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05/12/2023 às 17h33min - Atualizada em 05/12/2023 às 17h45min

FIEMA integra comitiva da CNI na COP28 em Dubai

É a primeira vez que a indústria tem uma estrutura própria na Conferência do Clima

Imprensa FIEMA
Foito: Divulgação
 
SÃO LUÍS – A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) integra comitiva da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na COP28, o maior fórum de discussões sobre sustentabilidade e mudanças climáticas do mundo, neste ano realizada em Dubai, nos Emirados Árabes. Desta vez, a indústria brasileira promove discussões fundamentais, como transição energética, hidrogênio verde, mercado de carbono, inovação para o setor de energia, combustíveis sustentáveis, economia circular, bioeconomia para levar o setor rumo à economia de baixo carbono em um espaço próprio, na Área Azul, das Nações Unidas, onde acontecem as negociações entre os países. 

Único representante da FIEMA no evento, o presidente da entidade, Edilson Baldez das Neves, conta que até o dia 12 de dezembro, mais de 40 atividades estão programadas para o espaço.
“A frequência está sendo muito grande. Pessoas do mundo inteiro estão aqui, discutindo de que forma cada um pode contribuir para que se tente utilizar energia de baixo carbono. Como se sabe, essas energias hoje, que não são de baixo carbono, estão prejudicando a atmosfera, consequentemente, trazendo todo esse transtorno, essas mudanças no clima que estão afetando o dia a dia das pessoas no mundo inteiro”. 

De acordo com Baldez, as empresas brasileiras estão mostrando suas experiências e os caminhos que estão trilhando nessa transição para uma indústria considerada verde. “Nossas empresas no Brasil inteiro, estão se empenhando para descarbonizar seus processos. E a CNI está aqui instalada, com um estande na COP28, onde estamos apresentando, entre outros projetos, o Instituto Amazônia+21, que visa identificar as oportunidades locais para promover negócios sustentáveis e fortalecer critérios ESG (Ambiental, Social e Governança)”. 

Em relação ao Maranhão, o presidente da FIEMA ressaltou os diferenciais competitivos do Estado que podem contribuir para a construção de uma indústria limpa. “Nós já levamos uma vantagem grande no que se refere à energia eólica, principalmente offshore, e a energia solar, tendo em vista que elas dependem de sol e vento, e é o que temos praticamente o ano inteiro. Então, é um cenário que nós temos que trabalhar bastante, estamos discutindo aqui, e avançando na direção do hidrogênio verde. A base para fazer eletrólise é água doce e, no Maranhão, nós temos muita água doce, com quatro grandes rios. Então, eu acho que temos como avançar, com o comprometimento de todos - governo, empresas, sociedade - tem que haver essa coparticipação, porque estamos exatamente nessa fase de transição energética para a descarbonização do nosso processo para emissão de muito menos CO2, que é prejudicial ao planeta”, pontuou Baldez, destacando a preocupação mundial com a questão climática e lembrando que o Brasil, mesmo com uma base energética de 60% de energia limpa, continua empenhado em caminhar para melhorar esse índice. 

INDÚSTRIA NA COP28 – No sábado (2), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, inaugurou oficialmente, o estande da CNI na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na solenidade, que contou com a presença de ministros, governadores, senadores e deputados federais, Alban afirmou que este é o momento de mostrar que a indústria é parceira da sustentabilidade. 

Para o presidente da CNI, é importante que, com a retomada econômica após a pandemia de covid-19, o Brasil seja celeiro de iniciativas inovadoras em transição energética e descarbonização. Ainda segundo ele, a agenda verde abre uma janela de oportunidades para o Brasil e que o “país não pode perder essa oportunidade”. 

O Brasil larga na frente por ter uma matriz energética limpa e mais da metade do território coberto por florestas. Por isso, ao longo da COP28, a indústria brasileira se apresentará como potencial protagonista nos esforços globais rumo a uma economia de baixo carbono. “A indústria brasileira hoje é uma esperança de que [o Brasil] vai dar certo”, disse Ricardo Alban. 

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou a parceria da CNI com o governo federal no desenvolvimento do país. “O Brasil está equilibrando as suas contas, retomando o investimento público e voltando a gerar emprego e renda. É por isso que estamos muito focados na agenda do desenvolvimento, e a CNI tem sido uma grande parceira nessa construção, que é do diálogo institucional para prover cada vez mais investimento ao país”, apontou. 

Reforçando a fala de Silvio Costa Filho, o senador Jaques Wagner reforçou que “viver melhor significa adotar a sustentabilidade tripla: econômica, social e ambiental” e elogiou a iniciativa da CNI de ter um espaço próprio na COP28. 

Além do ministro de Portos e Aeroportos e do senador Jaques Wagner, participaram da solenidade o ministro da Casa Cil, Rui Costa; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o governador do Ceará, Elmano de Freitas; a senadora Augusta Brito; o senador Randolfe Rodrigues; a senadora Eliziane Gama; a deputada federal Benedita da Silvia e o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima. 

PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA É A MAIOR EM COPS  - Em participação recorde na COP28, com a presença de mais de 100 empresários, está é a primeira vez que a CNI tem um estande próprio na “Área Azul”, gerenciada pela ONU, onde ocorrem as negociações. No espaço, a confederação vem exibindo o trabalho que o setor faz há décadas para se tornar cada vez mais sustentável. 

A estrutura conta com duas plantas industriais: uma para explicar como se produz o hidrogênio verde, no qual o Brasil é uma potência em ascensão; e outra para demonstrar como a semente de macaúba, palmeira nativa e disseminada pelo território brasileiro, pode se tornar um biocombustível. 
Diariamente, especialistas, empresários industriais, representantes de governo e autoridades nacionais e internacionais se reunirão para discutir os avanços já alcançados pelo Brasil na agenda do clima e propor soluções para que o país consiga reduzir as emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.

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