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21/10/2023 às 00h00min - Atualizada em 21/10/2023 às 00h08min

Meus Rabiscos

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)


POR QUE FARMÁCIA SE CHAMA FARMÁCIA?

(...) Assim dizendo que no curso e no uso do tempo é “remédio e veneno” ...

Tem momento que a área sensorial no processamento da informação força fazer o questionamento quanto ao número de farmácias existentes somente nas avenidas da Getúlio Vargas com Calçadão ao Entroncamento e descendo pela Bernardo Sayão...

No sentido figurado: pelos excessivos comércios... será por demanda?

Infelizmente, tem que ter uma causa que justifique mais de 53 farmácias nesses dois trechos da cidade de Imperatriz (MA).

Mas, primeiro, vamos narrar (fatos) que condizem como uma corporatura histórica para esse tipo de comércio em nossa cidade e no Brasil.
O enredo de farmácia começou no período colonial, após 1530, que podiam ser ocupadas nas “boticas”.

Época essa, que a cana-de-açúcar atingia o posto mais significante em produção e ocupando o patamar como carro-chefe do progresso comercial na fase do Brasil colônia.

Consequentemente e, há aproximadamente 493 anos atrás, o profissional [farmacêutico] de hoje, era tratado de curandeiro bruxo, depois da idade média chamou-se de “boticário”.

Tempos idos, não se vendia produto semelhante como agora; era original mesmo; hoje, a enxurrada maior são dos “genéricos”, ou seja, cópia do primitivo... com o uso indiscriminado sem ser preciso de autorização médica.

Como efeito, qual a razão do questionamento sobre “remédio e veneno” ... A diferença entre eles está na dose!

Pois é!

O remédio foi produzido para curar ou aliviar a dor, desconforto e a ansiedade… agora, tomar sem quaisquer orientações “a la vontê” é veneno puro; diante de tantas contraindicações, mas, a cultura do hipocondríaco, quanto ao uso demasiado desses produtos vendidos, especialmente, nas farmácias populares, provoca uma competição.

Visualizando o quantitativo de farmácias e drogarias da cidade, algo nos chamou atenção e que envolve o conceito geométrico de espaço, em particular, na avenida Bernardo Sayão, numa superfície de 200mts lineares nas duas laterais da rua, há existência de 15 estabelecimentos de venda de remédios.

Diante dessa condicionante “se” … a simetria de ocupação seria de 3,63mts de uma para outra... mas, o layout mostra que são na sua totalidade grudadas sem deixar um hiato para uso de outra alternativa.

Qual é a diferença disso?

Uns são de linha convencional e outras das espécies similares, ou seja, cópia do primitivo... a diferença de preço é notada e nitidamente por quem adquire... certo de que suas fachadas se identificam para o público e torná-lo o cliente fiel de sua marca.

Dando continuidade aos grandes negócios farmacêuticos, vamos fazer alusão as ruas Getúlio Vargas/Dorgival Pinheiro e suas adjacências, com 38 comércios da venda de medicamentos entre os populares e os procedentes originários.

É de bom alvitre esgaravatar por que o genérico o custo é menor?

Sua produção não conduz pesquisas ou propagandas; portanto, deveria ter uma melhor oferta...pois, muitas das vezes, o consumidor estar comprando gato por lebre.

Isso se tem como decorrência desse desregulado e descontrolado mercado de produção de medicamentos e distribuição de produtos por uma gama de produtores e fabricantes; para esses diversos gêneros e que só têm uns cinco laboratórios que expira confiança pela matéria prima xerocopiada.
Os demais são concorrentes emergentes e se apropriam do mercado vago desse contexto de marketing.

Essas indagações permitiram encontrar questionamentos a serem esclarecidos sobre o número incalculável de farmácias e drogarias somente aqui no centro da cidade, sem levar em contas outras tantas espalhadas nos bairros da grande Imperatriz.

Resumindo,

O consumo indiscriminado de medicamentos causa pânico para a saúde pública... cabe a Vigilância Sanitária o controle disso tudo. Será se está sendo feito? Burocraticamente, qual mecanismo de descomplicação para se instalar uma farmácia?

Fica a pergunta vagando no ar?

Não subestimando as estatísticas, mas, visualizando que Imperatriz tem atualmente 127 bairros ao seu redor. Admitindo que cada subúrbio desse tenha [duas] farmácias, pela qual totalizaria em 254 estabelecimentos de venda de remédios.

Matematicamente supõe-se que a soma de [53+254=307] locais onde se vendem medicamentos em suas especificidades; calculando isso sobre o número de habitantes em aproximadamente de 273.000 hab divididos por 307 farmácias teriam 889 clientes por estabelecimento e em durante 1 ano, uma farmácia venderia os produtos para 74 usuários ao mês.

Fazendo um resumo dos entrechos redigidos, é que a população se encontra combalida e adoentada; tendo em vista o alto número de farmácias e drogarias que a cidade dispõe no mercado... para uma clientela que não tem acesso à saúde pública.

Onde está o olhar crítico da Vigilância Sanitária? Ou são figuras ilustrativas? Ou pouco importa com a adversidade, angústia, infortúnio… e o resto que se lixe!?

Finalmente.

Jamais coloque nada acima de sua saúde, ela é tudo para o seu bem e dos mais valiosos!

                                                                                                                            PROTEJA-SE!

 
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