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14/12/2021 às 19h04min - Atualizada em 14/12/2021 às 19h04min

Na FIEMA, empresário e diretor de cinema, Jayme Monjardim, apresenta projeto do babaçu criado na zona rural de Palmeirândia

Diretor integra ONG com atuação no Estado e foi convidado pelo GT da FIEMA “Pensar o Maranhão” para apresentar experiência a empresários e instituições

Coordenadoria de Comunicação e Eventos do Sistema FIEMA
O cineasta e empresário Monjardim ressaltou o projeto do Babaçu no Maranhão na FIEMA - Foto: Divulgação
 
SÃO LUÍS – O empresário e diretor de cinema nacional, Jayme Monjardim, foi o convidado da última edição de 2021 da reunião do Grupo de Trabalho “Pensar o Maranhão”, da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), coordenado pelo vice-presidente executivo da Federação, Luiz Fernando Renner, nesta segunda-feira, 13, na Casa da Indústria. Monjardim integra a WOGI, uma organização internacional da indústria do bem, que conecta pessoas de diferentes segmentos para fomentar o terceiro setor e gerar transformação social.  

 No Maranhão, a WOGI desenvolve um projeto em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), chamado o “Uso do babaçu em alimentação orgânica no interior do Maranhão”, que foi apresentado pelo diretor de cinema na reunião promovida pela FIEMA. A Fundação Antônio Dino também é parceira da organização. 

 Antes da apresentação do projeto, o cineasta conheceu um pouco do trabalho do GT da FIEMA “Pensar o Maranhão”, onde o coordenador Luiz Fernando Renner fez um balanço do ano de 2021.  

 “Este ano, trabalhamos alguns temas importantes para o desenvolvimento do Maranhão, como o projeto de logística Arco Norte. Fizemos estudos preliminares para o zoneamento ecológico e econômico e para a zona de processamento de exportação do Maranhão, com previsão para o ano de 2022. Fizemos reuniões sobre os estudos de viabilidade de petróleo nas bacias Pará-Maranhão. Estivemos em Brasília, com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), para discorrer sobre os gargalos para implantação do Centro Espacial de Alcântara. Em parceria com as entidades do Sistema S, realizamos ações de saúde e de capacitação profissional em Alcântara, envolvendo as comunidades quilombolas.

O SESI tem um projeto para criar uma sede em Alcântara e estamos conversando com o setor espacial para saber as necessidades das empresas no sentido de qualificação profissional. Atuamos de forma estreita com o governo do Estado e isso resultou numa parceria forte que esperamos que perdure”, destacou Renner. 

 Monjardim falou do seu projeto de criar, por incentivo da maranhense Nélia Rodrigues, com quem trabalha há anos, uma fazenda sustentável, com investimentos em pesquisa e inovação, na região de Palmeirândia, visando a exploração de terras nativas, investimento local e produção, no que se refere ao coco babaçu. Em sua explanação, o empresário e diretor de cinema se mostrou admirado pelas inúmeras riquezas encontradas na região, além dos pontos turísticos e a culinária local. 

 “O Maranhão foi uma surpresa para mim. Eu sempre tinha uma imagem do Maranhão pelos Lençóis, no tempo que fiz a novela O Clone. E não tive a oportunidade de ver as demais regiões e conhecer o babaçu. A gente tem que reconhecer que o mundo mudou. Ao conhecer o babaçu, e a pandemia fez com que algumas coisas se adiantassem, novas formas de pensar o próximo, fez com que a gente tivesse um estilo diferente de olhar. Entrei num processo que posso mudar as coisas. Essa relação com o social e poder fazer algo diferente me movimenta. Estou montando essa indústria do bem e outros projetos que trabalham nessa linha”, destacou Jayme. 

  BABAÇU – Para a maranhense Nélia Rodrigues, que apresentou o babaçu para o diretor de cinema, o babaçu é o ouro do Maranhão. “Podemos tirar tudo dele. A nossa ideia é desenvolver um projeto sustentável que seja viável financeiramente, socialmente e ambientalmente. Podemos trabalhar a responsabilidade social mudando a vida das quebradeiras de coco e exportando esse produto que pode ser usado das mais diversas formas. Desde a casca do fruto, as amêndoas do babaçu. 

 Costuma-se dizer que tudo se aproveita desta palmeira. As fibras destas mesmas folhas são utilizadas para produzir cestos, peneiras, esteiras, entre outros produtos artesanais. Seu estipe é utilizado na marcenaria e, algumas vezes, como adubo natural. É possível ainda se extrair o palmito e, do caule da palmeira jovem. As amêndoas verdes ainda fornecem um leite com propriedades nutritivas semelhantes ao leite humano e bastante utilizado na culinária. Do mesocarpo é extraída uma farinha, também chamada pó de babaçu, muito nutritiva, usada como complemento alimentar e para fazer bolos e mingau”, destacou Nélia. 

 O vice-presidente executivo da FIEMA e coordenador do GT Pensar o Maranhão, Luiz Fernando Renner, que durante muitos anos foi executivo da extinta fábrica de óleo babaçu, Oleama, destacou a iniciativa do diretor de cinema e destacou que a Federação é parceria de todo projeto que busque desenvolver o Maranhão. 

  “Parabenizamos o Monjardim pelo empreendedorismo e pela iniciativa. A FIEMA encontra-se a disposição para auxiliar no que for preciso. Acreditamos no Maranhão e nesse potencial sustentável do babaçu, que sem dúvidas é uma riqueza do estado”, enfatizou Renner. 

 O ex-governador do Maranhão e diretor institucional da EMAP, José Reinaldo Tavares, que intermediou a reunião, ficou feliz com a proposta do empresário e cineasta. “O projeto do Jayme é formidável. Com essa iniciativa abrimos a visão para o babaçu dentro dessa cadeia de alimento sustentável e que pode mudar o cenário das quebradeiras de coco do Maranhão”, ressaltou José Reinaldo. 

 A reunião contou ainda com a presença de representantes da FIEMA, SEERT/SEIR/SEPE do Governo do Maranhão, Fecomércio, ACM, SENAI, SEBRAE, CER Engenharia, UFMA, Prefeitura de Arame, Porto do Itaqui e Embrapa.

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