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16/09/2023 às 00h00min - Atualizada em 16/09/2023 às 00h00min

Meus Rabiscos

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)


 

MOMENTANEAMENTE: DO LUXO À IRONIA

Mirando-se diante de um paradigma (“”) de que hoje, se pressentiria, como ousadia, em falar duma ocorrência de fluxo sociável da região tocantina e de que o modelo e forma organizacional se dispuseram na faixa etária e do tempo ao sucedido.

Como sujeito dessa ação vamos dissertar sobre os clubes sociais da cidade [Juçara Clube e C. R. Tocantins], quando esnobavam do luxo a ironia.

Esse sentimento nostálgico que se faz recordar o passado, evidentemente, talvez, seja interessante, para quem não participou e/ou vivenciou desses momentos agradabilíssimos e de suas adversidades.

Vamos lá,
Com a dilatação do tempo e a contração do espaço...Juçara Clube, fundado em 1971; Clube R. Tocantins, erigido em 1963; o primeiro era uma paixão pertinente da sociedade considerada elitizada; desde o local, ficou constitucionalizado como “bairro juçara,” pela sua relevante importância.

O Clube Tocantins, instalado na rua Godofredo Viana com Hermes da Fonseca, onde realizava suas festanças programadas e todos aos domingos uma “tertúlia” dançante, das 18hs00 às 22hs00, para o júbilo dos adeptos em estado de satisfação lúdicas.

Tudo “In memoriam” – somente lembranças -, desde o conjunto, “Bossa Show”, de seu saudoso maestro Raimundo da Girica, com seu [sax], quando soprava em ritmo de bolero... uma de seu repertório...” mulher nova, bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor” e, tantos outros: dois pra lá e dois pra cá, inesquecíveis.

Como bem diz aquele velho refrão: “Passado, teu nome é saudade”.

Ainda, permanente, um indez, daquele relembrável conjunto musical, o tocador, Genuíno Candido Lucena (Genú), está, ainda, vivo, para contar a história daqueles belos momentos de entretenimentos dos meados de 1963.

Com aparição e chegada imitante de uma arribação de seres vivos migrando para cultivar sua semente de negócios neste torrão do Sudoeste do Maranhão... tendo como chamarisco à abertura da estrada [Belém-Brasília); foi uma convulsão de naturalidade, vindo de todo os quadrantes, desse imenso Brasil...

Com isso, a sede do Clube R. Tocantins, ficou imprensado diante de edificações de novas estruturas residências e, seu espaço físico ficou obsoleto para esse tipo de atividade recreativa.

Diante dessa situação, o quadro associativo proprietário, optou por vender e comprar uma gleba de terra no povoado Bananal, para edificar sua sede campestre e encaixar todas suas atividades sociais para aquele novo ambiente associativo.

Quando empregamos o termo invocação, do... Luxo a Ironia:

Ao estabelecer-se com sua sede construída na zona rural no município de Imperatriz, hoje, Governador Edson Lobão; a diretoria com o aval unanime da sociedade, conchavaram, salvo engano, em 1983, a contratação do Rei Roberto Carlos, para se apresentar com o Show, exclusivo, para um número determinado de participantes; não recordamos o mês e dia da apresentação.

Mas, aconteceu...
Certo, que o Clube Recreativo Tocantins, à época, era administrado pelo empresário “Roberto Gelo Bom” e sua dileta diretoria; para a sociedade, era um (luxo) e sofisticado para a cidade de Imperatriz, para com o quadro associativo e convidados, à presença do Rei Roberto Carlos, para àquela nova casa de espetáculo.

Foi um evento que ficou para a posteridade sua apresentação pelo refinamento de sua exibição.

Já o Juçara Clube, ergueu-se com um valioso patrimônio numa quadra de 100x100; construíram um ginásio de esporte, parque aquático, campo de futebol master, sede social; tudo isso na gestão do empresário Pedro Américo Sales Gomes, embora, sabendo, que seu primeiro presidente foi o Dr. Agostinho Noleto, isso, pelos idos de 1971.

Seria de bom alvitre, discernir que todo o patrimônio construído no Juçara Clube, foi com recursos próprios, sem usar meios creditícios via haveres bancários...fontes/financeiras: shows e grupos: (os trapalhões) fiel da balança, e tantos outros.

Na inauguração do Salão de Festa do Juçara, o cantor contratado foi Moacir Franco, era a coqueluche nacional, naquele momento; chegou, clube cheio, soltou seu vozeirão cantando a música.... “Sua ilusão entra em campo no estádio vazio” ...em homenagem ao jogador [Mané Garrincha] ...

A ironia, seria dizer: que em tempos antecedentes, prometeu algo que na realidade não viesse acontecer...tornar-se-ia pura jocosidade!

Mas, não, afora os projetos sociais colocados em pautas e executados sem danificar ou nodoar a imagem dos progenitores dessas ações consolidadas para a história de uma sociedade que soube distinguir o seu próprio bem-estar, no pretérito e, o compartilhamento coletivo.

A miragem de futuro, ver-se muito comprometedor, ao menos na retórica - de então - em não conceber à distância de que vive o “bem-comum” de todas as anuências da realidade correspondente a tudo que aconteceu...ou seja, até, com o fechamento de clubes sociais.

O JC, por desmando administrativo, foi leiloado seu patrimônio oriundo de uma “causa trabalhista” de valor mínimo e irrisório por abandono da causa em questão, na época...pura futilidade de gestão.

Vamos aos momentos que o Clube Juçara e o C.R. Tocantins, provocaram risos graciosos e admirações...

Como interpretar é difícil....no Juçara... Show(evento)...não era festa dançante... o cantor Moacir Franco, quando entoava sua música tributo ao ídolo (Mané Garricha) balada nº 7, driblando as emoções...

Um casal; verdadeiros pés-de-chumbo, vai ao salão dançar... em dado momento o artista paira de cantar.... e pede para a plateia, uma salva de palma, para os únicos “dançarinos” do show.

Mas, deu seu (rolê) de atenção!!! Embora, com a indiscrição involuntária...verdadeira “gafe” social.

Esticando até o C. R. Tocantins, festa do ano... com o Rei Roberto Carlos, bombou no Maranhão inteiro. Sucesso, aplausos, gritos, desmaios, uma loucura com uma locução, só... (Rei, Rei, Rei) ...

Hipoteticamente, comentaram!....
O Show acabou!...  um locutor, pergunta para o Rei Roberto Carlos, o que Ele achou de sua apresentação em solo imperatrizense... educadamente, respondeu:

Muito satisfeito em ter cantado pela primeira vez num ambiente de zona rural da cidade Imperatriz; para uma audiência de menos de 1000 pessoas; mas, sentiu o apreço do público e, o cheiro da relva do ambiente recreativo”.  

                                    Vamos continuar viajando....
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