MENU

25/11/2023 às 00h00min - Atualizada em 25/11/2023 às 00h00min

Caminhos por onde andei

CLEMENTE VIEGAS

CLEMENTE VIEGAS

O Doutor CLEMENTE VIEGAS é advogado, jornalista, cronista e... interpreta e questiona o social.



O OLHAR DO PÁSSARO SOBRE O GALHO

Havia no País das Maravilhas verdadeiras MÁQUINAS DE FAZER DINHEIRO. Os caça-níqueis perdiam era feio! Quais as Capitanias Hereditárias, eram essas MÁQUINAS! As máquinas de FAZER DINHEIRO passavam de pais para filhos e de filhos para netos. E ainda havia uma variante em que os agregados e compadres usufruíam-se das “gorduras do sistema”. Uma maravilha e tanta! Um dia reformularam essa MAMATA e a mamata acabou, VÍRGULA, mudou a forma do rodo. Mas a MÁQUINA continuou funcionando. Fabricando dinheiro!

Aí entregaram LEGALMENTE a máquina para um cara que era da CONCHICHINA. Foi um rebu, não queriam entregar A MINA.  Mas tiveram que entregar. O cara era um sujeito maneiro, este levou sua companheira - sua mulher. Esta uma VORAZ E IMPLACÁVEL PELA DINHEIRAMA.  “Avarenta”, era fichinha. Neguinho fazia fila com senha e tudo para PAGAR O DINHEIRO.  E se faltasse ao menos um centavo não tinha perdão. Logo alegavam que um pedaço era do “leão embecado” Nada não! É que os caça-níqueis assim: Não perdoam um centavo.
Deixa que num acidente nas nuvens, de lá mesmo o cara já foi pro céu. E lá embaixo no chão, logo a MÁQUINA mudou de mãos. Por isso que estava escrito naquele livro de leitura, no curso primário: “... quem tudo quer, tudo perde”. Mas fosse noutro tempo, logo do marido morto, a máquina passaria para a mulher viva. E então, salve o sistema!

O OLHAR DO PÁSSARO - II
O cara chegou na Holanda (?) e mal-acostumado no País das Maravilhas jogou um “papel de bombom” ao chão. Logo chegou o guarda e, bom som, declarou: “… está multado!”. O cara, acostumado com aquele velho “jeitinho”, tentou levar o guarda na barrigada”. Sabe seu guarda, eu sou do País da Maravilhas, não conheço as leis daqui eu peço desculpas.

O guarda, recolheu o bloco de multas e declarou: “Então o senhor vai responder tudo isso perante um Juiz”. E quando cara viu que a chapa já estava esquentando com esse negócio de ir para um juiz, achou melhor pagar a multa.

Mal saiu dali daquela gelada e a poucos passos encontra uma corrente de ouro, rebentada, ao chão. Já estava de “rabo quente”, até imaginou que fosse uma ARMADILHA. E então foi ao dito cujo guarda: ”Seu guarda olha aqui o que eu encontrei no chão”. O Guarda de posse do bloco de achados e perdidos, lavrou a ocorrência com Identidade, CPF, Passaporte, endereço, CEP e até uma foto. Em seguida fez uma advertência: “Tudo isto vai ser entregue no DEPOSITÁRIO PÚBLICO. Se com seis meses o dono não aparecer, será enviado para o seu endereço, consoante as anotações.

- Seis meses depois, o sujeito lá no País das Maravilhas, recebia aquela dita corrente de ouro, qual rebentada encontrou no meio da rua, juntamente com a lavratura do guarda efetuada no meio da rua, com indicativo de que aquele seria, doravante o seu “CERTIFICADO DE PROPRIEDADE”.

- Já pensou se essa corrente de ouro quebrada que nada-nada valeria uns três mil dinheiros, se tivesse sido perdida e em tais condições encontradas no País das Maravilhas? Alguém perguntou...

O OLHAR DO PÁSSARO - III
FOI O PRÓPRIO CARA QUEM ME DISSE. Não foi outro. Estava comodamente sentado em sua cadeira de Prefeito num Jussaral, no País das Maravilhas. Recebeu um telefonema do Senhor Presidente  – dizendo que queria sua presença, com urgência, em Palácio. O cara não contava com essa! Então cortou os cabelos, aparou o bigode, tomou banho, penteou os cabelos, comprou passagem, pegou o “aza dura” e vupt!!!!, foi-se apresentar diante do chamado. Afinal, só o fato de ter recebido um telefonema do Presidente já era uma honra! Ora se era!!!

- E então ele, “todos homirdes “, foi bater no Planalto!  Pronto sua Excelência, o Senhor me chamou, estou aqui às suas ordens. O presidente, de maus bofes nem o convidou a sentar. Em pé estava em pé continuou. Lacônico e breve, ordenou o Presidente: “Eu quero o seu apoio a FULANO DE TAL na sucessão do Jussaral”. E deu as costas e foi saindo. - “Presidente, eu já estou comprometido com SICRANO DE TAL, já dei a minha palavra. A essa altura o Presidente que já sabia daquela aliança espúria nem se interessou pela sua vã justificativa. Deu as costa e foi saindo...

Não demorou muito, o sujeito, simplesmente foi “encalacrado” e perdeu a boca no Jussaral, para nunca mais conseguir absolutamente nada vezes nada, igual a nada. E, qual um Cristóvão Colombo (aquele que descobriu a América), “morreu pobre e esquecido na cidade de Valadolid”. A história se repete. Ainda que noutro lugar.

* Viegas – é o olhar do pássaro sobre o galho
Link
Leia Também »
Comentários »