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02/08/2022 às 21h40min - Atualizada em 02/08/2022 às 21h40min

Justiça marca audiência de instrução de réus pela morte de policial civil em boate de Gurupi

Entre os réus está um policial militar do 4º Batalhão da PM. Denúncia é por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por colocarem em risco a vida das várias pessoas no local dos disparos

Da Assessoria
Jean Carlos Teixeira - Foto: Arquivo Pessoal
 
Está marcada para o próximo dia 12 de agosto a audiência de instrução dos quatro réus denunciados pela morte do policial civil Jean Carlos Teixeira da Fonseca, de 41 anos. Entre os investigados está o policial militar Rafael Menez Dutra, do 4º Batalhão da Polícia Militar.

Jean Carlos foi assassinado na madrugada do dia 11 de março, enquanto estava em uma casa noturna em Gurupi, no sul do estado. O crime teria acontecido após uma discussão breve e banal, segundo informou a promotoria de Justiça. Câmeras de segurança registraram o momento em que os suspeitos fugiram do local.

A audiência de instrução está prevista para as 13h, na sala de audiência do Tribunal do Júri de Gurupi. Na oportunidade serão ouvidos os réus do processo e testemunhas. Além do PM, também foram denunciados Diego Dourado Silva, Cleuzio Dourado Silva e Cristiano Sousa Silva.

O advogado de Clezio Dourado disse que não vai se manifestar neste momento. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos outros réus. O Espaço está aberto.

 

Fuga e prisão

O MPE informou que os investigados formavam um grupo armado que supostamente extorquia pequenos produtores rurais no sul do estado e ameaçando moradores. Um dos suspeitos mora na Bahia e dois em Goiás. O PM é morador de Gurupi.

O grupo foi preso quando estava em fuga para a Bahia, quando foram flagrados com várias armas. Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por colocarem em risco a vida das várias pessoas no local dos disparos.

Eles também vão responder por porte ilegal de arma de fogo, furto e associação criminosa. A somatória das penas pelos quatro crimes pode ultrapassar 40 anos de reclusão.

Rafael Menez Dutra está preso no 4º Batalhão da PM. Diego Dourado Silva, Cleuzio Dourado Silva e Cristiano Sousa Silva estão na unidade prisional de Cariri do Tocantins.

 

Outra polêmica

O soldado Rafael Menez Dutra é um dos PMs que se envolveram em outro caso polêmico em 2018. Ele estava com a equipe que teria adulterado a cena da morte de Wilque Romano da Silva. O caso foi em Formoso do Araguaia.

Na época, os militares alegaram que Wilque Romano teria entrado em confronto com a equipe, mas depois vieram a tona imagens que mostravam um dos militares colocando objetos perto do rapaz após ele ter morrido.

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