda de Jesus).  

Já no século IV já estavam sendo abandonadas as práticas luminosas da mediunidade, disseminadas nas assembleias cristãs.

Não se tem a menor ideia das culminâncias a que poderia ter chegado a civilização humana se a mediunidade tivesse sido prestigiada e disciplinada como Veículo das Revelações Divinas.
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Maria Helena Ventura é membro da AIL – Academia Imperatrizense de Letras.
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