03/02/2024 às 00h00min - Atualizada em 03/02/2024 às 00h00min
O prazer das boas memórias
Boa parte da nossa satisfação pessoal vem das memórias daquilo que conseguimos conquistar ao longo da vida. Por menor, e mais simplória que seja, não resta dúvida que o sentimento que surge ao redor de um objetivo atingido é de um valor psicológico sem igual.
Muitas das nossas memórias ficam guardadas no “cofre do subconsciente” e ao conseguir acessá-las logo é liberada toda gama de uns “fluidos mágicos” que a ciência denominou de hormônios; legado da Natureza Divina para nos preparar para os sucessos, os eventuais fracassos e os momentos de prazer e até estresse. Haja cortisol! Mas ainda bem que para contrapô-lo têm-se a dopamina e a endorfina, que dispensam apresentação.
Para cada situação, um hormônio diferente. Só sendo mesmo coisa de uma mente suprema para presentear a raça humana com tal privilégio.
E de volta ao ambiente das memórias. Imagine como teria sido o momento da conquista dos primeiros passos sem a ajuda de ninguém? Evento esquecido pela memória recente, contudo, armazenada no subconsciente, e viva no consciente dos pais, irmãos mais velhos, amigos e padrinhos com direito, muitas vezes a registro fotográfico. Uma satisfação só de imaginar.
Muito bom fazer memória, até mesmo daquilo que não vivemos e que parece vir até de outras vidas, quando acessadas involuntariamente por meio de uma determinada música, um cheiro, ou o sabor de um bom prato.
Nos tempos modernos, e de tanta poluição mental, as boas memórias chegam a funcionar como um antídoto para aqueles momentos em que nos sentimos impotentes diante de uma realidade presente. Quem neste mundo ainda não se sentiu assim? Nessas horas resgatar as antigas e boas memórias funciona como um bálsamo, e o ponto de partida para recompor a fé e a esperança e preparar-nos para os enfrentamentos das situações adversas dos momentos presentes e futuros.
Muito do que escrevo neste espaço tem como fundamento a experiência de vida e as frequentes leituras, sobre temas diversos que costumo fazer diariamente por isso, garanto, e já há estudos sérios sobre o tema, que as boas memórias servem como um porto seguro em meio às turbulências da vida. Elas nos transportam para momentos de alegria e realização, pretéritos, que nos proporcionam uma espécie refúgio da rotina e dos desafios. Ao revisitarmos, principalmente a memória de tudo que já conquistamos, e as experiências positivas, somos revigorados com uma sensação de paz e contentamento que nos impulsiona a seguir em frente.
A ciência corrobora todo esse poder das boas memórias/lembranças Estudos demonstram que elas fortalecem o sistema imunológico, reduzem o estresse e até mesmo aumentam a expectativa de vida. As boas memórias também contribuem para o bem-estar mental, promovendo a autoestima, a resiliência e o senso de propósito. Sem dúvida, um presente precioso que nos acompanha por toda a vida que nos nutre e nos inspiram.
