IGREJA: TENHA PIEDADE DOS MORTOS!
Com todo respeito aos presbíteros e/ou serviçais das Igrejas Católicas da cidade de Imperatriz ou de outras, que trabalham para as comunidades de crentes na fé e nos momentos bons e nos mais difíceis da vida até a morte. Com o objetivo de somente receber do artífice sacro, o incenso, como sinal de veneração e o chapisco da água “benta”... a viagem custosamente tem um valor..., mas muitos adeptos discordam de certas práticas religiosas remuneradas.
Aquela atitude de agir com quem precisa, sem interesse e sem esperar nada em troca… foi para o beleléu!... Esqueceram à bíblia.
Até porque o senhor reverendo não é funcionário de templo religioso, mas recebe uma “verbinha” chamada de [côngrua] tipo de uma pensão paga pela paróquia para fazer face suas despesas pessoais.
Isso sem levar em conta as normas do Vaticano, que mensurou uma ajuda de 2 a 5 salários-mínimos por mês.
Portanto, o chamamento das Igrejas “Tenha Piedade dos Mortos!.." equivale dizer, pela compaixão quanto ao sofrimento dos outros; e pela demonstração de afeto pelas causas religiosas.
Sabe por que do referido questionamento?
Recentemente fui levar minha solidariedade à amiga que perdeu seu ente querido que estava sendo velado numas dessas funerárias da cidade; naquele momento, uma pessoa liga para um familiar do morto, dizendo que o porta-voz da igreja estava cobrando um preço não tão simbólico para celebrar uma “missa de corpo presente”.
Não se mensura o valor arbitrado pelo abade por consideração as regras morais à igreja..., mas foi descabido ao preito.
Daí me veio à memória.... não é da morte que se tem medo, mas de pensar nela... e suas eventuais despesas com as recomendações e o transporte para um universo desconhecido além do cemitério.
Como está caro morrer! Só para o sacerdote fazer a inserção da liturgia sobre o falecido e manifestar-se... “Lembra-te que és pó e ao pó tu voltarás” … seguida daquela bem lembrada estrofe sempre cantada pelo [rasga-mortalha] ... ”Segura na mão de Deus e vá” ... com aquele cheiro de flor de jasmim, no ambiente do preparo, para o descanso eterno… ainda tem dispêndio.
Faça-se se um cálculo se a morte não traduzisse a cessão completa da vida, da existência.
Como bem sintetizou o Pensador:
A vida é curta e o dinheiro também....
Em se falando de sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir tudo que se admira e para si próprio: ganância.
O Pensador continua:
Rico e Pobre… a diferença vem na morte, que qualquer hora chega; não entrega a princípios sorte; qualquer um que ela venha buscar.
A morte iguala a todos nós. Rico, Pobre, Homem, Mulher... não a diferença quando bate à sua porta. Só tristeza deixada pelo vazio de quem se foi.
Portanto, as Igrejas, ou melhor, seus prelados desses serviços não deveriam ser ambiciosos na cobrança de valores que não condizem com a dor e a solidariedade que os fiéis que tanto devotam com a casa do Senhor nesses momentos de separação… só para fala sobre o salmo 30.5, da angústia da morte, dentro de um templo.
Por esta e outras razões a credibilidade da Igreja Católica está passando por uma queda progressiva de fiéis... as estatísticas confirmam isso.
Enquanto outras denominações religiosas cristãs estão crescendo... nota-se.
Ilusoriamente, não sei, mas muitas pessoas não estão acreditando mais na Igreja… talvez por uma desintegração de identidade...
Essa identidade religiosa só se reintegrará e se ramificará para seus adeptos com remissão da fé da crença e dos costumes… o desenlace dessa aliança tem causado enormes fragmentações de conceitos e de fidedignidade.
Oxalá, que nenhum presbítero descontente tenha a petulância de usar como contraditório em decretar minha “excomunhão” pelo que estou subscrevendo.
Sou apenas um rabiscador, expondo da solidariedade a outrem, quanto a cobrança exorbitante de taxas que esses templos religiosos então cobrando aos seus fiéis... em consonância, especialmente, com a morte.
Em outrora, se teve o privilégio de usufruir das atividades como forma de reconciliar os relacionamentos de todo o ser humano com Deus… desde os batismos as crismas, sem quaisquer honorários para essa prestação de serviços em agradecimentos a ação de graças.
No momento presente, nota-se que a Igreja Católica está se exaurindo daquele papel que lá atrás desempenhou sua ação primordial na espiritualidade das pessoas, com rituais religiosos e até pensando na salvação da alma.
Hoje, tudo tem um preço...
Como mudou! Antigamente todo conflito social seja o tamanho da encrenca, a Igreja através de seus párocos, era a primeira a ser acionada para intermediar qualquer “puxa-encolhe” e eles eram todos consolidados e respeitados… agora, são meros desconhecidos.
Vamos lá...
O que a Bíblia fala sobre Dízimo?
(...) Mateus 23:23... “Jesus não dá muita importância a dízimo: Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Que pagais o dízimo da hortelã, do funcho (erva) e do caminho, enquanto descuidais o que há de mais grave na lei: a justiça, a misericórdia; é isto que era preciso fazer sem omitir aquilo”.
Sem deixar dúvidas quanto a interpretação...
O que é dízimo hortelã?
(...) “Esta lembrança, e quase uma ironia de Jesus ao fazer distinção entre as coisas fundamentais da relação em Deus e as minucias insignificantes que podem se infiltrar nessa mesma relação”.
É, meus ilustres signatários religiosos, na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência... estar tudo virado pelos avessos. Infelizmente.
Finalmente, concluo:
Para receber espiritualmente, hoje, os dogmas impregnados pelo Senhor Deus e, interpretado por teólogos e leigos, tem que pagar seus honorários… ou seja, senão consegue os conceitos das religiões tradicionais. Pasmem!
Não acredito no Deus criado pelo homem... que castiga, que cobra, que fere....
Acredito no Deus de Deus, luz da luz...
