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01/09/2020 às 00h00min - Atualizada em 01/09/2020 às 00h00min

Tragédia em Imperatriz: homem mata ex-mulher e ex-cunhada e se suicida no bairro Novo Horizonte

Alan Patrick não se conformava com a separação, tentou reatar, mas Gleyciane da Mota Bandeira não quis e o caso acabou em tragédia

Dema de Oliveira
Gleyciane e Dayane da Mota Bandeira foram assassinadas - Foto: Divulgação/Whatsapp
O trágico acontecimento aconteceu neste domingo (30), por volta das 10h, na Rua H, bairro Novo Horizonte, em Imperatriz. O homem identificado por Alan Patrick, inconformado com a separação matou a ex-esposa, Gleyciane da Mota Bandeira, e a ex-cunhada, Dayane da Mota Bandeira. Depois cometeu suicídio.

Segundo informações da delegada Silvianny Tenório, titular da Delegacia Especial de Amparo a Mulher (DEAM), Gleyciane da Mota Bandeira, ex-esposa de Alan Patrick, tinha uma medida protetiva, depois de ter recebido várias ameaças. Em uma delas, Alan Patrick mandou uma foto para ela, mostrando uma arma de fogo, dizendo que era para matá-la, caso não reatasse com ele. Porém, Gleyciane pediu a revogação da medida protetiva, por meio de um defensor público, e o processo foi extinto.

Gleyciane da Mota Bandeira e a irmã foram assassinadas dentro da casa dela, na Rua H, bairro Novo Horizonte.

Segundo o que já foi apurado, Alan Patrick, com a desculpa de ir buscar a filha do casal, foi até a casa de Gleyciane e quando entrou na residência, matou as duas irmãs e em seguida cometeu suicídio.

O delegado Praxisteles Martins, titular da Delegacia Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que investiga o duplo crime, confirmou que Alan Patrick sempre ameaçava a ex-mulher, Gleyciane da Mota Bandeira. “O autor do fato já vinha ameaçando a vítima há alguns meses e ontem , cumpriu o que havia prometido”, disse a O PROGRESSO.

Sepultados

Os corpos das duas irmãs foram trasladados para o Povoado Passagem Boa, na zona rural do município de Lajeado Novo, a 145 km de Imperatriz, onde foram sepultados na manhã desta segunda-feira (31). Quanto ao corpo de Alan Patrick, foi sepultado em um dos cemitérios de Imperatriz.
 
Nota da Patrulha Maria da Penha

“Tivemos agora a pouco a informação de dois feminicídios e um suicídio (do autor) no bairro Santa Rita, em virtude da não aceitação de uma separação do casal. Fato esse lastimável, uma das vítimas, que já foi casada com o acusado, pediu uma medida protetiva neste ano, porém no dia 27/05/2020 solicitou a revogação por meio da defensoria pública, fato esse que corroborou para a extinção do processo em 26/06/2020.
Nós da patrulha Maria da Penha, que fiscalizamos o cumprimento dessas medidas protetivas, nunca recebemos a solicitação do acompanhamento desta em específico. Sugerimos a todas as mulheres que possuem medida protetiva que não solicitem a revogação da referida, pois o seu descumprimento, além de crime autônomo (lei 11.340/06), pode gerar uma prisão preventiva do acusado, sendo, portanto, uma ajuda estatal eficaz para as mulheres vítimas de violência doméstica.
A PMP (Patrulha Maria da Penha) está diuturnamente fiscalizando essas medidas, promovendo a sensação de segurança para essas mulheres, protegendo Marias desses abusos patriarcais construídos ao longo do tempo. A Patrulha Maria da Penha se solidariza com amigos e familiares e lamenta o ocorrido.”

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