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31/10/2020 às 00h00min - Atualizada em 31/10/2020 às 00h00min

PROFESSOR EMÉRITO

FERNANDO BELFORT

FERNANDO BELFORT

Doutor FERNANDO José da Cunha BELFORT é Desembargador aposentado do TRT 16ªR, ...

 
Meus amigos. Professor emérito é um título conferido por uma entidade de ensino a seus professoresaposentados, que atingiram alto grau de projeção no exercício de sua atividade acadêmica.

É concedido de forma rigorosa, àqueles profissionais que se destacaram em sua área de atuação, pela relevância e/ou magnitude de sua produção e atividade científica, desfrutando de grande reconhecimento pela comunidade acadêmica.

A Universidade Federal do Maranhão realizará, hoje, dia 30 as 19:00 horas, de forma virtual a solenidade de entrega do título de Professor Emérito, dado a professores que tiveram relevância na universidade ao longo da sua carreira. Neste ano, serão agraciados dez docentes das mais diversas áreas do conhecimento e que têm prestado serviços de grande relevância em prol do desenvolvimento da ciência e da educação brasileira.              
        
Os professores que serão homenageados com o honroso título são os seguintes: Antônio Carlos Leal de Castro, Antônio Cordeiro Feitosa, Aymoré de Castro Alvim, Carlos Celso Gomes Nunes, Ceres Costa Fernandes, Fernando José Cunha Belfort, Haroldo Silva e Souza, José Batista de Oliveira, Manoel Rubim da Silva e Zenir de Jesus Lins Pontes.

Recolho do Professor Evaristo de Moraes Filho a seguinte passagem: “O homem é testemunha em sua vida de mil acontecimentos diversos; mas antes que eles aconteçam, ninguém poderá predizê-los. São estas as últimas palavras com as quais o coro encerra o drama do infeliz Ajax, contado por Sófocles. O herói da tragédia grega é sempre um grande inocente, perdido na vida, mergulhado na Necessidade, joguete dos deuses, não sabendo bem aonde lhe pode conduzir a sua ação. Age, luta, esforça-se, trabalha, pensa estar caminhando na direção certa, mas, em verdade, o que terá de acontecer já está escrito, e nada o desviará do seu destino. Muitas vezes, julgando fugir do seu destino, vai ao encontro dele, como no Édipo rei, do mesmo Sófocles. Apolo proibira a Laio a criação de filhos, sob pena de morrer nas mãos do primeiro que lhe nascesse. Para evitar o cumprimento do oráculo, desfaz-se de Édipo, seu primogênito, mandando lançá-lo bem longe do palácio, em terras estranhas. Muitos anos mais tarde, homem feito, dirige-se Édipo a Delfos, curioso de saber a sua verdadeira origem, já que lhe haviam dito que não era filho de Pólibo, rei de Corinto, cuja esposa, Periboia, o adotara. No caminho, numa encruzilhada, atrita-se com um velho, que também demandava a Delfos, e acaba por matá-lo. Ambos não se conheciam e do episódio não houve testemunha, mas a profecia do oráculo realizara-se naquele momento: Édipo matara Laio, seu pai verdadeiro”.

Ser professor é muito mais que exercer uma profissão, dar aulas, aplicar e corrigir provas. Ser professor é uma profissão que exige muito esforço, preparo, conhecimento, pesquisa, tempo e dedicação, mais ainda, que requer compromisso e comprometimento.

Ser professor é manter-se, apesar das dificuldades, apaixonado por sua profissão, pelo seu trabalho.

Não há educação sem a devida valorização dos professores. Que cada professor ensine a sua disciplina, e bem, mas que não esqueça a realidade do seu país, como se vivesse numa torre de marfim. Não é pedir nem aconselhar pregação dentro da sala de aula, transformando a universidade em praça de comício.
A universidade faz parte da própria realidade social brasileira, com os seus dramas e os seus problemas. Já nos fins do século passado, escrevia Émile Durkheim, de reconhecida escola conservadora: "As minhas pesquisas não mereceriam uma hora de trabalho se não devessem ter senão um interesse especulativo".

Parabéns aos agraciados. Até a próxima.
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