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02/03/2022 às 21h43min - Atualizada em 02/03/2022 às 21h43min

Dagson, de aposentadoria precoce, mototaxista e dono de java jato a consagração no Moto

Dagson fez quatro gols em dois jogos e os dois últimos marcados contra a Chape, que valeram 750 mil reais ao Moto

Afonso Diniz
Dagson, no lance que originou o primeiro gol do Moto na vitória de 2 x 0 sobre a Chape pela Copa do Brasil - Foto: Paulo Soares/Moto Club
  
Eu comecei a jogar em 2015, não tive muito sucesso na carreira, não conseguia jogar. Em 2017, 2018 e 2019 eu parei. Voltei 2020 e vim para o Icasa e Deus me honrou lá, comecei a fazer gols, infelizmente não tive sequência de novo e parei. Tinha colocado um negócio pra mim trabalhar e de repente apareceu uma situação do Guarani de Juazeiro para mim jogar na Terceira Divisão do Cearense e agarrei a oportunidade. Comecei mal, foram dois anos sem jogar, pois não tive sequência no Icasa, como disse, mas depois comecei a jogar e, de lá pra cá, foi só glória”. Dagson, atacante do Moto e dono de quatro gols em dois jogos decisivos (semifinal do Maranhense e classificação de 750 mil reais para segunda fase da Copa Brasil contra a Chapecoense).

A gente fez questão nessa matéria de começar com o próprio Dagson contando sua história. Afinal, só ele sabe como os dias que antecederam sua noite de glória no Moto foram difíceis. Aposentadoria precoce, ‘bico’ de mototáxi e até um humilde empreendimento de lava jato. Ele não nega que o futebol transformou todo seu cenário.

“Eu botei um lava jato, cara. tava trabalhando de mototáxi. Depois coloquei esse lava-jato pra mim e estava trabalhando eu e meu irmão. E aí veio essa oportunidade pra mim. Eu não tenho palavras. Por um momento eu tava desacreditado do futebol, não queria mais jogar e, de repente, Deus me dá a oportunidade de voltar a jogar e muda todo cenário”, afirmou.

Dagson fez apenas duas partidas com a camisa do Moto e já tem quatro gols anotados. Todos decisivos. Dois contra o Pinheiro, na vitória por 2 a 0, pela semifinal do primeiro turno do Campeonato Maranhense, que levou o time rubro-negro à final do turno do Estadual, e dois diante da Chapecoense, sendo um nos acréscimos, na vitória (3 a 2) e consequente classificação para segunda fase da Copa do Brasil, que valeu um total de 750 mil reais para o clube.

Dagson conta que mesmo nos acréscimos quando o jogo estava empatado e o Moto estava sendo eliminado não desacreditou. Ele revelou que sabia que a oportunidade iria surgir nem que fosse no fim da partida.

“Eu não desacreditei. A todo momento estava concentrado e sabia que Deus ia me dar uma oportunidade. Ele veio no final, fui feliz em converter o pênalti e dar a classificação para o time”, finalizou. Aos 51 min do 2º tempo - gol de pênalti de Dagson do Moto Club contra a Chapecoense.

Dagson dos Santos é natural de Missão Velha, no Ceará, e tem 25 anos. O atacante de 1m88cm acumula passagens no Icasa, Inter de Limeira, Parnahyba, Barbalha, Cariri, Guarani de Juazeiro e Crato. Sua melhor temporada foi no ano passado pelo Guarani de Juazeiro quando fez sete jogos e nove gols.

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