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13/11/2020 às 00h00min - Atualizada em 14/11/2020 às 00h00min

​TRABALHO PÓS PANDEMIA

FERNANDO BELFORT

FERNANDO BELFORT

Doutor FERNANDO José da Cunha BELFORT é Desembargador aposentado do TRT 16ªR, ...


Meus amigos. A situação que passa o mundo pelo atual momento está obrigando todos a modificar suas atividades. As mudanças se dão desde hábitos simples da sociedade, como atividades de trabalho e vida social, até à novos métodos de manterem o mercado ativo, como a elevação dos números do comércio remoto.
 
Existe uma forte tendência para ser desenvolvido o chamado “home office”. Embora a legislação trabalhista do país e, de modo geral, a literatura, faça referência a essa modalidade de trabalho como “teletrabalho”, adotou-se no presente artigo o conceito de “trabalho remoto”, referenciado no Brasil também como “home office”.
 
Tal trabalho transferido para o ambiente doméstico e se distingue de outras modalidades de trabalho realizadas distantes do espaço da empresa ou da instituição, caso do ”coworking”, trabalhadores de rua (por aplicativos) ou “em domicílio”.
 
O trabalho remoto (em home-office) não se confunde com as modalidades de trabalho fabris realizados “em domicílio”, oficinas domésticas e de trabalhadores subcontratados por grandes corporações, resultantes da reestruturação produtiva do último quartel do século XX. Nesse caso, no contexto da pandemia, tratam-se de trabalhos realizados e possibilitados pelas tecnologias da informação (TI). Trabalhos que passaram a ser realizados em casa (à distância) mediados por computadores, notebooks, tablets e smartphones com conexão pela Internet.   Essas observações são necessárias, visto que desnudam, em certa medida, as atividades e ocupações que podem ser realizadas remotamente e, portanto, evidenciam que a modalidade não atinge a totalidade de trabalhadores e setores econômicos.
 
Pesquisadores da área do trabalho da Universidade Federal do Paraná (UFPR), chegaram a algumas conclusões “como uma participação significativa de profissionais da área da educação, resultando em 28,04% de participação de professores, fato atribuído também à suspensão das atividades presenciais escolares. Outras categorias que se destacaram foram a dos servidores do INSS e a dos trabalhadores da área de tecnologia da informação (TI)”.  
 
Sem segredo para ninguém, uma das maiores mudanças na vida das pessoas foi a mudança do mundo corporativo para o home office, o que gera discussões para empregadores e empregados, pois há muitos fatores positivos e negativos. Mas de uma coisa todos têm certeza, essa é a única alternativa para manter todos ativos.
 
Também os pesquisadores paranaenses concluíram em sua pesquisa que: Em relação aos dias trabalhados semanalmente, obteve-se um resultado mais significativo nas faixas de 6 e 7 dias por semana. Antes da pandemia, 8,39% de trabalhadores disseram que desempenhavam suas atividades laborais em 6 dias por semana, aumentando para 18,10% durante a pandemia, um aumento de 115,78%. Da mesma forma constatou-se que houve aumento na faixa de 7 dias semanais, cujo número variou de 2,32% para 17,77%, contabilizando um aumento de 666,66% de respondentes que trabalham todos os dias da semana no trabalho remoto, ou seja, sem nenhum dia de descanso no atual contexto.
 
Já a empresa PROMADE Jr. conclui em estudos que: Com a chegada do atual momento, novas habilidade e competências foram exigidas de todos, principalmente gestão de tempo, capacidade emocional, maior atenção em detalhes e essa lista só aumenta. Com isso, a capacidade de aprendizado está sendo cada vez mais evoluída para que esse caminho não tenha um trajeto pré-estabelecido e sim que siga um caminho constante, visando uma evolução contínua.
 
Os pesquisadores paranaenses concluíram que a pandemia da COVID19, segundo os entrevistados, que a realização do trabalho remoto constitui para muitos uma espécie de “privilégio”, já que contribui para o isolamento social, preservando a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, de suas famílias, bem como, da sociedade como um todo. Até a próxima.
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