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25/12/2021 às 00h00min - Atualizada em 25/12/2021 às 00h00min

FATO...

A SÍNDROME DO DEBOCHE...

BANDEIRA NETO

BANDEIRA NETO

Nelson BANDEIRA NETO é cronista e funcionário do SESI-Serviço Social da Indústria, ex-vereador por Imperatriz (MA)

 
Imperatriz, pelos idos de 1950, ainda, sendo habitada por pessoas vindas de outras plagas, em cima de jegues e pau-de-arara de suas cidades de origens, até aqui.

Os mais chegados foram cearenses, piauienses e de cidades maranhenses mesmo – por estradas vicinais.

Uma cidade considerada pelos aventureiros como próspera e banhada pelo caudaloso Rio Tocantins, muito piscoso e servindo de meio de transporte para outros municípios e povoados.

Tráfego fluvial carregando os congêneres de primeira necessidade vindos dos Estados de Goiás e do Pará, para abastecimento de seus munícipes.

Contextualizando e inserindo este preâmbulo para nortear o tempo, época, modos, hábitos e costumes.

Certo!... Isto em pleno mês de dezembro (reminiscente).

Na rua Cel. Manoel Bandeira residiu um cearense, vindo de Araripe, e montou um comércio de seco e molhado como atividade comercial.

Era uma pessoa desculturada, mas inteligente e de impulso aguçado diante de suas transações de negócios e de outros, e com a própria família.

Os abates de animais, como bois, porcos e bodes, eram feitos na “moita”, ou seja, abatedouros clandestinos.

Hoje, talvez, seja coisa do passado, nas grandes cidades; mas, em certos povoamentos, ainda existem.

Então aquela “cabeça chata” disse pra sua esposa que queria comer naquele dia uma cabeça de porco... Substituindo na ceia o chester ou peru.

Ao amanhecer foi numa venda nesse tipo comestível e comprou uma cabeça de suíno e entregando para sua mulher fazer.

A prendada esposa passou a limpar aquela peça do gruim, para depois prepará-lo de acordo seu desejo e satisfazer a ansiedade de degustar.

Como o consorte era uma pessoa muito intolerante com seus consumidores e, dantes da esposa mostrar para ele a cabeça pronta para cozinhar...

Já tinha chamado à atenção de uma pessoa que foi comprar uns ovos na sua “quitanda”. Por hábito, a freguesa sacode os ovos pra ver se estavam bons...

Foi quando o “cabeçudo” tomou os ovos e entregou para a compradora um “maracá”. Pasmem! Dizendo: você quer é um brinquedo para vadiar com as crianças.

Ainda aborrecido com certos fregueses, foi quando a sua companheira apresentou a ELE a cabeça do porco, toda limpinha...

Aí, perguntou:

O que eu faço com ela? (cabeça)...

A resposta foi tiro-e-queda:

“Coloque-a no chiqueiro e dê coinho pra ela engordar mais”...

Por sinal... Muito educado!

Mas como diz o velho provérbio chinês:

“É do mal-educado que se aprende a boa educação”.

O êxodo de uma região para outra...

... Nessa época não tinha ainda a emigração de mineiros, baianos, capixabas, gaúchos, paulistas goianos e demais estados brasileiros.

Só veio acontecer depois da abertura da estrada Belém-Brasilia, em 1959, quando Bernardo Sayão cravou seu nome para a história.

Como também a Transamazônica em 1972, interligando várias cidades, com uma extensão de 4.260 km...

Este foi o reconto da linha do tempo.

A humildade é a parte mais bela da sabedoria.

(...) Natal não são as luzes lá fora, mas a luz que brilha em seu coração.

 Feliz Natal!
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