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14/06/2024 às 17h01min - Atualizada em 14/06/2024 às 17h15min

Projeto de extensão ensina a prática de modelagem em impressão 3D para meninas

O objetivo é propor o uso da modelagem e impressão 3D no ensino das ciências, mostrando a aplicabilidade dos conceitos aprendidos dentro das salas de aula

Mari Marconccine - Ascom UEMASUL
A experimentação, quando aberta às possibilidades de erro e acerto, mantém o estudante comprometido com a aprendizagem, além de estimular a criatividade - Foto: Equipe do projeto 
 
Açailândia - O movimento maker se caracteriza pela ação direta do aluno na construção de soluções criativas para problemas multidisciplinares por meio da manipulação de objetos reais. Ele surge como uma nova abordagem capaz de desenvolver alguns elementos, na qual estudantes participam ativamente e tornam-se também responsáveis pelo processo de aprendizagem. 

O projeto de extensão “De mulher para menina – ensino de modelagem e impressão 3D para meninas do ensino médio da rede pública de Açailândia – MA como forma de fortalecer o ecossistema de inovação local”, foi aprovado pelo Programa Institucional de Bolsa de Extensão (PIBEXT), e é desenvolvido pelo curso de Engenharia Civil, do Centro de Ciências Humanas, Sociais, Tecnológicas e Letras (CCHSTL), campus Açailândia.

O projeto é orientado pela diretora do curso de Engenharia Civil, professora Jéssica Almeida dos Santos. Participam das atividades, a acadêmica bolsista Andréia de Sousa, e as acadêmicas voluntárias Evelyn Costa Leite, Hayla Vitória da Silva Bandeira, Luciana Castro dos Santos, Maria Ariane da Silva Santos e Maria Helena Rosa de Moura.

As atividades envolvem experimentos em laboratório, modelagem, prototipação, impressão 3D, entre outras. Dentro desse universo, destaca-se a impressão 3D, nome dado a uma série de técnicas que reproduzem objetos em três dimensões. Também chamado de prototipagem rápida, o processo permite a impressão de modelos por meio da fabricação aditiva. O objetivo do projeto é propor o uso da modelagem e impressão 3D no ensino das ciências, mostrando a aplicabilidade dos conceitos aprendidos dentro das salas de aula, oferecendo as ferramentas necessárias às alunas para que construam seus próprios conhecimentos, por meio de oficinas.

A bolsista Andréia de Sousa, que está no quarto período do curso, falou sobre a importância da participação no projeto para a sua vida acadêmica e profissional ” Eu era muito tímida e ser bolsista do PIBEXT está me ajudando a desenvolver essa minha timidez. Estou perdendo também o medo de falar e fazer apresentações em público, e como as atividades do projeto são voltadas para as meninas do ensino médio, está ajudando bastante. Com relação à minha vida profissional, eu acredito que vai me ajudar muito, porque por meio do projeto, estou tendo muitas responsabilidades e informações que eu tenho certeza que vou levar para o meu futuro”.

O projeto têm as parcerias do museu Maker do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), campus Imperatriz e do laboratório de prototipagem e fábrica de inovação do IFMA, campus Açailândia e está sendo desenvolvido em três escolas: Centro de Ensino Joviana Silva Farias (Açailândia), Centro de Ensino Darcy Ribeiro (Pequiá de baixo) e Centro de Ensino Dom Marcelino Bícego (assentamento Califórnia), contemplando as áreas tecnológica, educacional e social. A disponibilização de espaços de fabricação digital propicia o ambiente ideal para a construção do conhecimento de forma criativa e colaborativa, independentemente da perspectiva teórica educacional adotada. 

“O alto índice de presença nas escolas não garante que a promoção do conhecimento seja de fato efetiva, nem que os alunos estejam motivados. Isso faz com que projetos como esse, que auxiliam essas escolas na motivação e permanência de seus alunos, tragam resultados expressivos para a comunidade local”, pontuou a professora Jéssica, que ainda explicou que o projeto está desenvolvido especificamente para as meninas para integrar, motivar e proporcionar mais espaços na área de tecnologias para mulheres.

Do ponto de vista pedagógico, a experimentação, quando aberta às possibilidades de erros e acertos, mantém o estudante comprometido com a aprendizagem, além de estimular sua criatividade. Ela auxilia o aluno na busca de diferentes estratégias para resolução de um problema, do qual ele toma parte diretamente, inclusive do processo de produção. As possibilidades ofertadas pela modelagem e impressão 3D proporcionam aos estudantes e professores as condições ideais para a experimentação, disponibilizando ferramentas, manuais e acesso à informação, de forma mais colaborativa e menos formal do que se encontra em experimentos científicos tradicionais, despertando o interesse de diversas formas. 

“Por meio de experimentos, baseados em acertos e erros (indução e dedução) é possível produzir diferentes objetos, que podem auxiliar na discussão de diversos assuntos relacionados ao ensino de ciências. Por exemplo, podemos utilizar uma impressora 3D para produzir uma réplica de diferentes ossos do corpo humano, assim cada aluna pode confeccionar o seu próprio esqueleto. Além da biologia, é possível relacionar diversos conteúdos como a proporção matemática, o custo econômico do material, e o tempo gasto para produzir um objeto. Temas que são muito importantes nas formações científica e social dos estudantes”, explicou a professora.

Extensão
O desenvolvimento de políticas de extensão universitária é um instrumento indispensável ao funcionamento e dinamismo das instituições de ensino superior. Por meio dos projetos de extensão se disseminam conhecimentos científicos, artístico-culturais e tecnológicos, promovendo a aproximação e a troca entre universidade e comunidades locais e regionais. Além disso, as ações extensionistas promovem a formação técnica/profissional dos alunos e contribuem para o desenvolvimento da região Tocantina do Maranhão. 

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