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06/12/2023 às 00h00min - Atualizada em 06/12/2023 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues

 

Ministro da Pesca e Aquicultura,  André de Paula, participou da abertura
oficial no domingo, em Belém, da 1ª edição do IFC Amazônia

Com mais de quatro mil inscritos, iniciou no domingo (03.12), e terminou ontem, 4 de dezembro, a 1ª edição do IFC Amazônia. O evento reuniu todo o setor da aquicultura e pesca da região amazônica com o objetivo de discutir a sustentabilidade através das águas, principalmente com a produção de pescados. O congresso internacional recebeu mais de 80 palestrantes do Brasil, apresentou feira de negócios e tecnologia e o Corredor do Sabor, um espaço para produtos regionais e aulas-show com chefs locais.
A solenidade de abertura contou com a presença do Ministro da Pesca, André de Paula. Em Belém, o representante do Governo Federal destacou que a sustentabilidade da cadeia produtiva do pescado é um dos caminhos que colocam o Brasil como uma das potências de produção de proteína animal com preservação da floresta. A escolha da capital paraense como sede da primeira edição do IFC Amazônia está no contexto não só do potencial da região, mas também do protagonismo que a Amazônia tem conquistado no cenário internacional, uma vez que irá sediar a Conferência das Partes (COP-30) da ONU em 2025.
“A Amazônia tem uma enorme vocação para a sustentabilidade com geração de empregos, e o setor da pesca cumpre este importante papel. O IFC é um grande evento, já bastante conhecido e tinha que chegar aqui na Amazônia, que é tão importante para o desafio de transformar em realidade o enorme potencial do nosso país para a pesca e a aquicultura, com sustentabilidade”, destaca.

 

Governador Helder Barbalho

O governador Helder Barbalho, que está em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos para a COP 28, enviou mensagem em vídeo para o evento. “Agradeço a escolha de Belém, que com esse evento é também a capital nacional da pesca. Desejo um excelente evento a todos, para discutirmos alternativas e formas de desenvolver mais a pesca e a aquicultura no nosso Estado e na Amazônia. Estamos aqui na COP 28 justamente discutindo maneiras de desenvolver mantendo a floresta viva”, disse.
 

Presidente do IFC

Para o presidente do IFC, Altemir Gregolin, a escolha de Belém como local da primeira edição do IFC na Amazônia demonstra o olhar atento do setor de todo país para o potencial da região e a capacidade de produzir com sustentabilidade. “Esse evento tinha que ser no Pará pelo seu histórico produtor e pelos investimentos que vem fazendo para enriquecer a cadeia produtiva, mostrando que é muito mais vantajoso e saudável para a manutenção da floresta em pé investir na piscicultura, em tanques de criação de peixe. Esse tipo de produção ajuda a preservar a Amazônia”, ressalta.
 

Sedap

O titular da Secretaria de Estado da Agropecuária e da Pesca do Estado do Pará. (SEDAP), Giovanni Queiroz, reforçou que o potencial da Amazônia e do Pará para a aquicultura e a atividade pesqueira deve colocar o Estado num maior protagonismo no setor, com mais investimento e apoio aos produtores, gerando renda e emprego. “Estamos focados em políticas e ações de apoio ao pequeno, médio e grande produtor. É um esforço conjunto para transformar e restaurar a floresta, a Amazônia”, diz.
 

Pesquisadores e especialistas discutem
vocação amazônica para o pescado

O evento iniciou logo pela manhã, com painéis técnicos e especialistas de diferentes países que integram a bacia amazônica, além de debates sobre a demanda por pescado no cenário internacional e linhas de crédito e financiamento para a atividade.
Por videoconferência, o vice-diretor de Pesca da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Audun Len, destacou a alta demanda mundial para a produção de pescado. Na mesa seguinte, representantes de instituições e empresas do Peru, Colômbia, Equador e Bolívia apresentaram perspectivas para a produção sustentável na aquicultura e pesca com responsabilidade social, mostrando experiências exitosas desses países.
A manhã encerrou com outro painel internacional, discutindo desafios e estratégias para ampliar o acesso ao mercado nacional e internacional do pescado amazônico, com participação de representantes de empresas do Peru, Uruguai e Estados Unidos.
O período da tarde foi marcado por palestras técnicas de pesquisadores que atuam no setor pesqueiro e aquícola, com apresentações sobre o potencial da bioeconomia e debates sobre carbono e as oportunidades para a aquicultura. A rodada de painéis encerrou com representantes de instituições de financiamento e crédito para a atividade, como BNDES, Banco da Amazônia, entre outras.
Mercado - Na área da Feira de Negócios e Tecnologia, o público presente no congresso conheceu iniciativas de empresas, instituições, universidades e órgãos públicos voltadas para a sustentabilidade da cadeia produtiva do pescado.
Outro espaço que chamou a atenção dos presentes foi o Corredor do Sabor, que reúne empresas e startups que atuam na região amazônica com inovação e sustentabilidade. Na Cozinha Show também estão acontecendo as aulas comandadas por chefs locais, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém (Codem).
Entre os produtos apresentados estavam aqueles que possuem registro de Indicações Geográficas (IG), além de outros que estão demandando o reconhecimento. As 4 IGs do Pará já reconhecidas e registradas junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) são: Tomé-Açu para o produto cacau; Terra Indígena Andirá Maráu para o produto waraná e bastão de waraná (guaraná); Marajó para o produto queijo; e Bragança para o produto farinha de mandioca. O corredor também será uma vitrine para produtores com potencial para futuras indicações, como o chocolate, da ilha do Combu; o mel, do nordeste paraense e o açaí do Pará.
Realização e apoio - O IFC Amazônia é realizado pelo IFC Brasil – International Fish Congress & Fish Expo Brasil, tendo a Fundep (Fundação de Apoio ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação) com co-realizadora. O evento tem o patrocínio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco da Amazônia S.A, Banpará (Bando do Estado do Pará)e Norte Energia (Usina Hidrelétrica Belo Monte). Tem o apoio do Governo do Estado do Pará; SEDAP (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca); MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura); ABIPESCA (Associação Brasileira das Indústrias de Pescados); PEIXE BR (Associação Brasileira da Piscicultura); FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura); Sistema FAEPA/Senar; FEPA (Federação dos Pescadores do Pará) e SINPESCA (Sindicato das Indústrias de Pesca dos Estados do Pará e Amapá).
Para reconhecer e valorizar a atuação das empresas e entidades em defesa do setor foram anunciados os vencedores da primeira edição do Prêmio IFC Amazônia durante a solenidade de abertura do evento, neste domingo (3), no Hangar - Centro de Convenções, em Belém. Personalidades e produtores do setor também foram reconhecidos por meio de premiações.
Para Eliana Panty, CEO da Fish Expo, a premiação é uma forma de reconhecer os trabalhos e iniciativas inovadoras no desenvolvimento da cadeia do pescado na região amazônica. “São contribuições que vão assegurar segurança alimentar e um futuro mais sustentável nos pilares econômicos, sociais e ambientais”, acredita. (Fonte: assessoria de imprensa do IFC Amazônia).
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