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04/12/2022 às 13h18min - Atualizada em 04/12/2022 às 13h18min

Atleta do Vasco bate dois recordes das Américas no Super Meeting de natação paralímpica em São Paulo

Lídia Cruz estabeleceu novas marcas continentais nos 100 m e 200 m livre da classe S4; evento encerra a temporada da modalidade neste sábado, 3, com 62 participantes no Centro de Treinamento Paralímpico

Ascom - Comitê Paralímpico Brasileiro
A nadadora carioca Lídia Cruz, 24, do Vasco da Gama, quebrando recordes - Foto: Flickr / CPB

  
A nadadora carioca Lídia Cruz, 24, do Vasco da Gama, quebrou dois recordes das Américas no Super Meeting de natação, disputado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, neste sábado, 3. Nos 100m livre da classe S4 (comprometimento físico-motor), a atleta completou a distância em 1min25s51, fez a quinta marca do mundo no ano na prova e superou a mexicana Nely Edith Herrera, que detinha o recorde continental com o tempo de 1min25s85, feito em 2017, nos EUA.

Já nos 200m livre, a carioca encerrou a prova em 3min06s59 e bateu sua própria marca de 3min09s85, registrada no último mês de abril, também na capital paulista. “Estou muito feliz por terminar o ano da melhor forma. Nos treinamentos, eu já tinha conseguido superar os recordes das Américas nessas duas provas, mas nada se compara a atingir os índices em competições. Agora, vou encerrar minha participação no Super Meeting com mais três disputas e entrar bem em 2023”, disse a nadadora, referindo-se às provas dos 50m livre, 150m medley e 50m costas.

Lídia nasceu com espinha bífida, uma má-formação congênita na coluna e, devido a uma lesão encefálica, ficou tetraplégica. Ela é um dos 62 competidores inscritos no Super Meeting, evento que tem como objetivo possibilitar que os atletas licenciados e com classificação internacional obtenham marcas para o ranking mundial. Além da carioca, outros nadadores de destaque participaram da competição, como o campeão mundial Samuel Oliveira (S5), que nadou os 50m borboleta em 33s36, e os campeões paralímpicos Talisson Glock (S6), Gabriel Bandeira (S14) e Carol Santiago (S12). Talisson concluiu os 400m livre em 5min13s96, enquanto Gabriel completou os 100m borboleta em 57s73. Carol competirá os 100m peito, por volta das 16h.

O Super Meeting acontece ao mesmo tempo de outras duas competições no CT Paralímpico: o o Desafio CPB de atletismo e Meeting Paralímpico Loterias Caixa.

O Desafio CPB de atletismo também possilibita que os participantes alcancem índices internacionais e teve 269 inscritos, entre quinta-feira, 1º, e sábado, 3. Entre eles, a paulista Beth Gomes, que bateu o recorde mundial no arremesso de peso da classe F52 (cadeirantes), na sexta-feira. Ela arremessou para 8,77 m e superou sua própria marca de 8,45 m, alcançada no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de Atletismo, no último mês de maio, também em São Paulo.

Outro destaque do Desafio foi Paulo Henrique Andrade dos Reis, do Sesi/SP, que saltou 7,14m no salto em distância da classe T13 (atletas com deficiência visual) na última quinta-feira. A marca foi chancelada como recorde nacional e é a primeira acima dos 7 m feita por um atleta paralímpico brasileiro.

Já o Meeting teve provas de halterofilismo e natação, entre quinta-feira e sexta-feira, e de atletismo, que se encerram na tarde deste sábado. As três modalidades reúnem 989 atletas na capital paulista.

Durante o evento, a halterofilista paulista Mariana D’Andréa superou o recorde paralímpico na categoria até 73 kg, na última quinta-feira. Ela levantou 141kg, marca maior à da francesa Souhad Ghazouani, que suportou 140kg nos Jogos do Rio 2016. O peso levantado por Mariana, no entanto, só seria considerado a melhor marca paralímpica se fosse suportado em alguma edição dos Jogos.

São Paulo é a 16ª e última capital brasileira a receber o evento em 2022. As outras cidades foram Campo Grande (MS)Amapá (AP)Fortaleza (CE)Natal (RN)João Pessoa (PB)Recife (PE)Aracaju (SE)Brasília (DF)Goiânia (GO)Belo Horizonte (MG)Vitória (ES)Rio de Janeiro (RJ)Curitiba (PR)Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS). Ao todo, 3.479 atletas se inscreveram para as disputas nas 16 sedes e foram 11.623 km percorridos em todas as regiões do país.

O Meeting Paralímpico é idealizado e organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desde 2021, como uma atualização dos tradicionais Circuitos Loterias Caixa, que já eram realizados desde 2005 pelo Comitê. Há provas de atletismo, natação e halterofilismo. Cada cidade sedia, pelo menos, disputas de uma dessas modalidades.

Os objetivos do Meeting são desenvolver a prática esportiva para pessoas com deficiência em todas as regiões do país, contribuir para o aprimoramento técnico dos competidores e propiciar oportunidades de competição aos atletas de elite e jovens promessas do paradesporto em todo o Brasil.

Patrocínios
O Meeting Paralímpico Loterias Caixa tem o patrocínio das Loterias Caixa
O atletismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa e pela Braskem
A natação é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa
O halterofilismo é uma modalidade patrocinada pelas Loterias Caixa

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Beth Gomes, Carol Santiago, Gabriel Bandeira, Lídia Cruz, Mariana D'Andrea, Samuel Oliveira e Talisson Glock são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 91 atletas.

Time São Paulo
As atletas Beth Gomes e Mariana D'Andrea são integrantes do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.


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