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03/04/2024 às 19h08min - Atualizada em 03/04/2024 às 19h30min

Arsenal é apreendido em operação que investiga comércio ilegal de armas de fogo em Araguaína

Venda ilegal de armas envolvia atiradores esportivos e boletins de ocorrência falsos, afirmou delegado

- DRR / PC
Ascom DRR em Araguaína
Arsenal foi apreendido pela Polícia Civil - Foto: PC / Divulgação
 
A Delegacia de Repressão a Roubos - DRR em Araguaína deflagrou na manhã de ontem (3) a Operação Clandestino com o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Os agentes apreenderam um verdadeiro arsenal e 14 pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento, quatro delas, com mandado de prisão preventiva foram presas. As outras oito, serão submetidas a análise da legalidade do material apreendido com elas.

- Se constatado que a procedência é ilegal serão autuadas em flagrante. Entretanto, o objeto principal é o comércio ilegal de arma de fogo, afirmou o delegado. Entre os investigados está um sargento da Polícia Militar, que seria dono de clubes de tiro, um empresário e um agente administrativo do sistema penal, cujos nomes não foram revelados.

O esquema de venda ilegal de armas com registro CAC (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador) investigado pela Polícia Civil funcionava através do registro de boletins de ocorrência falsos que simulavam o furto ou roubo dos artefatos. Depois de desviadas, essas armas supostamente seriam vendidas no mercado paralelo.

“A pessoa que tem o registro de arma de fogo legalmente vende sua arma de fogo no mercado paralelo e vai na Polícia Civil e registra falsamente o furto ou o roubo dessa arma. A operação se iniciou dessa forma”, contou o delegado Felipe Crivellaro.

Foram apreendidas armas com cerca de dez calibres diferentes. Segundo o delegado Felipe Crivellaro, que lidera a investigação, os investigados vendiam as armas devidamente registradas como CAC, de forma clandestina, e depois registravam boletim de ocorrência simulando o roubo ou furto da arma.

A investigação começou depois que um colecionador registrou o roubo de duas armas no caminho de um clube de tiro. O delegado Felipe Crivellaro afirmou que a situação do comércio ilegal é preocupante porque as armas acabam na mão de criminosos. “O destinatário final dessas armas acaba sendo a polícia durante um confronto armado. Essas armas e munições, uma vez colocadas no mercado paralelo, acabam chegando nas mãos de criminosos violentos que vão acabar confrontando com a polícia”.

Até o fechamento da Edição, a imprensa solicitou um posicionamento para a Polícia Militar e Secretaria de Cidadania e Justiça, responsável pelo sistema penal, mas não houve resposta.

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