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17/03/2023 às 22h33min - Atualizada em 17/03/2023 às 22h33min

Ministério Público denuncia mais ex-atletas do Sampaio

Além de Mateusinho, aparecem na lista Catatau, Alan Godói, André Luiz e Paulo Sérgio

Neres Pinto
MP de Goiás divulgou relatório das investigações - Foto: MP-GO
 
O Ministério Público do Estado de Goiás denunciou 14 pessoas no âmbito da Operação Penalidade Máxima, que apurou a existência de um criminoso esquema de combinação de resultados em três partidas da Série B do Campeonato Brasileiro, na última rodada, em 2022.

Entre os denunciados se encontram Mateusinho, Allan Godói, André Luiz, Ygor Catatau e Paulo Sérgio, todos suspeitos da prática de crime de corrupção em competições esportivas. Eles podem pegar de dois a seis anos de reclusão além de multa.

A operação foi deflagrada no dia 14 de fevereiro para investigar um grupo que tinha como especialidade a manipulação de resultados de alguns jogos do Campeonato Brasileiro da Série B e de acordo com o MP de Goiás, eles atuaram em pelo menos três jogos: Vila Nova x Sport, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Neste último caso, o lateral Mateusinho teria sido contratado para cometer um pênalti em favor do Londrina, o que realmente aconteceu. Feita a cobrança, porém, o goleiro Luiz Daniel defendeu.

O Ministério Público apurou e divulgou com riqueza de detalhes os contatos feitos pelos jogadores denunciados, por meio de Whatsapp, que o grupo criminoso teria movimentado pelo menos R$600 mil reais, quando convenciam o grupo a manipular o resultado das partidas tendo como prêmios as fraudes nas apostas. O relatório é bastante consistente com cópias de documentos e textos.

Do grupo de atletas denunciados apenas Alan Godói ainda está no Sampaio Corrêa. Também causou surpresa a inclusção do nome do zagueiro Paulo Sérgio, capitão do time. Os demais foram negociados para outros clubes brasileiros e até para o exterior. A oferta chegava a R$ 150 mil para cada atleta, pagos em um adiantamento como “sinal” da negociação, geralmente no valor de R$ 10 mil.

O principal aliciador seria o empresário Bruno Lopez de Moura que contava com o apoio de Camila Silva da Motta, Zildo Peixoto Neto, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro e Victor Yamasaki Fernandes.Cammila é esposa de Bruno, proprietário da BC Sports Management.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com os acusados, mas todos eles negaram envolvimento durante a investigação do MP.

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