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27/09/2023 às 00h00min - Atualizada em 27/09/2023 às 00h00min

Coluna do Lima Rodrigues

 

Candidata à presidência do Sinrural, em Imperatriz (MA), Marta Ventura,
promete lutar pelo fim das invasões de terras na região tocantina

A chapa “Vez e Voz”, liderada pela candidata à presidência do Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), Marta Ventura, viúva do coronel Ventura, que faleceu em novembro de 2021, realizou uma confraternização na noite de quinta-feira, dia 21 de setembro, na maçonaria localizada na rua alagoas, no bairro Juçara.
O encontro reuniu pecuaristas que compõem a chapa “Vez e Voz” e pecuaristas de vários municípios do sul do maranhão. A cerimônia foi conduzida pelo empresário e ex-vereador Hamilton Miranda.
Houve momento de oração com o pecuarista Marcos Alex, que destacou a importância da candidatura de Marta Ventura e da união de todos para a chapa sagrar-se vencedora dia 23 de outubro.
Em seguida vários pecuaristas destacaram a força da chapa “Vez e Voz, também solicitando a união e o fortalecimento da candidatura de Marta Ventura. Discursaram os pecuaristas Raimundo Azueide, que chegou a ser cotado para disputar a eleição do Sinrural, mas não aceitou a indicação alegando decisão da família dele; Paulo Lira, presidente do Sindicato Rural de Açailândia (MA), que também chegou a ser cotado para concorrer à presidência do Sinrural, mas não aceitou, alegando o mesmo motivo, ou seja, família contrária à sua candidatura em Imperatriz; João Barbudo, candidato a vice-presidente na chapa “Vez e Voz”;  dona Odice Brige; e Valdir Joaquim de Oliveira – “Valdir Di Paula”.

Dona Marta Ventura chegou a Imperatriz em 1981 - E depois falou a pecuarista Marta Ventura, a primeira mulher candidata à presidência do Sindicato Rural de Imperatriz, na história do Sinrural.
Ela é gaúcha de Bagé, chegou a Imperatriz em 1981 como funcionária do extinto Getat-Grupo Executivo de Terras do Araguaia e Tocantins, e depois passou a ser funcionária do Incra, com a extinção do GETAT. É formada em administração, e tem muito trabalho social realizado em Imperatriz.
O marido de dona Marta, o coronel Ventura, que morreu em novembro de 2021, presidiu o Sindicato Rural de Imperatriz por três mandados consecutivos.
Em seu discurso, Marta Ventura disse que a principal meta como presidente do Sinrural “é combater a invasão de terra, além de fortalecer o pequeno produtor rural e as mulheres no agronegócio”.
Em entrevista ao Conexão Rural, ressaltaram a importância da candidatura de dona Marta Ventura à presidência do Sinrural, os pecuaristas Walber Maia, pecuarista, Frederico Milhomem, a juíza e pecuarista Maria das Graças Carvalho de Souza, Carlos Marques, ex-presidente do Sinrural; Gilvan Barros, empresário, pecuarista e ex-deputado federal; Eric Costa, deputado estadual (PSD-MA), e o pecuarista José Alfredo – “Marcelo”.
A eleição para a presidência do Sindicato Rural de Imperatriz ocorrerá dia 23 de outubro deste ano e o mandado é de dois anos.
A festa de confraternização foi animada pelo músico Miltinho dos Teclados.

 

Espaço para o outro candidato

Na ampla matéria divulgada no You Tube, no “Momento Agro”, que apresento dentro do programa “O Povo é quem Manda” Rede TV – canal 4.1 de Imperatriz, de segunda a sexta-feira a partir das 12h, e no programa Conexão Rural do próximo fim de semana, quando será apresentada uma matéria compactada da festa de confraternização da chapa “Vez e Voz”, oferecemos espaço para o candidato da outra chapa à presidência do Sindural, Glen Maia, também falar sobre suas propostas.
Enviamos mensagens às 10h17 de domingo para o pecuarista Glen Maia, mas até o fechamento desta coluna ele não havia lido as referidas mensagens. O espaço está aberto.

 

Hydro e Embrapa desenvolvem técnica para aumentar
a fertilidade do solo no interior do Pará

Alinhado ao objetivo de criar sociedades mais viáveis, desenvolvendo os recursos naturais em produtos e soluções de maneira inovadora e eficiente, a Hydro firmou parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para aplicação de uma técnica inovadora no reflorestamento das áreas da Hydro Paragominas, localizada no interior do Pará. Ao todo, oito atividades de pesquisa estão em desenvolvimento a partir desta parceria, entre elas o de produção de inoculantes contendo bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico. A fixação biológica do nitrogênio (FBN) utiliza o gás (N2) presente na atmosfera em formas que podem ser utilizadas pelas plantas. Na natureza, o processo é realizado por alguns grupos de microrganismos e constitui a principal via de incorporação do nitrogênio à biosfera e, depois da fotossíntese, é o processo biológico mais importante para as plantas e fundamental para a vida na Terra.
A principal contribuição desta biotecnologia para a sustentabilidade dos sistemas florestais é a redução/substituição da adubação mineral, que em alta quantidade e sem o manejo adequado, além de custos, pode se tornar nociva ao meio ambiente. A nova metodologia tem outros pontos positivos, como o desenvolvimento mais acelerado e contínuo das mudas, a produção de mudas mais saudáveis e a diminuição da taxa de mortalidade das mudas produzidas. É uma tecnologia que pode dar importante suporte nos esforços de recuperação de áreas degradadas.
Vantagem - “A vantagem da inoculação nessa fase é que quando as primeiras raízes da semente aparecem, a bactéria já está lá para se associar àquele exemplar florestal em formação. Diferentemente de quando a muda já está produzida, em que as relações já estão estabelecidas com o sistema radicular, a inoculação na fase de semente tende a potencializar essa associação e o sucesso do processo”, explica Jonilton Paschoal, gerente de meio ambiente da Hydro, em Paragominas.
Na técnica, as bactérias transformam o nitrogênio do ar, nutriente essencial ao desenvolvimento das plantas, para uma forma assimilável para as mudas. A Hydro Paragominas, com base em seu conhecimento de reabilitação com plantio de mudas florestais, em conjunto com a Embrapa – Agrobiologia, seleciona as espécies mais promissoras para se associar às bactérias que assimilam o nitrogênio. A Embrapa produz os inoculantes específicos para cada espécie florestal selecionada e a Hydro produz as mudas, após a inoculação das bactérias nas sementes.
“É uma grande oportunidade e desafio para o desenvolvimento científico e tecnológico para a nossa pesquisa e ao mesmo tempo auxiliamos a empresa no desenvolvimento de uma tecnologia sustentável na restauração ambiental das áreas impactadas. Além das bactérias, os fungos captam a água e outros nutrientes e passam para as plantas, em troca a planta fornece açúcares para os fungos e para as bactérias. É uma associação que chamamos de simbiose”, relata Sérgio Miana de Faria, coordenador do projeto e pesquisador da Embrapa.
14 espécies florestais- As pesquisas abrangem 14 espécies florestais, todas da família das leguminosas (família de plantas à qual pertencem a soja, o feijão, a ervilha, entre outras). A expectativa é produzir mais de 50 espécies florestais nativas da Amazônia, constantes na lista utilizada pela Hydro Paragominas para a reabilitação de áreas mineradas, podendo chegar a 50 mil unidades/ano de mudas produzidas utilizando a biotecnologia.
“Somos uma das primeiras mineradoras a utilizar inoculantes e a primeira a produzir mudas com inoculantes específicos para espécies florestais do bioma amazônico, em parceria com a Embrapa, que tem trabalhos em sua maioria para espécies agrícolas e de outros biomas brasileiros”, destaca Jonilton Paschoal.
Os estudos devem durar até 2026. O projeto é importante também para auxiliar na recuperação da vegetação da região da mina de bauxita mantida pela empresa em Paragominas, no Pará. Mais de 2.905 hectares do bioma amazônico já foram reflorestados desde o início de suas operações. Só em 2022, a empresa atuou na reabilitação de cerca de 259 hectares, um crescimento de 55% em relação ao ano anterior.
A companhia utiliza três metodologias para restauração florestal: nucleação, regeneração natural e plantio tradicional. Em 2022, a Hydro Paragominas plantou 75.449 mudas de 131 espécies de 39 famílias adaptáveis à realidade da região, a exemplo do ipê amarelo, maçaranduba, jatobá, copaíba, ingá-de-macaco, sucuuba, paricá, fava bolota, entre outras. As espécies usadas na recuperação das áreas da Hydro Paragominas são referenciadas no inventário feito antes da extração do minério, com aproximadamente 160 espécies adaptáveis à realidade da região.
Processo natural - Segundo a Embrapa, a fixação biológica de nitrogênio (FBN) é um processo natural que ocorre em associações de plantas com bactérias. Seu principal produto, o nitrogênio, é um nutriente essencial para o crescimento e o desenvolvimento vegetal. O nutriente é capturado do ar e fixado pelas bactérias encontradas em muitos tipos de solos. A atuação da Embrapa Agrobiologia em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação é fundamentada na aplicação de processos agrobiológicos que visam a reduzir o impacto da atividade agrícola sobre o meio ambiente. Atualmente, o objetivo é estender a alta eficiência da FBN que é obtida em cultivo de soja para outras leguminosas de grãos, como feijão comum e feijão-caupi, assim como para cana-de-açúcar e milho, culturas de grande importância socioeconômica. (Renata Grieco - Consultora de Comunicação Sênior - In Press Porter Novelli – RJ).
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