04/11/2023 às 00h00min - Atualizada em 04/11/2023 às 00h00min
Nailton Lyra Escreve
O Cigarro Eletrônico
Tenho observado na mídia uma campanha ridícula, incompreensível e danosa para a aprovação da liberação do cigarro eletrônico.
Alguém com interesses financeiros certamente inventou que ele não faz mal ou que ter menos capacidade de provocar vícios e doenças, notadamente cardiopulmonares e o câncer.
Completo absurdo.
Somente interesses financeiros.
Não existe nenhuma justificativa com comprovação cientifica para isso.
Esses dispositivos não são regulamentados para a venda no Brasil, mas o acesso é fácil em Lojas e na Internet.
O estudo de uma série de casos comprovou que adeptos do cigarro eletrônico apresentaram níveis de nicotina no organismo equivalente à utilização de 20 cigarros convencionais por dia.
A conclusão veio à tona após a realização de exames de urina, que detectaram concentração de nicotina metabolizada em medidas acima de 600 ng/ml. A pesquisa, realizada entre maio e dezembro de 2022.
Falsos argumentos
O cigarro eletrônico ou Vape, como também é chamado, é defendido como mais seguro para a saúde e, sobretudo na população jovem, o risco de dependência é ignorado. Além disso, os fumantes de cigarro comum que migram para o eletrônico acreditam no bônus da substituição. Mas isso não é verdade. Os Vapes podem viciar em menos tempo.
Embora a comercialização no país seja proibida, o número de usuários de cigarro eletrônico continua crescendo. Há desde adolescentes descobrindo o tabaco por meio desses dispositivos até pessoas tentando se livrar do vício.
Mesmo tentando passar a mensagem de algo inofensivo, lá está a nicotina. A substância libera adrenalina, que acelera o coração, aumenta o consumo de oxigênio e a pressão arterial e produz danos nas paredes arteriais favorecendo o infarto e a morte súbita.
Os eletrônicos liberam mais nanopartículas que os convencionais sendo essas partículas ultrafinas responsáveis por agravos de quadros de asma e danos cardiovasculares.
Para piorar alguns modelos usam o sal da nicotina que produz uma dependência de forma mais rápida do que o cigarro comum. Ao ser inalado, ela estimula a liberação de neurotransmissores como à dopamina, responsável pela sensação de prazer, bem-estar e relaxamento, fartos motivadores para que o produto seja consumido mais e mais vezes.
E o Narguilé?
Tem conquistado adeptos também com uma promessa de ser menos danoso à saúde, atrai jovens pela possibilidade de fumar em grupo.
Tem nicotina, alcatrão e monóxido de carbono, a nicotina é prazerosa, mas extremamente viciante.
Tem 2,5 vezes mais nicotina que o cigarro comum e uma sessão equivale a fumar 100 (cem) cigarros, a água utilizada “como filtro” não filtra nada somente esfria a temperatura da fumaça, o vapor causa danos pela temperatura, por carregar metais pesados e substâncias cancerígenas. O compartilhamento do bocal aumenta o risco de transmissão de doenças infecto contagiosas.
Tanto no Narguilé como nos Vapes existe a presença de metais como o cobre que quando aquecidos inalados no calor são tóxicos a nossa saúde.
Não vamos deixar mais um absurdo no acontecer no país, à utilização desses dispositivos danosos a saúde.