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28/05/2024 às 18h22min - Atualizada em 28/05/2024 às 18h30min

Estudantes tocantinenses disputam prêmio da Rede Global de Água, entidade sediada na Itália

Trabalhos passaram pela fase nacional e agora estão na disputa internacional

SEDUC / Governo do Tocantins
Paula Apinajé: desenhos retratam o potencial brasileiro da água doce - Foto: Divulgação / Seduc-Governo do Tocantins
 
Três estudantes da rede estadual do Tocantins ser destacaram na 5ª edição do Prêmio Jovem – A água que queremos, promovido pela Rede Global de Água Museus (Wamu-Net).

Esses estudantes já estão na fase internacional e concorrem com desenhos, que retratam o potencial brasileiro da água doce. São eles: Wesley Kelvy Andrade da Silva, 17 anos, da Escola Estadual Meira Matos, de Aparecida do Rio Negro; Paula Tamikakre Ribeiro Apinajé, 16 anos, da Escola Indígena Tekator, localizada na Aldeia Mariazinha, em Tocantinópolis, e Lucas Fidelis dos Santos, da Escola Estadual Ana Macedo Maia, de Porto Nacional.

Esses estudantes já passaram pela fase nacional, e os seus trabalhos estão na concorrência internacional. Eles contaram com a ajuda dos professores orientadores da escola e com o apoio do Museu de Águas da Universidade Federal do Tocantins (UFT).

O Museu de Águas da UFT selecionou seis trabalhos de cada categoria e faixa etária e estes, juntamente com trabalhos de estudantes de vários países, concorrerão a uma premiação no valor de 250 euros, certificados e menção honrosa.

O aluno Wesley falou de sua alegria com a repercussão do seu trabalho. “Eu queria mostrar como as fontes de água doce vêm sendo reduzidas a cada dia. E por meio do meu trabalho, foi possível mostrar que podemos mudar e reduzir a poluição. Enfatizamos a importância de preservar e honrar esses guardiões da água doce. Eu estou muito animado com a próxima fase”, frisou.

Professora Ellen Victória Linhares Martins, coordenadora de área de Ciências da Natureza e professora de Química, e Leny Rodrigues ajudaram o estudante Wesley. “Apresentamos o tema para os alunos. Wesley teve muito interesse e concluiu o seu trabalho em tempo hábil. Apresentamos o potencial da água doce, ressaltando a sustentabilidade e a biodiversidade brasileira. E quando percebemos o interesse do nosso aluno, conversamos muito sobre o concurso. Vimos os trabalhos das edições anteriores, mas deixamos o estudante livre para colocar a sua identidade no trabalho. Estamos muito felizes por ter um aluno selecionado para a etapa internacional do concurso”, explicou.

A diretora da Escola Meira Matos, Glaucia Gomes dos Santos, destacou o que representa para a unidade de ensino ter um aluno conquistando esse espaço. “Ter o estudante Wesley se destacando num concurso internacional representa um reconhecimento que ressalta a excelência do ensino ofertado, demonstrando o compromisso da instituição com a formação de cidadãos conscientes e engajados em questões ambientais. O sucesso do estudante não apenas inspira toda a comunidade escolar, também motiva outros alunos a se dedicarem aos estudos e a participarem ativamente de projetos e competições acadêmicas”, ressaltou a gestora escolar.

A professora Liliana Pena Naval, diretora do Museu de Águas Brasileiras da UFT, ajudou os professores e estudantes com a divulgação, orientação e ajuda na tradução da descrição dos trabalhos para o inglês. “As produções desses alunos já passaram pela etapa nacional, agora estão na fase internacional. Os desenhos dos nossos estudantes foram avaliados levando em consideração critérios como originalidade, criatividade na abordagem técnica da água, contribuição para a sustentabilidade, educação para o engajamento e apresentação visual e esteticamente atraentes”, frisou.

 

Inspiração da cultura indígena

A estudante Paula Tamikakre Apinajé registrou, no seu desenho, o conhecimento adquirido com o seu povo e agora está muito feliz com a divulgação da sua criação. “Estar concorrendo a um prêmio internacional é muito significativo para mim, para a escola e para o meu povo. A água é o bem mais importante para a vida e, se eu for premiada nesse concurso, será um grande passo para a minha comunidade”, afirmou. A estudante Paula contou com os professores orientadores Silivan Oliveira Apinajé e Josiel Carneiro Maranhão.

O professor Josiel, que leciona os componentes curriculares de Ciências, Biologia, Física e Química, falou do resultado. “Na escola já desenvolvemos um trabalho importante, que é a preservação do meio ambiente, principalmente, por estarmos inseridos numa comunidade indígena Apinajé. E ter esse trabalho realizado pela estudante Paula, tendo essa repercussão, representa alegria e satisfação para toda a equipe escolar”, enfatizou.

 

Concurso

A Rede Global de Museus da Água é uma organização sem fins lucrativos, com sede em Veneza, Itália, e tem a proposta de reconectar as pessoas à água e a todas as formas de recursos hídricos.

O concurso tem o objetivo de dar visibilidade para as atividades implementadas por museus da água em todo o Planeta.

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