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17/01/2024 às 18h07min - Atualizada em 20/01/2024 às 18h07min

Eleições 2024: Imperatriz rumo ao 2º Turno

De garimpeiro a cover de Roberto Carlos, já são 13 os pré-candidatos a prefeito de Imperatriz

Da Redação
Dr. Delvan Tavares, juiz eleitoral - Foto: O PROGRESSO
 
Faltando 111 dias para encerrar o prazo para o cadastramento eleitoral válido para as eleições de 2024, Imperatriz vive uma valorosa campanha em busca de atingir 200 mil eleitores e somar no time das 96 cidades que têm 2º Turno. No Maranhão, seria (fora São Luís) a 1ª, no Norte-Nordeste a 12ª cidade (sem as capitais). Para atingir a meta, faltam pouco mais de 9 mil eleitores. “Dá para chegar”, afirmou durante entrevista a O PROGRESSO, o juiz eleitoral e principal defensor da meta, doutor Delvan Tavares Oliveira.

Lembrando que o prazo final para fazer o título eleitoral é dia 8 de maio, Delvan Tavares destacou que a Justiça Eleitoral vem trabalhando em três frentes: a primeira delas é estar perto do cidadão, a exemplo do que foi realizado no começo dessa semana, quando foi montada no Residencial Sebastião Régis toda a estrutura para facilitar ao eleitor sua filiação. “Levamos para lá toda a estrutura de um Cartório Eleitoral, além, um carro de som nas ruas, informando e convidando a população a comparecer e fazer o título, a transferir o título. A resposta foi fantástica”. 
- Vamos continuar o trabalho em outras frentes e chegar a outras comunidades, destacou.

 

Jovens de 15 anos

Outra frente que vem sendo trabalhada é o alerta ao jovem de 15 anos. Quem vai completar 16 anos até o dia 6 de outubro, que é o dia da votação para prefeito e vereadores, já pode tirar agora o Título de Eleitor. Não precisa esperar completar 16 anos. E, finalmente, a transferência eleitoral. É de conhecimento público o grande número de pessoas residentes em Imperatriz que votam em outras cidades, seja por laços familiares ou por outras motivações. 
 

Convite

Doutor Delvan destacou que o progressivo crescimento de Imperatriz que se firmou como polo comercial e polo universitário, atraiu muitas empresas e trouxe para Imperatriz um grande número de pessoas de outros estados. Hoje, aqui residentes e muitos destes, ainda, com domicílio eleitoral fora, seria justo que essa grande quantidade de pessoas se juntasse aos nossos eleitores, participando ativamente do processo eleitoral e contribuindo também com suas reivindicações junto aos poderes. Por fim, doutor Delvan ressaltou que um 2º Turno nas eleições seria dar a Imperatriz o destaque, a importância eleitoral que ela já possui em outros setores.  
 

Hoje não é amanhã

É interessante notar que alguns dos que se intitulam pré-candidatos, não manifestam interesse na campanha pelo 200 mil votos, pelo 2º Turno. E por que? Porque pesquisas de cunho próprio (feitas para consumo interno) os apontam como favoritos e então, esses (pré-candidatos) acreditam que é melhor tudo ficar como está, no caso, sem 2º Turno, já que (assim pensam) venceriam de imediato. Pode ser que sim, pode ser que não.

É de Magalhães Pinto, histórico político mineiro (deputado, governador, ministro) a célebre frase:  “Política é como nuvem. Você olha, ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou’’. Ninguém garante que um pré-candidato que está bem hoje, estará amanhã. Exemplo de como o cenário eleitoral muda? Em 2004, Carlinhos Amorim então candidato pelo PSDB e com apoio do então deputado federal Sebastião Madeira empolgou a cidade. Faltando três semanas para o dia da votação, não havia (exceto dois de seus adversários) quem duvidasse de sua eleição. Deu no que, em política quando não tem defeito, o adversário bota. Foi o que ocorreu, extracampo (mas esse é assunto para um segundo turno da reportagem). Carlinhos terminou em terceiro (30,65 %), ultrapassado por Jomar Fernandes (31,89 %) e Ildon Marques (33,47 %), eleito para um segundo mandato.

 

Eliminar o mais do mesmo
A importância do 2º Turno

Enquanto nas eleições anteriores, 1996, Ildon Marques (PMDB) foi eleito com 44,32 % dos votos; em 2000, Jomar Fernandes (PT) com 43,15 %; em 2004, novamente Ildon Marques com 33,47 %; em 2008, Sebastião Madeira (PSDB), 50,89 % e 2012 (primeiro prefeito reeleito de nossa história) com exorbitantes 57,61 % (71.878) dos votos, foi em 2020 com a reeleição de Assis Ramos (DEM), 26,04 % e sua baixa vantagem para o segundo colocado, Marco Aurélio (PCdoB), 24,97 %, apenas 1.400 votos de diferença que surgiram os questionamentos por parte dos inconformados com a derrota. 

Ressalte-se que o fato de quase 74 % (aí incluídos 1,34 % de votos em brancos, 3,13 % de nulos e uma abstenção de 18,62 %) não terem votado em Assis Ramos não retira dele a legitimidade da representação que o cargo de prefeito implica. Ele pode não ser o prefeito de quem não votou nele, mas ele é o prefeito da cidade, do município.

Do resultado dessa eleição de 2020 para a busca em ter um 2º turno nas eleições de 2024, foi uma consequência natural. Hoje, como afirmou um velho observador da política local. “Significa a oportunidade de uma melhor análise” sobre os dois primeiros escolhidos, se for o caso. Isso é de extrema importância, afinal, em uma eleição com uma avalanche de candidatos como esta poderá ser.  

- De garimpeiro a cover de Roberto Carlos, são 13 os pré-candidatos. É como acentuou nosso analista: mais do mesmo. Nessas condições, o 2º turno representa uma purificação de candidatos, de propostas e de uma melhor escolha por parte do eleitor.

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