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07/04/2024 às 10h45min - Atualizada em 07/04/2024 às 10h45min

Operação Paper OX investiga esquema de fraude em guias de trânsito animal

Primeira fase da operação já realizou 12 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Goiatuba, Catalão, Nova Aurora, Campo Alegre de Goiás e Davinópolis.

Ascom - SSP/GO
Foto: Divulgação/PCGO

   
A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) cumpriu na quarta-feira (03/04), 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiatuba, Catalão, Nova Aurora, Campo Alegre de Goiás e Davinópolis. As diligências fazem parte da primeira fase da Operação Paper Ox, que investiga a emissão fraudulenta de documentos através do Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) da Agrodefesa. O esquema investigado teria realizado a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA) relativas a movimentações fictícias de rebanhos no Estado de Goiás, entre outras fraudes documentais.

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, extratos bancários, documentos vinculados a movimentações de rebanhos, bem como de veículos avaliados em mais de R$ 650 mil. Além disso, uma servidora pública, investigada por integrar o grupo criminoso, foi afastada do cargo por determinação judicial.

O delegado Arthur Fleury, explicou que a operação se desenvolveu após a Agrodefesa entrar em contato com a Delegacia de Crimes Rurais informando sobre possíveis guias de trânsito de animais fraudulentas. “Essas vias são emitidas no intuito quando tem alguma movimentação de gado, vendas, e a delegacia começou a apurar e percebeu que estava havendo uma movimentação suspeita na senha de vários produtores rurais é que não tinham conhecimento dessa movimentação”, comentou o delegado.

“Assim, continuamos junto com a Agrodefesa com várias informações. Representamos ao Poder Judiciário 12 mandados de busca e apreensão. É a primeira fase essa investigação que a princípio, percebemos que se trata de fraude fiscal, podendo vir também gado de outro estado para fraudar ICMS. Com a investigação agora em andamento a segunda fase vai esclarecer mais suspeitos e quais a as reais motivações dos autores desses crimes”, finalizou.

A operação deflagrada configura apenas a primeira etapa de uma série de ações planejadas que ainda serão implementadas, a fim de identificar outros envolvidos e os principais beneficiários desse esquema fraudulento. Há registros de movimentações indevidas em 46 municípios de todas as regiões do Estado.

Os crimes apurados pela Operação Paper Ox correspondem à inserção de dados falsos no sistema, corrupção passiva e ativa e, inicialmente, associação criminosa, que no decorrer das investigações pode ser revertido como crime de organização criminosa. Além disso, as movimentações ilegais podem ter impactos em sonegação fiscal.


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