MENU

11/01/2023 às 13h03min - Atualizada em 12/01/2023 às 00h00min

Festival Rec-Beat em Salvador celebra o encontro de Pernambuco e Bahia com shows e bate-papos

Em 21 de janeiro, evento levará ao palco do Trapiche Barnabé artistas da nova música feita nos dois estados

SALA DA NOTÍCIA Letícia Novaes
Divulgação do artista
 
A primeira edição do festival Rec-Beat em Salvador será palco de encontros inéditos de artistas das cenas musicais contemporâneas de Pernambuco e Bahia. No dia 21 de janeiro (sábado), a partir das 16h30, o Trapiche Barnabé, no bairro do Comércio, recebe shows de Melly com Joyce Alane, Josyara com Martins, Johnny Hooker com Nêssa e Freshprincedabahia com Marley no Beat. Na abertura do evento e intervalos entre as apresentações, o DJ 440 comanda a pista.
 
Com 27 anos de existência, o Rec-Beat está entre os mais importantes e tradicionais festivais de música do país. Sediado no Recife, onde já promoveu mais de 600 shows para 3 milhões de pessoas, o evento vem abrindo braços e se expandindo para outras cidades, tendo já passado por Fortaleza e Sobral (CE), João Pessoa (PB), Caruaru (PE), Curitiba (PR) e São Paulo (SP). A chegada a Salvador consagra uma sintonia histórica do festival com a música baiana e garante uma maratona de originalidade e frescor musical.
 
“A música baiana sempre esteve presente com destaque no Rec-Beat”, afirma Antonio “Gutie” Gutierrez, diretor e curador do Rec-Beat, em que já tocaram nomes como Mateus Aleluia, BaianaSystem, Tom Zé, Russo Passapusso, Riachão, ÀTTØØXXÁ, Larissa Luz, IFÁ, Xenia França, Lucas Santtana, Agridoce e Rebeca Matta. “Consideramos a produção musical baiana e pernambucana referências históricas no contexto da música brasileira. Para nós, é uma honra poder realizar esta edição do Rec-Beat em Salvador com esses encontros sonoros, uma forma de celebrar toda nossa admiração e respeito pela produção musical da Bahia”, completa ele.
 
O Festival Rec-Beat Salvador é uma realização da Baluart Produtora, com produção da Rec-Beat Produções e Leão Produções. Patrocínio da Oi, Devassa e do Governo da Bahia, através do Fazcultura, Secretaria de Cultura e Secretaria da Fazenda. Conta com apoio cultural do Oi Futuro e Labsonica.
 
“O patrocínio a esta edição do Rec-Beat materializa a missão do Oi Futuro, que é estimular e estabelecer cada vez mais redes de colaboração, criação e aperfeiçoamento profissional de instituições e agentes da economia criativa. Para o Oi Futuro, festivais são plataformas de impacto econômico, artístico e social e, por isso, acreditamos no poder de transformação de iniciativas como o Rec-Beat, que mais uma vez apoiamos”, afirma Victor D’Almeida, gerente executivo do Oi Futuro.
 
MELLY encontra JOYCE ALANE Revelação da nova onda da musicalidade da Bahia, Melly canta desde a infância e construiu sua identidade a partir do rhythm & blues norte-americano, acrescentando a ele a autenticidade afro-baiana. No resultado, a cantora e compositora faz uma mistura do R&B com samba-reggae, neo soul e blues, despontando como uma das artistas negras em evidência na música independente nacional. Em 2021, lançou o EP “Azul”, seguido de vários singles, a exemplo de “Então Volta” (2022), em parceria com Saulo.
 
A também jovem cantora e compositora pernambucana Joyce Alane é representante da MPB com referências pop. No Conservatório Pernambucano de Música que frequentou na infância, aprendeu a tocar piano e a usar sua potente voz. Durante a pandemia, ganhou destaque nas redes e lançou seus primeiros singles, com destaque para “Leão” (2021), com mais de 1,6 milhão de reproduções no Spotify, garantindo sua presença no rol de novas potências de seu estado.
 
JOSYARA encontra MARTINS – Artista reconhecida nacionalmente pela qualidade de seu trabalho, a juazeirense Josyara vai fazer no Rec-Beat o primeiro show em Salvador de seu novo álbum, “ÀdeusdarÁ” (2022), segundo solo de sua carreira. Cantora, compositora, instrumentista e produtora musical, traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano e sua história, embaladas por seu violão percussivo e potente. Em 2018, lançou seu primeiro disco, “Mansa Fúria”, que foi um dos mais elogiados do ano. Em 2020, em parceria com Giovani Cidreira, lançou “Estreite”.
 
O compositor, poeta e cantor Martins, um dos nomes promissores da recente cena musical de Pernambuco, é dono de uma voz arrebatadora e tem uma criação musical literária e de batida contemporânea. Sua poética refinada vem ecoando em diferentes direções e o artista já foi gravado por nomes como Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ney Matogrosso, Simone, Paulo Neto, Almério, entre outros. Lançou seu primeiro disco, “Martins”, em 2019, e fechou 2022 com o single “Passa”.
 
JOHNNY HOOKER encontra NÊSSA – O cantor e compositor recifense Johnny Hooker faz show de lançamento na capital baiana de seu terceiro disco de estúdio, “ØRGIA” (2022), que começa pelo êxtase da vida noturna e sua carnalidade pulsante, passa por uma espécie de delírio tropical e chega aos tempos apocalípticos que se desenharam diante de nossos olhos. Despontado no cenário nacional com o sucesso do seu álbum de estreia, “Eu Vou Fazer Uma Macumba pra Te Amarrar, Maldito!” (2015), o artista também tem em sua discografia “Coração” (2017) e “Macumba: Ao Vivo em Recife” (2021).
 
A soteropolitana Nêssa produz música popular a partir de pagode, funk, afrobeat e trap. Cantora, compositora e ilustradora, começou sua carreira em 2018, com o lançamento de três singles autorais: “Só vem”, “Hard” e “Eu não ando só”. De lá para cá, já colocou nas plataformas mais de 10 novas músicas com grande repercussão. Fez parcerias com ÀTTØØXXÁ, A Dama do Pagode, Nininha Problemática, Yan Cloud, Zamba, Cronista do Morro, O Poeta, Murilo Chester e MC Tchelinho, fortalecendo a cena baiana e mostrando como é fortemente conectada com suas raízes.
 
FRESHPRINCEDABAHIA encontra MARLEY NO BEAT – O soteropolitano Mauricio Sacramento, conhecido como Freshprincedabahia, é DJ, empreendedor e diretor criativo. Em 2014, com apenas 20 anos, fundou a BATEKOO, plataforma que nasceu em formato de festa e hoje se tornou um manifesto do movimento negro e LGBTQIA+. Como DJ, já tocou em mais de 15 países e em grandes festivais. Faz viagem entre as produções nascidas nas periferias do Brasil e do mundo, conectadas com funk, rap, trap, kuduro, afrobeat, dancehall, reggaeton, breafunk, pagodão da Bahia e o autointitulado “eletrokoo”, que mistura batidas negras com ritmos eletrônicos.
 
Marley no Beat, DJ e produtor musical recifense, comanda um dos mais estourados bailes da cidade, colecionando sucessos no brega funk, gênero surgido no Recife e tornado um fenômeno popular nacional ao unir eletrobrega com o funk carioca. Produtor de hits como “Tome na Pepeka” e “Tributo do Michael Jackson”, Marley apresenta um set de muito brega funk, botando a plateia para balançar ao som despojado e prazeroso de suas batidas.
 
DJ 440 – Fundador da famosa “Terça do Vinil”, festa criada no Recife há 15 anos e com mais de 800 edições realizadas pelo Brasil, DJ 440 comanda o som do Rec-Beat no início do evento e nos intervalos dos shows. Com mais de 20 anos de carreira, 440 se dedica a difundir música notadamente brasileira e também com fortes referências mundiais, passeando por diversos estilos e ritmos tropicais, latinos, eletrônicos e globais.
 
PROGRAMAÇÃO DE PAINÉIS – Além dos shows, o Rec-Beat Salvador promove quatro painéis de debate com especialistas em temas relacionados à produção musical dos dois estados no contexto nacional. Os bate-papos, online e abertos ao público, acontecem nos dias 18 e 19 de janeiro, no canal de YouTube do Rec-Beat (www.youtube.com/@RecBeatFestival).
 
Na quarta-feira, 18, às 18h30, o primeiro painel será o “Novíssimos Baianos & Pernambucanos – Tendências”, para abordar o que as novas gerações destes estados protagonistas da produção musical do país estão produzindo, seus destaques e promessas. Participam a gestora cultural e produtora Mery Lemos e o produtor cultural e curador Vince Athayde, com mediação da jornalista Erika Muniz.
 
Em seguida, às 20h, “Que Som É Esse?” vai mergulhar na gênese do movimento Manguebeat, seus desdobramentos e o contexto musical, artístico, geracional e econômico da música pernambucana e brasileira do início dos anos 1990, tendo como fio condutor o livro “Da Lama ao Caos: que som é esse que vem lá de Pernambuco?”. Dois jornalistas e escritores são convidados: José Teles, autor da obra de referência, e Michelle de Assumpção, que, como repórter, acompanhou o movimento desde sua origem. A mediação será do jornalista Márcio Bastos.
 
Já na quinta-feira, 19, às 18h30, o terceiro painel, “Criatividade Periférica como Motor de Inovação”, debate a produção musical “periférica” da Bahia e de Pernambuco, pensando seu impacto e influência nas diferentes esferas do mercado fonográfico. Entram na conversa o cientista social Igor Marques, cofundador do Portal Embrazado, plataforma que produz conteúdos jornalísticos sobre música e cultura periférica brasileira, e a produtora, gestora cultural e pesquisadora musical Raína Biriba, com a mediação da produtora cultural Luciana Adão, mestranda em Economia e Política da Cultura e Indústrias Criativas e coordenadora de Patrocínios Culturais Incentivados do Oi Futuro.
 
Para fechar, às 20h, “De Quem É o Canto da Cidade?” vai tratar da produção musical baiana dos blocos afro ao sucesso da Axé Music e novas produções, a partir do livro “O Canto da Cidade – Da matriz afro-baiana à Axé Music de Daniela Mercury”, com a presença do seu autor, o jornalista, pesquisador musical e produtor cultural Luciano Matos, e da antropóloga Goli Guerreiro, pesquisadora da diáspora africana e autora de “A Trama dos Tambores”, sobre os blocos afro e a invenção do samba-reggae. A mediação fica a cargo do jornalista Emannuel Bento.
 
ARTE DO REC-BEAT SALVADOR – A soteropolitana Ema Ribeiro é quem assina a identidade visual da edição soteropolitana do Rec-Beat. Mulher preta, graduanda em Cinema e Audiovisual, intersecciona seu trabalho dentro da fotografia e do audiovisual com outras linguagens, como a arte digital. “Fiz a ilustração pensando em algo que cresci vendo ao meu redor e que é muito presente nas periferias de Salvador e do estado da Bahia: a cultura de ‘criar’ passarinhos na gaiola, que atravessa gerações. A partir desse signo, faço um paralelo com o desejo de liberdade e vida do corpo preto”, conta a artista.
 
 

 
FESTIVAL REC-BEAT SALVADOR
DJ 440
Melly encontra Joyce Alane
Josyara encontra Martins
Johnny Hooker encontra Nêssa
Freshprincedabahia encontra Marley no Beat
Quando: 21 de janeiro (sábado), a partir das 16h30
Onde: Trapiche Barnabé (Av. Jequitaia, 5 – Comércio)
Quanto: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
Vendas pela Sympla – acesse aqui
Siga @recbeatfestival
 
PAINÉIS
Bate-papos ao vivo transmitidos no canal de YouTube do Rec-Beat
www.youtube.com/@RecBeatFestival
 
“Novíssimos Baianos & Pernambucanos – Tendências”
Com: Mery Lemos e Vince Athayde
Mediação: Erika Muniz
Quando: 18 de janeiro (quarta-feira), 18h30
 
“Que Som É Esse?”
Com: José Teles e Michelle de Assumpção
Mediação: Márcio Bastos
Quando: 18 de janeiro (quarta-feira), 20h
 
“Criatividade Periférica como Motor de Inovação”
Com: Igor Marques e Raína Biriba
Mediação: Luciana Adão
Quando: 19 de janeiro (quinta-feira), 18h30
 
“De Quem É o Canto da Cidade?”
Com: Luciano Matos e Goli Guerreiro
Mediação: Emannuel Bento
Quando: 19 de janeiro (quinta-feira), 20h
 
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »