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28/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 28/11/2020 às 00h00min

FAZER O QUÊ, NÉ?

CLEMENTE VIEGAS

CLEMENTE VIEGAS

O Doutor CLEMENTE VIEGAS é advogado, jornalista, cronista e... interpreta e questiona o social.

 

Não ando lá com essa vontade ou disposição toda para escrever um texto para estes CAMINHOS... Escrever um texto aqui é um compromisso que assumo espontâneo e sozinho, de mero amadorismo, acho que faz uns vinte anos. Mas o amadorismo duradouro assume ares e dá o tom de “profissionalismo”. Gosto mesmo é quando o texto flui três dias, quatro dias, uma semana antes da edição.  E então eis-me aqui, fazer o quê, né?

Andei pensando em escrever um tema sobre a MANGUITA, uma manguinha saborosa que se multiplicou por aqui, de que adquiri o vício de consumo. Também conjecturei escrever uma segunda edição de “TANTA LARANJA MADURA, TANTO LIMÃO PELO CHÃO”, que são os votos eleitorais que se fizeram perdulários, perdidos, estragados, derramados pelo chão. E assim lembrar uns tantos candidatos que afinal seus votos - poucos votos e ainda que muitos votos não deram em nada e, de resto, não se prestaram para nada.

Nesse terreiro, imagino que existem muitas pessoas que se fizeram ou se fazem candidatos que precisam tomar um velho chá que caiu em desuso – ou porque abusaram (cansaram-se) da fórmula, ou porque viciaram essa fórmula. Não creio que fora obra da ANVISA. Enfim, a fórmula saiu do mercado: O SIMANCOL! Lembra-se você do SIMANCOL? O paciente tomava o chá e, SE-MANCAVA, desconfiava e o efeito era uma COERÊNCIA que dava gosto!  O SIMANCOL salvava muita coisa: integridade física, bolsos, vidas até! O SIMANCOL era um santo remédio, ou como dizem: “era mesmo que o santo pôr a mão”. O SIMANCOL, com o tempo vem desaparecendo das prateleiras do uso, o que se pode ver a partir dos cabelos, do vestuário, das opções sexuais, dos trejeitos, do armário e por aí vai...

Voltemos à questão eleitoral, esse maldito tema que seria o tema para esta edição: De proa pego o MANOELZINHO GARIMPEIRO, candidato a prefeito local que ficou em nono lugar com uma votação mísera e acachapante de 118 votos, perdendo apenas para um tal Sandro Ricardo com PCB, este com 73 sufrágios. Não é que faltem votos, tampouco eleitores – o que falta mesmo é um chá – O SIMANCOL, de um efeito positivo e comprovado a toda prova. MANOELZINHO não se emenda, já andou dando com os burros n’água nessa pretensão eleitoral e não deu em nada.

Por último, tão careca quanto “aquele outro” – que eu não digo o nome “porque o nome é que faz o fuxico”. O  MANOELZINHO subiu (em cima) de uma camioneta D-10, ano 1945, juntou consigo três ou quatro pessoas mais um precário serviço de som, mais um gol quadrado, atrás da camioneta e saiu num dia semana pela cidade, apregoando que era candidato “porque a cidade não tem outra opção”. Faltou SIMANCOL pro Manoelzinho. Afinal, nós temos Dr. DANIEL FIIM, a quem, assim como o MADEIRA, faltou SIMANCOL quanto às aglomerações nas suas CARRETAS, submetendo vidas. Afinal Madeira e Fiim são médicos, cuja profissão se auto-aponta como o apostolado da vida. Nesse terreno, sabemos: Não interessam os meios, interessam os fins. Fazer o que, né?

Um cara a que eu me pergunto é o ALUÍSIO MELO. Já se candidatou um porrilhão de vezes. Pra vereador e para prefeito. E não tem nadica de nada de votos, nunca. Em 2012, de olho no erário do município, dizendo ele queria ser o seu alcaide, obteve a mísera votação de 252 sufrágios. Agora, novamente, na mesma especulação rumo à botija, obteve nada, nada, 130 votinhos, justo a metade de seis anos atrás. Ainda que por simpatia, ou mesmo que de mero protesto, o inveterado cabeludo, está precisando rever o seu “estimulante eleitoral”.  Lembro que o SIMANCOL é um chá sem contraindicações que se aplica a todas as patologias e situações...

Aluísio Melo esse “figura carimbada” no território eleitoral merece mais espaço nesta fala. A sua bandeira única e exclusiva e indefectível é o COOPERATIVISMO. Ótimo! Legal! E qual a égua de Luiz Gonzaga, aquela que a cobra matou, ele bate e rebate: “não vendo, não troco, nem dou”. Aluísio que não tem outra coisa para falar, senão o seu coitado e maquiado e desacreditado COOPERATIVISMO em meio ao transporte das VANS, num jogo de meia dúzia de palavras ele projeta números FANTÁSTICOS E FANTASMAGÓRICOS quiçá que impressionaram aos seus 130 eleitores. A esta altura, revendo falas surradas e os estratosféricos números criados, projetos e multiplicados, o cabeludo de sempre, ALUÍSIO MELO, precisa de uma dose de SIMANCOL – um chá para todas as doenças. Quem sabe...

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E AS MANGUITAS?!
Já nas primeiras linhas destas mal traçadas linhas, o que queria mesmo era escrever sobre a MANGUITA (ou MANGA DE CHEIRO), deliciosa até o caroço - pela oportunidade, agora, de sua safra. Manguita, uma pequena manga que começou por aqui faz mais de trinta anos, vinda dali das bandas do Embiral, quando o Embiral ainda era Goiás.

Um único senhor trazia de lá. De barco singrava o Rio Tocantins e aqui na Imperosa, saia num carrinho de mão pelas ruas da vida. Tantas vezes comprei essas mangas e me tornei um contumaz confesso, nessa MANGUITA. Tantas vezes conversei com esse homem das manguitas, um vetusto senhor, idoso, alquebrado pelo tempo e por suas lutas, especulando sobre aquele seu meio de vida. E escrevi-lhe um texto que qual um pão ao bromato, reproduzi-o por mais duas ou três vezes.

Naquela época, cioso dessa MANGUITA de mangueira única (ao que vim a saber), atravessei o Rio Tocantins e fui ver essa bendita mangueira. De cara pra cima, olhei... olhei... comparei-a a uma idosa de seus setenta e poucos anos, formosa, e “sombreira”, espalhando o seu sombrio. Admirei e vim embora nem nada dizer. Hoje eu  vejo que as mangueiras de manguitas estão espalhadas na região, até pelo meio da/s rua/as mas... a MANGUITA me parece geneticamente modificada e, portanto, não é  mais a mesma de quando a conheci, vinda do Velho Goiás, de uma mangueira solitária, assim um tanto do mato, que hoje eu gostaria de voltar a vê-la,  tão somente para revê-la. Mas não sei sequer onde fica, nem se ainda fica.

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