03/12/2021 às 21h26min - Atualizada em 03/12/2021 às 21h26min
MUNDOS
Elson Araújo
Como acessar o vasto mundo do desconhecido que é nosso interior e que acostumamos também chamá-lo de eu? Esforçamo-nos tanto para entender o lado de fora, e até para entrarno pensamento dos outros que negligenciamos os “mundos que habitam” o nosso ser.
Passamos anos e anos a pesquisar, e a tentar entender a história da humanidade, a presença e extinção dos dinossauros, a explorar o espaço sideral e, até os oceanos, que deixamos de explorar as profundezas do nosso ser.
“Quanto mais nos conhecemos, tanto mais clareza existirá” ensina o filosofo indiano JidduCrishnamurti. Para ele “enquanto eu não compreender a mim mesmo, em minhas relações convosco, sou eu a causa do caos, da miséria, da destruição do medo, da brutalidade” explica o sábio ao falar sobre a importância do autoconhecimento.
Qual seria o caminho de acesso a esse mundo interior que nos conduziria ao autoconhecimento? Sem dúvida habita aí, um grande quebra-cabeça. A certeza que aparece é que esse mundo existe, sendo ele o grande responsável pela manifestação do que representamos e apresentamos exteriormente. Somos, portanto, a exteriorização do pouco, inconscientemente acessado, ou pode se dizer, negligenciado mundo interior, e às vezes nem sabemos disso.
Para viajar ao espaço gastam-se bilhões de dólares, infinitas horas de pesquisas, e a incerteza da volta; o mesmo esforço é para implementar as poderosas máquinas para explorar os mistérios das profundezas dos mares. E o que é preciso, e o que se gasta para viajar pelas profundezas do ser?
Por que rimos?
Por que choramos?
Por que mentimos?
Por que ficamos zangados?
Por que enganamos?
Por que matamos ?
O que nos faz maus, e o que nos faz bons?
O que nos faz pensar?
De onde viemos, aonde vamos?
A existência humana acaba mesmo com a morte?
O que acontece com a consciência, e o que nela fica registrado quando o corpo não resiste mais ao peso da alma? Adormece, ou consciente fica inerte em algum lugar do universo observando o todo e aguardando algum comando da força que a criou?
Uma certeza aparece quando ocorrem essas “viagens” o encontro com o EU : não se volta pior.