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13/12/2023 às 00h00min - Atualizada em 13/12/2023 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues

 

Projeto Homenagem

Raimundo Primeiro: o menino
que nasceu para ser jornalista

Ele é competente, tímido, gosta mais de ouvir do que falar e leva a vida falando bem das pessoas, isto é, contando histórias de sucesso de empresários, industriais, comerciantes, profissionais liberais e pecuaristas de Imperatriz (MA), onde nasceu em 8 de dezembro de 1963. Estou falando do experiente jornalista e torcedor apaixonado do Vasco da Gama (RJ) Raimundo Primeiro dos Santos Pires, ou simplesmente, Raimundo Primeiro, que atualmente assessora instituições empresariais, entre as quais a Câmara de Dirigentes Lojistas de Imperatriz (CDL). Para ser mais exato com seu nome, na Certidão de Nascimento está registrado Raimundo I.
Primeiro, como é carinhosamente chamado pelos amigos, é filho do saudoso agrimensor/topógrafo Raimundo Nonato Pires, um pernambucano que foi criado no Pará, onde vive parte da família do jornalista por parte de pai. A mãe do comunicador é a dona Adinê dos Santos Pires, aposentada, hoje com 81 anos de idade, baiana, que exerceu com maestria o papel de dona de casa e comerciante. A família dele chegou a Imperatriz em 1962. Os avós maternos do jornalista, o baiano Napoleão Barbosa e a mineira Ana, vieram para Imperatriz com a família do pecuarista e empresário Juracy Baiano, já falecido. Os avós moravam na Vila Progresso, na Bahia.

 

Irmãos

Raimundo Primeiro tem mais 6 irmãos, sendo cinco mulheres e um homem, o repórter cinematográfico e apresentador de TV, Napoleão Neto, também vendedor e comerciante. As irmãs se chamam Silva Lúcia, Elys Regina, Márcia, Núbia e Rita de Cássia, há vários anos residindo em Florianópolis, Santa Catarina. O jornalista é solteiro, nunca foi casado e não teve filhos nos relacionamentos que teve ao longo da vida.
 

Infância

O jornalista comenta com um ar de saudade como foi a infância dele em Imperatriz: “Tranquila, estudando, brincando. Brincava, jogava bola. Residia na Rua Sergipe, entre as Avenidas Getúlio Vargas e Dorgival Pinheiro de Sousa, nas proximidades das agências dos Bancos do Brasil e do Nordeste. Jogava bola na rua, quando podia, pois minha mãe, sempre estava de olho, ou seja, não deixava sair pra longe, ficar distante de nossa casa. Lembro das fogueiras, durante as festas juninas. Eram muitas, pois não havia asfalto na rua. Era criança. Tinha uns 8 anos, talvez. Meus avós maternos, o baiano Napoleão e a mineira Ana, residiam na Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Sergipe e Bahia, na região onde hoje fica a empresa Pantera Máquina, no Centro da cidade. Nasci e cresci em Imperatriz. Tempos memoráveis, época marcante, que não volta mais! Cresci influenciado pelo cinema e pelo Jornalismo. Quando garoto, produzia filmes, lembrando Hollywood, nos Estados Unidos. Escrevia, eu e um amigo de infância, o Roberto, hoje lojista, cujos pais, “seu” Antônio e dona Lody, residiam na Avenida Getúlio Vargas. Gostava de ler. Tempos inesquecíveis – e da primeira paixão. Era ligado na irmã de um colega da época. Eles moravam na Rua Bahia, também no Centro”.
Sobre os estudos, Primeiro lembra bem das escolas por onde passou: “Quando garoto, na Escola “Mundo da Criança”. A instituição teve de ser fechada em razão da mudança de sua diretora/proprietária decidir morar na capital, ou seja, São Luís. Depois, nas escolas Mourão Rangel, na Praça Brasil, Nascimento de Moraes, mais conhecida por Polivalente, e Escola Fortaleza, aqui em Imperatriz. Também estudei em São Miguel do Guamá, Pará. Fiz diversos cursos, entre os quais, de Jornalismo Técnico, na Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo destaque pelos esforços que fazia para conclui-lo, tendo em vista residir distante. De ônibus, percorria a distância que me separava do aprendizado na área que decidi trabalhar, por vocação, aliás”, disse ele.
Raimundo Primeiro explica que entrou no jornalismo por acaso. “Foi assim, digamos, por acaso, destino da vida. O proprietário de um periódico, jornal que circulava quinzenalmente, se não me falha a memória, pois ainda era muito jovem, ficou sabendo sobre um jovem que gostava de escrever, inclusive textos teatrais (peças). Certo dia, ele bateu na porta de nossa casa, no Centro de São Miguel do Guamá, Pará. Tom, era nome dele, perguntou: “Aqui que mora um jovem que gosta de escrever?”. Lembro, como se fosse hoje. A imagem permanece nítida em minha mente. Foi o primeiro passo para meu ingresso no Jornalismo. Aí que dei o primeiro passo, portanto”, destacou.
Depois de um início empolgante no jornalismo em São Miguel do Guamá, Raimundo Primeiro passou a atuar na imprensa de Imperatriz. E isso faz 35 anos. “Comecei a trabalhar na imprensa de Imperatriz, logo após retornar, em 1988. A convite do Carlos Gaby, o Gaby, irmão do Coló (Editor de O PROGRESSO), tive o nome indicado ao então editor-chefe de O PROGRESSO, o jornalista e pesquisador Adalberto Franklin, proprietário da Ética Editora. Apresentado, ao chegar na Redação do jornal, recebi minhas primeiras missões, na condição de “foca”, repórter principiante: a fazer minhas primeiras reportagens. Uma delas, sobre AIDS, com o médico Pedro Mário. Depois, com outro médico, Itamar Fernandes. Passei por emissoras de rádios e TVs, entre as quais Imperatriz-AM, a primeira a trabalhar; Nativa FM, Karajás AM e Cultura FM. A convite do radialista Aldeman Costa, fui para a Rádio Cultura AM, a primeira emissora de rádio de Açailândia, passando para a Rádio Marcone FM, também na vizinha Açailândia”, relembra, sempre agradecendo os amigos que abriram portas para ele e as empresas por onde passou.
Primeiro disse que aprendeu muito com os jornalistas Edmilson Sanches e Tasso Assunção. Ele fez parte da equipe de pesquisadores/jornalistas que elaborou a “Enciclopédia de Imperatriz”, da qual Edmilson Sanches foi o editor.
Culto e dedicado ao que faz, o atuante repórter Primeiro gosta de ler, escrever, ver bons filmes e se encontrar com os amigos, especialmente os confrades da “Confraria do Olímpio”, na Rua 15 de Novembro, em Imperatriz. “A ‘Confraria do Olímpio’ é uma grande família, onde estamos, reunidos, todos os finais de semana, conversando, bebendo, comendo, mas, principalmente, nos irmanando/confraternizando”, afirmou.
O jornalista tem um grande amor por sua cidade natal. “Imperatriz representa tudo na minha vida, pois foi aqui que eu nasci. Aqui, também, construí carreira e amizades”, destacou Raimundo Primeiro, ainda empolgado e feliz com a permanência do seu Vascão na primeira divisão do futebol brasileiro.
Primeiro já viveu e vive muitos momentos felizes na vida, mas comenta que os momentos mais tristes foi quando perdeu a vó e o pai, seu Raimundo Agrimensor, que morreu há 25 anos.
Ao ser perguntado sobre o que representa o jornalismo na vida dele, Primeiro é categórico. “Representa tudo. Hoje – e sempre – tudo, pois não sei fazer outra. Cresci vocacionado para o Jornalismo”.
Por ter contribuído nos últimos 35 anos com o engrandecimento e o desenvolvimento de Imperatriz, divulgando com honradez a classe empresarial da cidade e seus ilustres empresários e comerciantes, o jornalista Raimundo Primeiro, é o nosso homenageado de hoje do Projeto Homenagem.

 

Um detalhe curioso:

Em novembro de 1969 minha família mudou-se da Rua Godofredo Viana para a Avenida Getúlio Vargas, no Entroncamento. Lá, ainda garoto, conheci o menino Raimundo Primeiro. Conheci seus pais e, na juventude, cheguei a conversar várias vezes com o pai dele, Raimundo Agrimensor. Em um determinado período, a família dele morou na Avenida Getúlio Vargas, bem perto da minha casa, e, depois, eles se mudaram para a Rua Luís Domingues, entre as ruas Bahia e Sergipe, não tão distante lá de casa. Meus pais eram amigos dos pais dele.
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