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15/11/2023 às 18h28min - Atualizada em 15/11/2023 às 18h28min

Seca: 150 mil famílias e 598 mil pessoas foram afetadas no Amazonas

Especialistas explicam quais os impactos da seca na população do estado.

Nathália Ramos Guimarães
Brasil 61
Porto de Manaus - Foto: Reprodução/Serviço Geológico do Brasil (SGB)

  
Todos os 62 municípios do Amazonas continuam em situação de emergência devido à estiagem, conforme indica o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado. De acordo com as informações, 150 mil famílias e 598 mil pessoas foram afetadas pela seca.

Jussara Cury, pesquisadora de ciências do Serviço Geológico do Brasil (SGB), explica como a seca está afetando as comunidades do estado. De acordo com ela, os pontos de coleta de suprimentos e água estão menos acessíveis, pois ficaram mais distantes do povoado devido à baixa do nível dos rios. “Também tem a questão do transporte, porque o principal transporte utilizado na região é o fluvial, que certas comunidades ficaram sem acesso pelos níveis muito baixos”, informa.

A pesquisadora destaca que a bacia do Amazonas e as que recebem contribuições do Amazonas, como é o caso do Baixo Amazonas que fica no Pará, devem levar um tempo para se recuperarem, já que os níveis ficaram muito abaixo da normalidade.

“Esse início de estabilidade final de vazante vai demorar para se recuperar em razão das chuvas que ainda não estão consolidadas na bacia como um todo. Esperamos o retorno dessas chuvas distribuídas ao longo das principais calhas dos rios”, completa Cury.

A previsão do tempo para todo o Amazonas é de muitas nuvens com possibilidade de chuva até este sábado (18). As informações são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Cuidados

Tiago Silveira, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta para os cuidados necessários em épocas quentes e de baixa umidade, que podem trazer riscos para a saúde. “Nós devemos lembrar de doenças que são mais comuns no verão, como a intoxicação alimentar. Com esse calor, é mais fácil alimentos estragarem e assim as toxinas de bactérias que estão nesses alimentos podem causar diarreia, vômito e desidratação”, explica. 

O dermatologista destaca a importância de beber cerca de dois a três litros de líquidos por dia, incluindo água, suco de frutas e água de coco, para evitar a desidratação. Ele ainda aponta que durante os períodos quentes são comuns doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e zika. Para evitar a picada, deve-se usar repelente.


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