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14/06/2021 às 18h05min - Atualizada em 14/06/2021 às 18h05min

Deputado apresenta Ação Civil pública pedindo revacinação de idosos que receberam CoronaVac

Assecom
Yglésio acredita que a CoronaVac tem baixa imunização e pode estar diretamente ligada aos casos de internação e óbitos de idosos - Foto: Divulgação
  
Com o crescente número de relatos de internação e óbitos de idosos acima de 70 anos, mesmo imunizados com a CoronaVac, o deputado estadual Yglésio Moyses (PROS) iniciou uma movimentação local para a revacinação desse público. Isso está sendo feito por meio de uma Ação Civil Pública junto à Procuradoria Geral do Ministério Público, Defensoria Pública do Estado do Maranhão e Defensoria Pública da União no Maranhão.

Segundo o parlamentar, além dos casos concretos, a ação é sustentada, principalmente, por um estudo realizado recentemente pela VEBRA COVID-19 (Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19), financiado pela OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), revelando que a CoronaVac apresentou uma eficácia média de 48,9% em idosos acima de 70 anos e de 28% em pessoas com 80 anos ou mais, bem abaixo da média aceita pela OMS – Organização Mundial da Saúde, que é de 50%.

A ação afirma que a baixa imunização da CoronaVac pode estar diretamente ligada aos casos de internação e óbitos de idosos. Com isso, o público passa a necessitar de reforço, a exemplo da aplicação de uma terceira dose com uma vacina cuja eficácia seja superior à da CoronaVac em idosos, como também sustenta a ação do parlamentar.

Países que adotaram a CoronaVac para vacinação em massa enfrentam os problemas da baixa imunização. O Uruguai, mesmo possuindo cerca de 60% da população imunizada com a vacina, tem uma média de 16 mortes por milhão, o que é altíssimo, além da lotação dos leitos exclusivos para a covid-19. No Brasil, essa média cai para 9 óbitos por milhão.

Além dos idosos, a ação movida pelo parlamentar pede que os órgãos requeiram também a aplicação de uma terceira dose nos profissionais da saúde com mais de 60 anos e em pessoas com comorbidades, com uma vacina mais eficaz do que a CoronaVac.

A Defensoria Pública, em resposta à solicitação do parlamentar, solicitou à Secretaria Estadual da Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde de São Luís dados sobre o número de idosos que foram internados em UTIs e que vieram a óbito mesmo após serem imunizados com a CoronaVac. Os dados solicitados devem contribuir para analisar o pedido do parlamentar e para a tomada de decisões posteriores.

Vacina tem eficácia atestada,diz secretário

Em entrevista ao programa Ponto Final, da Mirante AM, na semana passada, o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, comentou sobre a aplicação de uma terceira dose da CoronaVac. Ele reforçou que, por ora, a vacina tem eficácia e segurança atestadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e pede cautela ao se falar em revacinação.

“Precisamos ter muita cautela e calma para debater esses temas, para não assustar a população. Todas as vacinas dão algum grau de proteção, só que ninguém sabe que grau de proteção é esse. Na verdade nós estamos na fase 4, que é a testagem em massa da população. É verdade que já se fala em uma terceira dose da Coronavac, mas isso está sendo debatido no âmbito do Ministério da Saúde e com toda cautela possível. Há estudos que apontam uma possível diminuição dessa vacina na população idosa, mas não precisamos entrar em desespero. Todas tem eficácia assegurada pela Anvisa”, destacou o secretário Carlos Lula.

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